quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Filtros solares
O que são filtros solares?
São substâncias que aplicadas sobre a pele protegem a mesma contra a ação dos raios ultra-violeta (UV) do sol. Os filtros solares podem ser químicos (absorvem os raios UV) ou físicos (refletem os raios UV). É comum a associação de filtros químicos e físicos para se obter um filtro solar de FPS mais alto.
O que é FPS?
FPS significa Fator de Proteção Solar. Todo filtro solar tem um número que determina o seu FPS, que pode variar de 2 a 100 .O FPS mede a proteção contra os raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, mas não medem a proteção contra os raios UVA.
O que significa o valor do FPS
A pele, quando exposta ao sol sem proteção, leva um determinado tempo para ficar vermelha. Quando se usa um filtro solar com FPS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha, se for usado um filtro com FPS 30, levará 30 vezes mais tempo para ficar vermelha, e assim por diante.
A partir do FPS 15 todos os filtros são iguais?
Não. Esta é uma idéia que foi divulgada de forma errada. O filtro solar com FPS 15 bloqueia a maior parte dos raios UV e o aumento do FPS aumenta pouco o bloqueio destes raios. No entanto, o tempo em que o filtro solar continuará a absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS, como explicado acima, aumentando o tempo de proteção. Sempre procure a opinião de um Dermatologista para a escolha do melhor protetor para o seu tipo de pele.
Como devo escolher o FPS do meu filtro solar?
O filtro solar deve proteger a pele evitando o dano causado pela radiação solar. Se o filtro que você utiliza permite que sua pele fique vermelha após a exposição ao sol, isto é sinal de que a proteção não está sendo eficaz. Neste caso, você deve aumentar o FPS ou então reaplicar o filtro solar com um intervalo menor.
O fator mínimo para uma proteção adequada é o FPS 15, aplicando o filtro generosamente sempre 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicando a cada 2 horas ou após mergulhar.
Entretanto, como o FPS é determinado em laboratórios, sob condições ideais, é recomendado dar uma margem de segurança, usando sempre um filtro solar com FPS igual ou maior que 30 em cidades de média de temperatura entre 20 e 30 graus celcius ou um filtro solar com FPS igual ou maior que 50 em cidade em média de temperatura superior a 30 graus celcius.
"Oil free"? Hipoalergênico? Entenda seu filtro solar.
A linguagem utilizada nos rótulos dos filtros solares muitas vezes deixa o consumidor confuso na hora da compra. Aprenda abaixo o que significam os termos mais frequentes e escolha aqueles mais indicados ao seu tipo de pele:
Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra os raios ultravioleta A e ultravioleta B.
Hipoalergênico utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.
Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que não contém a substância PABA, que tem alto poder de causar alergias.
Livre de óleo ou "oil free": filtros cujos veículos não contém substâncias oleosas. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.
Não comedogênico: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.
Atenção: filtro solar que protege não deixa queimar.
Se você usou o filtro solar e mesmo assim se queimou, ou usou um FPS menor do que deveria, ou não aplicou o filtro da forma correta.
Como usar os filtros solares
Os filtros solares estão aí para nos protegerem das radiações solares e, se usados adequadamente, nos permitem aproveitar os prazeres da vida ao ar livre com mais segurança. Veja, abaixo, nossas dicas para o uso correto da proteção solar:
- O fator de proteção solar (FPS) mínimo deve ser o 15.
- Aplique o filtro solar 20 a 30 minutos antes da exposição solar.
- Após aplicar o filtro solar, aguarde 20 minutos antes de mergulhar.
- Nas crianças é melhor fazer a primeira aplicação ainda em casa. Se deixar para aplicar ao chegar na praia ou piscina, vai ser difícil convencê-las a esperar 20 minutos para poder mergulhar.
- o filtro solar de maneira uniforme e abundante por toda a superfície corporal que vai ser exposta ao sol. Economia é sinônimo de proteção inadequada.
- Não esqueça de proteger as orelhas, os lábios e o peito dos pés!
- Peça a alguém para aplicar o filtro solar nas suas costas (deixe a timidez de lado, -é melhor que se queimar).
- Filtro solar em spray também precisa ser espalhado com as mãos, senão a aplicação não fica uniforme.
- Reaplique o filtro solar a cada 2 horas e após mergulhar ou transpiração excessiva.
Filtros à prova d'água também precisam ser reaplicados após o mergulho. Eles resistem melhor, mas acabam saindo.
- Se os olhos ardem quando mergulha, prefira os filtros solares exclusivamente físicos para a face (vale para as crianças, que esfregam as mãos no rosto após mergulhar).
- O uso do filtro solar não significa que você está imune aos efeitos do sol. Cuidado com a exposição excessiva no horário entre 10 e 16 horas. Use barracas, chapéus, bonés, viseiras e camisetas.
