quinta-feira, 29 de julho de 2010
Quando a pele coça, é alergia?
Quem nunca sentiu vontade de se coçar? Uma coceirinha até que é uma boa sensação ...
A coceira inspirou Marcos Caruso a escrever uma peça teatral que citada no “Guiness” como a mais longa temporada em cartaz e que depois se transformou num filme de sucesso: “Trair e coçar é só começar”.
Coceira (ou Prurido) é a sensação na pele que leva ao desejo de coçar em busca de alívio. A palavra prurido deriva do latim pruritus e significa comichão, coceira. É descrita coceira em quase todos os vertebrados terrestres e pode variar desde formas leves, sel lesões aparentes na pele até formas graves, acompanhadas de escarificação e mutilações.
O Prurido é um sintoma subjetivo, ou seja, é uma sensação particular, variando em cada indivíduo e inerente às suas condições pessoais. É um sinal de que algo ocorreu para deflagar o sintoma. A coceira é comandada pelo sistema nervoso e tem um mecanismo muito similar ao da dor, indicando a presença de um fator irritante que ocasiona o sintoma e que necessita ser removido e controlado.
Chama-se de prurido simples quando não há presença de lesões aparentes na pele. Ao coçar, produz-se a coçadura, que quando é feita de forma suave, extingue o sintoma sem deixar marcas. Mas, com o passar do tempo, a repetição do ato de coçar pode levar ao aparecimento de escoriações, manchas e engrossamento da pele.
É comum que as pessoas pensem que se a pele coça, deve ser uma alergia. Mas, este conceito cai por terra quando estudamos o universo deste sintoma, que pode surgir por inúmeras causas. È possível coçar porque a pele está ressecada como também refletindo doenças ou exprimindo dificuldades emocionais.
Roberto Lent, cientista da UFRJ em sua coluna publicada na revista Ciência Hoje em fevereiro de 2007, relata uma experiência curiosa realizada com voluntários que assistiam a uma conferência sobre a coceira, na qual se apresentavam transparências presumivelmente pruritogênicas (fotos de pulgas, pele arranhada, reações alérgicas), e depois fotos relaxantes, indutoras de bem-estar (crianças com a pele suave, almofadas fofas, pessoas tomando banho). Durante a conferência, o público era filmado por inúmeras câmeras posicionadas estrategicamente no auditório e a análise do filme feita posteriormente revelou que o público se coçou mais durante a palestra e na exibição das transparências pruritogênicas do que durante as relaxantes, sugerindo uma forte indução psicológica.
Doenças alérgicas que causam prurido:
- Reações alérgicas a medicamentos
- Dermatite Atópica
- Urticária
- Eczema de Contato
- Reações a alimentos
- Reações a agentes físicos: calor, frio, suor, etc.
Caso você tenha alguma alteração cutânea ou coceira, procure um médico alergista que irá analisar seu caso e detecar a causa, se é alérgica.
Entretanto, é importante lembrar que inúmeras condições e doenças podem causar prurido. Uma situação sem gravidade mas que pode se tornar incômoda é a coceira ocasionada pelo ressecamento da pele, que pode ocorrer em qualquer pessoa, mas em especial nos idosos, nos portadores de atopia ou em situações específicas.
O ressecamento cutâneo tende a coçar porque há um desequilíbrio no manto gorduroso que encobre a pele ocasionando menor proteção e maior facilidade de irritação, desencadeando a coceira. Por isso é muito importante hidratar a pele através de cuidados simples no banho diário, como o uso de sabonetes apropriados e afastamento dos fatores irritantes como a água quante, buchas e esponjas. Além disso, a utilização diaria e logo após o banho de um hidratante, aliado à ingestão hídrica adequada contribuirão para amenizar o problema.
Doenças que podem provocar prurido cutâneo:
- Doenças do Fígado: podem provocar acúmulo de sais biliares e provocar coceira incômoda, difícil de tratar e que não responde bem ao uso de antialérgicos (antihistamínicos).
