O governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral sancionou a lei número 5421 proibindo o uso de formol nos estabelecimentos do Rio de Janeiro. Esta medida trouxe à tona um assunto muito importante, pois o uso da escova progressiva aumentou de forma vertiginosa, na busca de cabelos lisos e cachos controlados. O problema é que os produtos utilizados na escova progressiva para alisamento capilar nem sempre são registrados na Anvisa e utilizam formol, uma substância que pode provocar riscos à saúde, quando usado em concentração elevada, acima dos limites permitidos de uso.
Segundo dados obtidos no site do
INCA o formol ou formaldeído, solução a 37%, é um composto líquido claro com várias aplicações, sendo usado normalmente como preservativo, desinfetante e anti-séptico. Também é usado para embalsamar peças de cadáveres, mas é útil também na confecção de seda artificial, celulose, tintas e corantes, soluções de uréia, tiouréia, resinas melamínicas, vidros, espelhos e explosivos. O formol também pode ser utilizado para dar firmeza nos tecidos, na confecção de germicidas, fungicidas agrícolas, na confecção de borracha sintética e na coagulação da borracha natural. É empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e caseínas. É também usado na fabricação de drogas e pesticidas.
O formol é autorizado para uso como conservante em cosméticos e como endurecedor de unhas, mas sempre obedecendo o limite previsto por lei. Mas, no caso das escovas progressivas, para obter o efeito alisante, estes limites são ultrapassados, aumentando sobremaneira a possibilidade de reações indesejáveis e perigosas. Ou seja, o risco é maior quando se utiliza concentrações maiores e no uso frequente do produto.
E quais são estas consequências adversas no uso de formol nas escovas progressivas?Nos cabeleireiros:- A inalação do vapor contendo formol pode provocar do de garganta, sintomas nasais, tosse, falta de ar. Olhos lacrimejando e conjuntivite. Além disso, pode agravar sintomas da alergia respiratória, como a asma e a rinite alérgica.
- Podem surgir também: dor da cabeça, tonteira, vertigem.
- A inalação de concentrações maiores pode ferir a via respiratória, provocando graves sequelas posteriores. Há relato de câncer, em especial nos trabalhadores de fábricas que manipulam o produto por tempo prolongado.
- Dermatite em mãos e rachaduras na pele, resultantes da manipulação repetida do produto.
Nos usuários:- A reação mais comum é a queda de cabelos, que pode ser localizada em áreas específicas ou ocorrer de forma intensa.
- Reação no local da aplicação por mecanismo irritante: surgimento de vermelhidão, inchação, ardência, dor, podendo evoluir para queimadura.
- Irritação da pele, olhos e mucosas. Olhos ficam avermelhados, lacrimejando, além de ardência e dor ocular, em especial no momento da aplicação do produto alisante, em virtude da inalação do vapor contendo formol.
- Espirros, coriza, obstrução nasal, tosse e sensação de falta de ar. Agrava a asma e a rinite nas pessoas portadoras de alergia respiratória.
- O uso repetido pode levar à sensibilização e resultar em dermatite alérgica de contato no couro cabeludo.
- Casos raros e graves poderão se acompanhar de edema na glote e faringe, comprometendo a respiração.
Conclusão:Use apenas os produtos autorizados pela ANVISA. Desconfie de produtos com embalagens sem identificação do fabricante, sem número de registro pois é indicativo de que não foram submetidos à análise da autoridade sanitária.
OBS = Texto retirado do Blog da Alergia