- Surfistas que permanecem por longos períodos na água devem utilizar roupas de lycra escura para surfar e filtros solares físicos para a face (são mais aderentes).
- Mulheres, cuidado, alguns filtros solares mancham o esmalte das unhas.
Prucure sempre a opinião de um Dermatologista , pois o melhor protetor solar para a sua pele depende muito da marca,do seu tipo de pele e da intensidade dos raios solares em sua região.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Anvisa: receituário comum pode ser usado para prescrever antibióticos
O Conselho federal de Medicina publicou em seu site uma nota esclarecendo que antibióticos podem ser prescritos pelos médicos com receituário comum. Profissionais devem assegurar apenas o preenchimento dos dados e que as receitas sejam feitas sempre em duas vias (carbonadas, fotocopiadas ou impressas)
Os médicos podem prescrever antibióticos em receituários simples, sem a necessidade de adotar o formulário de medicamentos controlados, desde que sejam feitas receitas em duas vias (carbonadas, fotocopiadas ou impressas). O esclarecimento na interpretação da RDC 44 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi dado pelo seu próprio presidente, Dirceu Raposo de Mello, durante uma visita ao Conselho Federal de Medicina (CFM), quando recebeu sugestões de aperfeiçoamento da medida.
No encontro, em 1º de dezembro, os presidentes de conselhos regionais de medicina relataram a dificuldade percebida nos Estados. Raposo concordou com os argumentos apresentados e explicou como a regra deveria ser entendida. De acordo com ele, o que houve foi um erro de interpretação, pois o receituário especial seria apenas um modelo a ser seguido sem ter o caráter de uso obrigatório.
Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, com essa orientação, fica mais fácil o trabalho do profissional, que nem sempre possui receituários de medicamentos controlados em seu consultório, e, principalmente, a vida do paciente.
No entanto, ressaltou Raposo, os médicos continuam obrigados a preencher a receita com os dados exigidos na RDC 44. A norma, em vigor desde 28 de novembro, prevê, entre outros pontos, a retenção da primeira via da prescrição pela farmácia e fixa o prazo de sua validade em 10 dias.
O presidente da Anvisa aproveitou sua visita ao CFM para pedir o apoio dos conselhos de medicina na divulgação da medida. Alguns presidentes de CRMs, como os do Amapá – Dorimar dos Santos Barbosa – e do Piauí – Fernando Gomes Correia Lima –, informaram que conseguiram, em âmbito estadual, um prazo de 30 dias para adaptação aos critérios. Dirceu Raposo enfatizou que as particularidades regionais serão respeitadas.
Fonte:Conselho Federal de Medicina (CFM)
Alergia alimentar
Alergia alimentar é um dos assuntos mais complexos, mais pesquisados e ainda pouco compreendidos em alergia clínica.
Alguns tópicos importantes merecem ser comentados:
- Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode apresentar reações a alimentos;
- As reações aos alimentos podem ser verdadeiramente alérgicas ou não.
Reações não alérgicas: são as mais comuns, como por exemplo, reações tóxicas : devido à presença de substancias ou contaminantes no alimento (ex: diarreia após alimentação com alimentos com toxinas bacterianas devido à má conservação) e existem reações de intolerância individual: quando a pessoa tem alguma dificuldade de digestão do alimento (ex: intolerância a lactose), o acúmulo dela dentro do intestino acaba "puxando" água dos vasos sanguíneos levando à diarreia;
Reações alérgicas verdadeiras: podem acontecer desde a infância, como é comum com a alergia as proteínas do leite de vaca e da clara do ovo, que geralmente se iniciam nos primeiros anos de vida e podem ou não perdurar até a adolescência e idade adulta, ou podem surgir em qualquer idade, como as reações a crustáceos (camarão, caranguejo, lagosta, siri) que geralmente começam em adolescentes e adultos..
Alergia Alimentar:
Pode se manifestar de diversas formas, como a simples presença de sangue nas fezes em bebês, ou como dor abdominal, vômitos e diarreia em crianças e adultos. Outras manifestações possíveis são a dor ao deglutir, pirose (azia) e sensação de parada do alimento no peito (impactação alimentar) na inflamação alérgica do esôfago (esofagite alérgica). Também podem ocorrer alterações fora do trato gastrointestinal, como urticária (placas vermelhas que coçam muito), angioedema (inchação abrupta nas pálpebras, lábios ou outros locais) e até mesmo sintomas oculares (vermelhidão e coceira recorrentes nos olhos). Eventualmente podem surgir sintomas respiratórios como crises iguais a da asma (chiado, tosse e falta de ar) ou obstrução aguda da laringe (o edema de glote), com ou sem alterações sistêmicas como queda da pressão arterial e choque (anafilaxia).