- Diabetes
- Doenças do Rim, decorrentes da dificuldade na filtragem renal e aumento de substâncias no sangue que levam à coceira.
- Fatores hormonais: gravidez, menstruação.
- Doenças endócrinas
- Infecções: viroses como a catapora, por exemplo, se acompanham de coceira intensa. A escabiose (sarna) é uma parasitose que provoca coceira.
- Intoxicações por álcool e cocaína.
- Verminoses – oxiúros, por exmplo, se alojam no intestino e provocam coceira no ânus.
- Psicoses e psiconeuroses
- Outros.
Se você tem um prurido persistente, que não melhora, procure um médico para detectar a causa e indicar um tratamento adequado. Cremes e pomadas caseiras podem mascarar o quadro e piorar o problema.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Refluxo Gastroesofágico
No processo de digestão normal, o alimento é engolido através da boca, passa pelo esôfago em direção ao estômago onde sofre a ação das enzimas digestivas e é misturado ao conteúdo ácido do local.
Entre o esôfago e o estômago existe uma ligação, que é o chamado “Esfíncter Esofagiano Inferior” que funciona como uma verdadeira barreira. O esfíncter abre-se para o alimento passar e depois fecha, impedindo que o alimento volte. Entretanto, quando esta barreira não funciona bem, permite que uma parte do alimento, já misturado com o conteúdo ácido do estômago, volte para o esôfago, gerando o refluxo.
Refluxo não é doença: por isso os bebês golfam e qualquer pessoa pode arrotar ou ter azia quando come em excesso.
Como acontece o refluxo?
No momento do refluxo, ocorre a entrada no esôfago de material proveniente do estômago. Como o esôfago não possui mucosa apropriada para contato com esse material ácido, surgem os sintomas, em especial a azia e a queimação..
Quais os fatores que podem piorar o refluxo?
- Situações que aumentem a pressão intra-abdominal como por exemplo, esforços físicos, obesidade ou na gravidez.
- Aumento da pressão intra-gástrica como refeições volumosas acompanhada de ingestão de líquidos excessivos, principalmente gasosos;
- Ingestão de alimentos com efeito relaxante no esfíncter esofagiano inferior como café, álcool, chocolate, entre outros.
- Tabagismo.
- A posição deitada pode favorecer o refluxo.
Quais os sintomas da doença do refluxo?
O problema surge quando o refluxo normal se complica e se transforma em doença. Neste caso, os sintomas mais comuns são: azia, regurgitação(arrotos), dor, sensação de má digestão, náuseas ou vômitos. Em alguns casos a dor pode ser tão intensa a ponto de se confundir com a dor de um infarto.
Entretanto, existem sintomas “à distância” que também surgem em conseqüência do refluxo, como por exemplo, uma tosse com piora noturna.
Nas crianças, o refluxo pode ocasionar prejuízo no desenvolvimento e no ganho de peso, bem como pneumonias, otites repetidas, asma e síndrome de apnéia.
No entanto, o refluxo pode ser silencioso, ou seja, não ter sintomas aparentes, o que pode dificultar o reconhecimento do problema.
Qual a relação entre a doença do refluxo e sintomas respiratórios?
A doença do refluxo gastroesofágico pode causar também sintomas respiratórios e otorrinolaringológicos à distância, como por exemplo: tosse, rouquidão, asma, pneumonias repetidas, pigarro.
Por que é importante tratar o refluxo?
È comprovado que o tratamento do refluxo pode resultar na melhora da asma, da tosse crônica e de outros problemas respiratórios. Muitos pacientes após o correto tratamento da doença do refluxo experimentam alívio das crises e conseguem diminuir a medicação utilizada para controle da asma.
Tratamento
O tratamento do refluxo pode ser feito com remédios, mas alguns cuidados são fundamentais para tratar a doença, com finalidade de dificultar a ocorrência do refluxo.
Medidas para combater o refluxo:
- Não deitar ou recostar após as refeições.
- Crianças, em qualquer idade, jamais devem mamar deitadas. Esperar pelo menos uma hora para deitar após mamar.
- Não fumar
- Evitar alimentos irritantes, como: gorduras, frituras, refrigerantes (em especial do tipo cola), bebidas alcoólicas, hortelã, chocolates, sucos cítricos, café.
- Fazer refeições leves com intervalos curtos e regulares Por exemplo, comer de 4/4 horas é melhor do que ficar muito tempo sem se alimentar e comer muito de uma só vez.
- Evitar fazer grandes refeições à noite.
- Comer devagar, mastigando bem, sem líquidos acompanhando refeições.
- Controlar o peso corporal.
- Elevar a cabeceira da cama em 15cm.
Medicamentos: devem ser utilizados apenas com orientação médica
Ronco
Roncar pode parecer apenas um barulho que incomoda quem está dormindo ao lado.
No entanto, ronco é um problema complexo que pode causar ruídos de intensidade similar aos de uma esquina barulhenta. Pode ter graves reflexos no casamento e no relacionamento social, além de ser sinal de obstrução respiratória com sérias repercussões ao organismo. Por não conseguir aprofundar o sono, o roncador tem sonolência durante o dia e redução no rendimento psíco-intelectual, por ter reduzido a saturação de oxigênio no sangue. Além disso, o ronco pode se associar à hipertensão arterial e a problemas cardiovasculares.
A causa mais comum entre os roncadores é a obesidade, sem querer dizer que o problema é exclusivo dos gordinhos. Os magros também têm motivos para roncar.
Mas, o ronco não tem uma, mas sim múltiplas causas. Na maioria das vezes, se associa com obstrução das vias respiratórias e conseqüente vibração dos tecidos moles gerando aparecimento do ruído. Portanto, cada indivíduo ronca por um somatório diferente dessas inúmeras causas.
O fato é que, para respirarmos, precisamos expandir os pulmões contra a pressão positiva do abdome, resultante do gás do tubo digestivo. Para isso, contamos com a ajuda da musculatura respiratória (diafragma, músculos intercostais, abdominais, etc.). Quando estamos em pé, ainda contamos com auxílio da gravidade, mas deitados, dependemos exclusivamente da musculatura. Assim, nos obesos, com flacidez muscular, gordura abdominal e muitos gases no tubo digestivo, o esforço respiratório é muito maior. O quadro pode ser agravado após refeições copiosas antes de deitar; em situações de stress ou com a ingestão de bebidas alcoólicas, que tendem a relaxar a musculatura em geral.
Esse esforço respiratório soma-se ao estreitamento das vias respiratórias,
que pode ocorrer em vários níveis do nariz, como por exemplo:
alergias respiratórias, desvios do septo, hipertrofia das amígdalas, etc.
Fatores relacionados à faringe, como flacidez do véu do paladar, hipertrofia da úvula ou “campainha”, aumento de amígdalas, também contrinuem. Cita-se ainda: produção excessiva de secreções, problemas da mandíbula, de oclusão dentária e ainda nos pulmões (fumo, bronquites), etc.
O estreitamento pode ocorrer em diferentes graus, variando de formas leves até formas graves, podendo levar à apnéia, paradas momentâneas da respiração, geralmente por colapso do véu palatino ou queda da língua sobre a parede da faringe num mecanismo valvular. Pacientes com apnéia intensa podem necessitar de respiradores de pressão positiva para dormir, evitando-se a falência do sistema cardio-circulatório.
Alguns casos, como desvios do septo, sinusites crônicas, polipose nasal e aumento das amígdalas e adenóides podem ser tratadas cirurgicamente. A plástica da úvula e do véu do paladar, conhecida como “cirurgia do ronco”, pode ser útil em muitos casos, removendo o excesso de tecido muscular e gorduroso, responsável pela vibração e aparecimento do ruído durante a respiração.
É importante entender que o tratamento do ronco é na realidade um “pacote” de medidas, que incluem emagrecimento, mudança de hábitos, abolir álcool e fumo, atividade física rotineira e tratamento clínico dos fatores coadjuvantes.