Intolerância a lactose
Não é uma alergia alimentar, e sim uma dificuldade enzimática do intestino de quebrar o açúcar do leite para absorvê-lo. Pode ocorrer nos bebês pequenos, por imaturidade intestinal, e também transitoriamente após infecções intestinais, que causam lesão do revestimento interno do intestino. Nesse caso a intolerância passa quando o revestimento do intestino volta ao normal.
Na alergia alimentar verdadeira, o sistema imunológico monta uma resposta exagerada e anormal contra proteínas dos alimentos, e sempre que o alimento é ingerido, a resposta imune acontece levando aos sintomas descritos. Por isso é muito importante a exclusão total do alimento e de seus derivados da dieta do alérgico.
Quando o bebê, que ainda mama no peito, tem alergia ao leite de vaca, frequentemente é necessário que a mãe nutriz também exclua totalmente o leite e seus derivados da sua dieta, pois ela pode estar alimentando o bebê com proteínas do leite de vaca que ela bebe e que chegam ao seu leite materno.
Em nosso meio, os alimentos envolvidos com maior frequência na alergia verdadeira são o leite de vaca e a clara de ovo, nas crianças pequenas, e o amendoim/nozes/castanhas e crustáceos nas crianças maiores e adultos. Em menor frequência a soja e outros grãos (ex. Gergelim), peixes, vegetais e frutas, como banana, abacate e kiwi, dentre outros, também podem causar alergia.
A gliadina, uma proteína do glúten presente no trigo, pode causar um tipo de reação imunológica diferente em algumas pessoas, que leva a diarreia crônica, perda de peso ou dificuldade de ganhar peso nas crianças, além de lesões na pele. Essa é a chamada doença celíaca, que também é um tipo diferente de alergia alimentar. Do mesmo jeito, essas pessoas não podem ingerir nada que contenha o glúten do trigo.
Não existem vacinas para alergia alimentar. A exclusão do alimento da dieta é a única forma de prevenir a ocorrência dos sintomas.
A dieta de exclusão é para sempre?
Depende de cada caso. A maioria das crianças alérgicas ao leite de vaca conseguirá tolerar sua ingestão após alguns anos, mas não há como prever e por isso todos devem fazer uma dieta adequada, sob supervisão médica e nutricional após o diagnóstico. Dependendo dos exames de sangue e/ou testes cutâneo-alérgicos e da gravidade das reações anteriores, o especialista em alergia poderá, ou não, tentar reintroduzir cuidadosamente o alimento sob supervisão, após um período de alguns anos. Muitas vezes o sistema imunológico perde a "memória" daquela alergia e deixa de reagir ao alimento. Mas isso só é possível se a dieta for bem feita, para que o sistema imune não fique de vez em quando "sendo lembrado" do alimento que é ingerido.
Procure um médico alergista e tire suas dúvidas. Sempre há muitas opções de substituição do alimento envolvido sem comprometer a nutrição e a qualidade de vida do paciente alérgico. NUNCA TENTE REINTRODUZIR UM ALIMENTO NA DIETA POR CONTA PRÓPRIA, AS CONSEQUÊNCIAS PODEM SER TERRÍVEIS!
Este texto foi escrito pelo Dr. Eduardo Costa, coordenador do setor de Alergia do Hospital Universitário Pedro Ernesto e editor do Blog: ECOS em Alergia e Imunologia
Veneno de inseto causa alergia
Os insetos que mais causam alergia são abelhas, marimbondos e formigas.
Nas pessoas que são alérgicas a picadas de insetos, o organismo interpreta o veneno injetado como um inimigo. Anticorpos são formados para combater a substância, que em tese seria inofensiva. Nessa reação exagerada e inadequada, ocorrem sintomas como coceira, dilatação dos vasos, inchaço nas mucosas e queda da pressão arterial.
O SOCORRO
A pessoa deve procurar o serviço médico com urgência se suspeitar que esteja sofrendo uma reação. Quem já sabe que é alérgico e está exposto a atividades de contato com os insetos tem a possibilidade de carregar consigo medicamentos que controlam a reação, prescritos por um médico. Mesmo assim, devem procurar assistência médica se for picado. Existe também tratamento que impedirão reações instantâneas. Serão precisos dois a três anos de tratamento para que haja a reversão da alergia.
CUIDADOS GERAIS PARA EVITAR PICADAS DE ABELHAS E MARIMBONDOS
- Não use perfume, sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo
- Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo à colmeia
- Não grite: as abelhas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos
- Evite operar qualquer máquina barulhenta próximo à colmeia
- Tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colmeia
- Examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados
- Cuidado ao amarrar animais domésticos ou gado
- Para remover colméias, chame os bombeiros, um apicultor ou firma especializada
- Ensine as crianças a se precaverem e não molestarem as abelhas
Fonte: Médicos Luiz A. Bernd e Lessandra Michelim