Cabe ao paciente conhecer a sua doença e ter o propósito de melhorar, controlando doenças paralelas, como a “preguicite aguda” e a “falta de tempo para si mesmo”. Cabe ao médico, utilizar os recursos diagnósticos para analisar cada caso, oferecendo as melhores alternativas para tratamento do ronco.
Este texto é de autoria do Dr. Fernando Gosling, médico otorrinolaringologista (gosling@otoclínica.com).
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Novos anticoncepcionais podem reduzir acne e inibir celulite
Os anticoncepcionais sempre tiveram apenas uma finalidade, a de evitar a gravidez. Entretanto uma nova geração de contraceptivos está reunindo outras funções, já que em sua composição há substâncias que, de alguma maneira, agem como um tratamento de beleza. Além de promoverem a redução de cravos e espinhas, o controle da oleosidade da pele, a diminuição dos "pelinhos" indesejáveis no rosto e de darem mais brilho ao cabelo, os novos componentes também possuem ação diurética, ou seja, não causam retenção de líquidos --uma das causas do surgimento da celulite, principal queixa das usuárias dos contraceptivos comuns.
Até então, os contraceptivos orais usavam como base para provocar a anovulação --suspensão da ovulação-- os componentes estrogênico, progestogênico (hormônios femininos) e androgênico. Este último, um hormônio masculino, é o vilão dos anticoncepcionais, responsável por elevar a oleosidade da pele, além de causar retenção de líquidos.
Quando existe aumento do estímulo dos hormônios sexuais (os andrógenos, estrógenos e progestógenos) -por anticoncepcionais ou por disfunções orgânicas, por exemplo-, ocorre a elevação da produção das glândulas sebáceas, o que estimula a produção de pêlos, acne, seborréia, oleosidade e até queda de cabelo.
É nesse ponto que a nova geração de pílulas age, utilizando-se de substâncias antiandrogênicas, que reduzem esses efeitos colaterais, porém sem perder a eficácia para o fim a que é destinada: a contracepção.
Por enquanto são três os anticoncepcionais que possuem esse fator extra: o à base de desogestrel; de drospirenona; e de acetato de ciproterona, que, aliás, foi originalmente desenvolvido como um tratamento dermatológico, segundo o próprio fabricante.
Em tese, a pílula poderia até diminuir a celulite ou impedir sua proliferação, porém, se não houver a famosa dobradinha atividade física e alimentação regular, os efeitos serão insatisfatórios.
Gerações
As primeiras pílulas contraceptivas, desenvolvidas na década de 60, tinham em sua composição uma dosagem hormonal muito alta para gerar a anovulação. Isso,causava dor de cabeça e nas mamas e ainda provocava a retenção de líquidos, o que levou muitas mulheres a correrem dos anticoncepcionais pela probabilidade de ter celulite.
Então vieram os chamados anticoncepcionais de segunda geração, com menor taxa hormonal, porém ainda com forte tendência à retenção de água pelo organismo. Mas essa terceira geração tem como principal desvantagem o preço: pode chegar a R$ 60 a cartela de uso mensal. Como todo medicamento, tem sua compra restrita à prescrição médica.
Concluindo,o uso de anticoncepcionais de terceira geração melhoram as acnes ( mas não curam / requer tratamento conjunto ),diminui a oleosidade da pele,ajuda no controle da queda de cabelo ( mas não curam / requer tratamento conjunto ),não acumulam líquido ( não engordam ),controla o ciclo menstrual,consequentemente diminui as cólicas menstruais,previne contra câncer de colo de útero,previne e trata ovário policístico favorecendo uma possivel gravidez futura,melhorando de uma maneira geral vida das mulheres.
Até então, os contraceptivos orais usavam como base para provocar a anovulação --suspensão da ovulação-- os componentes estrogênico, progestogênico (hormônios femininos) e androgênico. Este último, um hormônio masculino, é o vilão dos anticoncepcionais, responsável por elevar a oleosidade da pele, além de causar retenção de líquidos.
Quando existe aumento do estímulo dos hormônios sexuais (os andrógenos, estrógenos e progestógenos) -por anticoncepcionais ou por disfunções orgânicas, por exemplo-, ocorre a elevação da produção das glândulas sebáceas, o que estimula a produção de pêlos, acne, seborréia, oleosidade e até queda de cabelo.
É nesse ponto que a nova geração de pílulas age, utilizando-se de substâncias antiandrogênicas, que reduzem esses efeitos colaterais, porém sem perder a eficácia para o fim a que é destinada: a contracepção.
Por enquanto são três os anticoncepcionais que possuem esse fator extra: o à base de desogestrel; de drospirenona; e de acetato de ciproterona, que, aliás, foi originalmente desenvolvido como um tratamento dermatológico, segundo o próprio fabricante.
Em tese, a pílula poderia até diminuir a celulite ou impedir sua proliferação, porém, se não houver a famosa dobradinha atividade física e alimentação regular, os efeitos serão insatisfatórios.
Gerações
As primeiras pílulas contraceptivas, desenvolvidas na década de 60, tinham em sua composição uma dosagem hormonal muito alta para gerar a anovulação. Isso,causava dor de cabeça e nas mamas e ainda provocava a retenção de líquidos, o que levou muitas mulheres a correrem dos anticoncepcionais pela probabilidade de ter celulite.
Então vieram os chamados anticoncepcionais de segunda geração, com menor taxa hormonal, porém ainda com forte tendência à retenção de água pelo organismo. Mas essa terceira geração tem como principal desvantagem o preço: pode chegar a R$ 60 a cartela de uso mensal. Como todo medicamento, tem sua compra restrita à prescrição médica.
Concluindo,o uso de anticoncepcionais de terceira geração melhoram as acnes ( mas não curam / requer tratamento conjunto ),diminui a oleosidade da pele,ajuda no controle da queda de cabelo ( mas não curam / requer tratamento conjunto ),não acumulam líquido ( não engordam ),controla o ciclo menstrual,consequentemente diminui as cólicas menstruais,previne contra câncer de colo de útero,previne e trata ovário policístico favorecendo uma possivel gravidez futura,melhorando de uma maneira geral vida das mulheres.
Candidíase Vulgovaginal
CONCEITO E AGENTES ETIOLÓGICOS
É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento; 80 a 90% dos casos são devidos à Candida albicans, e 10 a 20% a outras espécies chamadas não-albicans (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). Apresenta-se em duas formas: esporo e pseudo-hifa.
A relação sexual já não é considerada a principal forma de transmissão, visto que esses organismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas.
Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
- gravidez;
- diabetes melitus (descompensado);
- obesidade;
- uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
- uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
- hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local);
- contato com substâncias alergenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes); e
- alterações na resposta imunológica (imunodeficiência).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Sinais e sintomas dependerão do grau de infecção e da localização do tecido inflamado; podem se apresentar isolados ou associados, e incluem:
- prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável);
- ardor ou dor à micção;
- corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso ("leite coalhado");
- hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
- dispareunia;
- fissuras e maceração da pele; e
- vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal, que revela a presença de micélios birrefrigentes e/ou de esporos, pequenas formações arredondadas birrefringentes. A visualização dos fungos é facilitada adicionando-se KOH a 10% à lâmina a ser examinada.
Esfregaço corado do conteúdo vaginal (Papanicolaou, Gram, Giemsa ou Azul de Cresil).
Cultura: só tem valor quando realizada em meios específicos; deve ser restrita aos casos nos quais a sintomatologia é muito sugestiva e todos os exames anteriores sejam negativos; também é indicada nos casos recorrentes, para identificar a espécie de cândida responsável.
Teste do pH vaginal: é um teste simples e rápido, feito com uma fita de papel indicador de pH colocada em contato com a parede vaginal, durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não tocar o colo, que possui um pH básico, o que pode causar distorções na interpretação; valores menores que 4 sugerem candidíase.
Observações:
O simples achado de cândida na citologia oncótica em uma paciente assintomática, não permite o diagnóstico de infecção clínica, e, portanto, não justifica o tratamento.
Nos casos de candidíase recorrente, a mulher deve ser aconselhada e orientada a realizar o teste anti-HIV, além de serem investigados os fatores predisponentes citados anteriormente.
TRATAMENTO :
- Miconazol, creme a 2%, via vaginal, 1 aplicação à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
-Miconazol, óvulos de 200 mg, 1 óvulo via vaginal, à noite ao deitar-se, por 3 dias; ou
-Miconazol, óvulos de 100 mg, 1 óvulo via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Tioconazol creme a 6,5%, ou óvulos de 300mg, aplicação única, via vaginal ao deitar-se; ou
- Isoconazol (Nitrato), creme a 1%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Terconazol creme vaginal a 0,8%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 5 dias; ou
- Clotrimazol, creme vaginal a 1%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, durante 6 a 12 dias; ou
- Clotrimazol, óvulos de 500mg, aplicação única, via vaginal; ou
- Clotrimazol, óvulos de 100mg, 1 aplicação via vaginal, 2 vezes por dia, por 3 dias; ou
- Clotrimazol, óvulos de 100mg, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Nistatina 100.000 UI, 1 aplicação, via vaginal, à noite ao deitar-se, por 14 dias.
O tratamento sistêmico deve ser feito somente nos casos recorrentes ou de difícil controle:
- Itraconazol 200mg, VO, de 12/12h, só duas doses; ou
- Fluconazol 150mg, VO, dose unica; ou
- Cetoconazol 400mg, VO, por dia, por 5 dias.
Para alívio do prurido (se necessário): embrocação vaginal com violeta de genciana a 2%.
Gestantes :
Qualquer um dos tratamentos tópicos acima relacionados pode ser usado em gestantes; deve ser dada preferência aos medicamentos indicados para uso por um período mais prolongado, como Miconazol, Terconazol ou Clotrimazol.
Parceiros :
Não precisam ser tratados. Alguns autores recomendam o tratamento via oral de parceiros apenas para os casos recidivantes.
Observações:
Em mulheres que apresentam 4 ou mais episódios por ano, devem ser investigados outros fatores predisponentes: diabetes, imunodepressão, uso de corticóides.
Sempre orientar quanto à higiene adequada e uso de roupas que garantam boa ventilação.
Uso de Imunoterapia ( Vacinas ) nos casos crônicos é fundamental!!!
Portadora do HIV :
Pacientes infectadas pelo HIV devem ser tratadas com os esquemas acima referidos.
Prevenção da Candidíase Vaginal de Repetição:
1 ) Procure usar roupa íntima branca,de algodão ( e não apenas o forro ). Tente habituar-se a utilizá-las o mínimo possível. Retire-as ao chegar em casa e não durma com elas. Este procedimento deixará seus órgãos genitais menos abafados e com menos sudorese,diminuído a chance de crescimento de fungos e outros micro-organismos.
2 ) Não lave sua roupa íntima durante o banho,nem as pendure para secar no banheiro.Use um balde com água quente ,enxágüe-as bem,colocando 2 colheres de vinagre branco na última água. Seque-as , se possível ao sol. Passe-as a ferro.
3 ) Evite roupas justas,de material sintético,calças jeans,fuseaus e meias calças.Procure dar preferência a roupas folgadas,saias e vestidos de tecido leve.
4 ) Evite permanecer muito tempo com maiôs e biquínis molhados,bem como malhas e meias de ginástica. Evite saunas.
5 ) Evite absorventes internos e os perfumados. Evite desodorantes íntimos.
6 ) A hixiene da vulva deve ser feita com sabonete de glicerina,sem perfume,evitando atrito excessivo e buchas,para evitar pequenas escoriações que propiciam o crescimento da “ Cândica “ . Faça a limpeza sempre no sentido da vulva para o ânus , ( frente para trás ) , nunca ao contrário. Após o banho ,seque a vulva com uma toalha macia ou fralda. Não coloque a roupa íntima com a vulva ou os pelos pubianos molhados
7 ) Durante a relação sexual,evite a penetração se não houver lubrificação adequada. Muitas vezes a candidíase faz com que a vagina “ seque “ e a penetração pode produzir pequenos machucados que pioram o quadro. Se for o caso,uso o lubrificante que seu ginecologista recomendar. Após o coito,elimine o esperma de dentro da vagina,fazendo força como se fosse evacuar. A sua permanência dentro da vagina pode aumentar o número de micro-organismos. Não faça lavagens internas ou externas logo após o coito porque a água com sabonete neste momento pode causar irritação,piorando o quadro. Seque a região com papel hixiênico macio, e só lave cerca de 6 horas após.
8 )Lembre-se: a vagina ,como outros órgãos úmidos do corpo,produz secreções naturais que promovem a limpeza e sua defesa,dispensando higiene excessiva que acaba por irritar.
9 ) Procure sempre acompanhamento com um Ginecologista e um Alergologista.
É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento; 80 a 90% dos casos são devidos à Candida albicans, e 10 a 20% a outras espécies chamadas não-albicans (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). Apresenta-se em duas formas: esporo e pseudo-hifa.
A relação sexual já não é considerada a principal forma de transmissão, visto que esses organismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas.
Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
- gravidez;
- diabetes melitus (descompensado);
- obesidade;
- uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
- uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
- hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local);
- contato com substâncias alergenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes); e
- alterações na resposta imunológica (imunodeficiência).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Sinais e sintomas dependerão do grau de infecção e da localização do tecido inflamado; podem se apresentar isolados ou associados, e incluem:
- prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável);
- ardor ou dor à micção;
- corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso ("leite coalhado");
- hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
- dispareunia;
- fissuras e maceração da pele; e
- vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal, que revela a presença de micélios birrefrigentes e/ou de esporos, pequenas formações arredondadas birrefringentes. A visualização dos fungos é facilitada adicionando-se KOH a 10% à lâmina a ser examinada.
Esfregaço corado do conteúdo vaginal (Papanicolaou, Gram, Giemsa ou Azul de Cresil).
Cultura: só tem valor quando realizada em meios específicos; deve ser restrita aos casos nos quais a sintomatologia é muito sugestiva e todos os exames anteriores sejam negativos; também é indicada nos casos recorrentes, para identificar a espécie de cândida responsável.
Teste do pH vaginal: é um teste simples e rápido, feito com uma fita de papel indicador de pH colocada em contato com a parede vaginal, durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não tocar o colo, que possui um pH básico, o que pode causar distorções na interpretação; valores menores que 4 sugerem candidíase.
Observações:
O simples achado de cândida na citologia oncótica em uma paciente assintomática, não permite o diagnóstico de infecção clínica, e, portanto, não justifica o tratamento.
Nos casos de candidíase recorrente, a mulher deve ser aconselhada e orientada a realizar o teste anti-HIV, além de serem investigados os fatores predisponentes citados anteriormente.
TRATAMENTO :
- Miconazol, creme a 2%, via vaginal, 1 aplicação à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
-Miconazol, óvulos de 200 mg, 1 óvulo via vaginal, à noite ao deitar-se, por 3 dias; ou
-Miconazol, óvulos de 100 mg, 1 óvulo via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Tioconazol creme a 6,5%, ou óvulos de 300mg, aplicação única, via vaginal ao deitar-se; ou
- Isoconazol (Nitrato), creme a 1%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Terconazol creme vaginal a 0,8%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 5 dias; ou
- Clotrimazol, creme vaginal a 1%, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, durante 6 a 12 dias; ou
- Clotrimazol, óvulos de 500mg, aplicação única, via vaginal; ou
- Clotrimazol, óvulos de 100mg, 1 aplicação via vaginal, 2 vezes por dia, por 3 dias; ou
- Clotrimazol, óvulos de 100mg, 1 aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias; ou
- Nistatina 100.000 UI, 1 aplicação, via vaginal, à noite ao deitar-se, por 14 dias.
O tratamento sistêmico deve ser feito somente nos casos recorrentes ou de difícil controle:
- Itraconazol 200mg, VO, de 12/12h, só duas doses; ou
- Fluconazol 150mg, VO, dose unica; ou
- Cetoconazol 400mg, VO, por dia, por 5 dias.
Para alívio do prurido (se necessário): embrocação vaginal com violeta de genciana a 2%.
Gestantes :
Qualquer um dos tratamentos tópicos acima relacionados pode ser usado em gestantes; deve ser dada preferência aos medicamentos indicados para uso por um período mais prolongado, como Miconazol, Terconazol ou Clotrimazol.
Parceiros :
Não precisam ser tratados. Alguns autores recomendam o tratamento via oral de parceiros apenas para os casos recidivantes.
Observações:
Em mulheres que apresentam 4 ou mais episódios por ano, devem ser investigados outros fatores predisponentes: diabetes, imunodepressão, uso de corticóides.
Sempre orientar quanto à higiene adequada e uso de roupas que garantam boa ventilação.
Uso de Imunoterapia ( Vacinas ) nos casos crônicos é fundamental!!!
Portadora do HIV :
Pacientes infectadas pelo HIV devem ser tratadas com os esquemas acima referidos.
Prevenção da Candidíase Vaginal de Repetição:
1 ) Procure usar roupa íntima branca,de algodão ( e não apenas o forro ). Tente habituar-se a utilizá-las o mínimo possível. Retire-as ao chegar em casa e não durma com elas. Este procedimento deixará seus órgãos genitais menos abafados e com menos sudorese,diminuído a chance de crescimento de fungos e outros micro-organismos.
2 ) Não lave sua roupa íntima durante o banho,nem as pendure para secar no banheiro.Use um balde com água quente ,enxágüe-as bem,colocando 2 colheres de vinagre branco na última água. Seque-as , se possível ao sol. Passe-as a ferro.
3 ) Evite roupas justas,de material sintético,calças jeans,fuseaus e meias calças.Procure dar preferência a roupas folgadas,saias e vestidos de tecido leve.
4 ) Evite permanecer muito tempo com maiôs e biquínis molhados,bem como malhas e meias de ginástica. Evite saunas.
5 ) Evite absorventes internos e os perfumados. Evite desodorantes íntimos.
6 ) A hixiene da vulva deve ser feita com sabonete de glicerina,sem perfume,evitando atrito excessivo e buchas,para evitar pequenas escoriações que propiciam o crescimento da “ Cândica “ . Faça a limpeza sempre no sentido da vulva para o ânus , ( frente para trás ) , nunca ao contrário. Após o banho ,seque a vulva com uma toalha macia ou fralda. Não coloque a roupa íntima com a vulva ou os pelos pubianos molhados
7 ) Durante a relação sexual,evite a penetração se não houver lubrificação adequada. Muitas vezes a candidíase faz com que a vagina “ seque “ e a penetração pode produzir pequenos machucados que pioram o quadro. Se for o caso,uso o lubrificante que seu ginecologista recomendar. Após o coito,elimine o esperma de dentro da vagina,fazendo força como se fosse evacuar. A sua permanência dentro da vagina pode aumentar o número de micro-organismos. Não faça lavagens internas ou externas logo após o coito porque a água com sabonete neste momento pode causar irritação,piorando o quadro. Seque a região com papel hixiênico macio, e só lave cerca de 6 horas após.
8 )Lembre-se: a vagina ,como outros órgãos úmidos do corpo,produz secreções naturais que promovem a limpeza e sua defesa,dispensando higiene excessiva que acaba por irritar.
9 ) Procure sempre acompanhamento com um Ginecologista e um Alergologista.