terça-feira, 20 de setembro de 2011

Hemangioma Infantil



O hemangioma infantil é uma proliferação de vasos sanguíneos na pele que aparece como mancha ou tumoração, de coloração vermelha viva ou arroxeada. É o tumor mais comum na infância e ocorre com maior frequência no sexo feminino e em prematuros.

Não se sabe ao certo o que provoca o seu surgimento mas estudos o relacionam com algumas proteínas produzidas pela placenta durante a gravidez. O fato de ser comum a sua ocorrência em crianças submetidas a procedimentos placentários durante a gravidez corrobora esta suspeita.

O hemangioma infantil é uma lesão benigna que tende a crescer durante o primeiro ano de vida e então iniciar um processo de regressão espontânea.

Na maioria das vezes, não requer tratamento e, ao redor dos 10 anos de idade, uma criança que nasceu com um hemangioma geralmente apresentará apenas traços discretos do tumor.

O hemangioma pode estar presente ao nascimento mas é mais frequente o seu surgimento durante as primeiras semanas de vida. Em geral, ele se inicia como uma mancha vermelha e plana em qualquer local do corpo, sendo localizações frequentes a face, o couro cabeludo e a nuca.

Usualmente, aparece como lesão única, mas algumas crianças apresentam mais de uma lesão, fato mais frequente em gêmeos. O tamanho pode variar desde poucos milímetros a vários centímetros de diâmetro.

Durante o primeiro ano de vida, a mancha vermelha aumenta de volume tornando-se elevada e "esponjosa". Após esta fase, o hemangioma para de crescer e entra em um período de repouso para, finalmente, iniciar um processo de regressão e lentamente desaparecer.

A metade dos hemagiomas desaparece até os 5 anos de idade, 70% até os 7 anos de idade e praticamente todos terão regredido até os 10 anos. A cor avermelhada também clareia. Após a regressão, pode deixar no local alguma descoloração, excesso de pele ou cicatriz.

Tratamento

A grande maioria dos hemangiomas não requer nenhuma forma de tratamento. Alguns pais desejam tratar o hemangioma por considerarem que eles podem ser desfigurantes e provocar problemas sociais ou psicológicos.

No entanto, como os tratamentos podem ter efeitos colaterais e as lesões tendem a regredir espontaneamente, a conduta mais comum é apenas acompanhar a evolução, já que o tumor não provoca nenhum problema para a saúde física.

Caso o hemangioma forme uma ferida, apresente sangramento intenso, tenha sinais de inflamação ou aumente subitamente de tamanho, a criança deve ser levada ao médico para uma avaliação.

Nos casos em que a localização do tumor interfira com a visão, respiração, alimentação ou audição da criança, o que é raro, o tratamento pode ser indicado.

Antes de se decidir por tratar o hemangioma, os possíveis efeitos colaterais dos tratamentos devem ser levados em conta, já que o tumor tende a desaparecer espontaneamente ainda durante a infância.

Alguns dos tratamentos são: cirurgia, laser, criocirurgia com nitrogênio líquido, uso de corticosteróides em infiltrações intralesionais ou via oral, imunossupressores de uso tópico e betabloqueadores. A indicação do tratamento mais adequado vai depender de cada caso.

Queimadas e sua influência em asmáticos



Queimadas são uma realidade em grande parte do território brasileiro, em especial nas áreas de cultivo e pastagem ou mesmo nas cidades onde ainda predomina este hábito. Mas infelizmente, esta atividade é capaz de provocar reflexos nocivos aos alérgicos, seja pela intensa ação irritante exercida pela fumaça como pelas elevadas concentrações de poluentes atmosféricos e de gases nocivos à saúde humana.

Uma pesquisa foi realizada em Mato Grosso, em Cuiabá e Alta Floresta, na época das queimadas. O local foi escolhido porque nessa região as concentrações das fumaças provenientes dos incêndios florestais podem ser tão elevadas a ponto de alterar a visibilidade e fechar os aeroportos da região. Durante o estudo, foram avaliados 16.913 prontuários do Hospital e pronto socorro municipal de Cuiabá (HPSMC) que dá assistência à cidade e às regiões circunvizinhas, relacionando o numero de atendimentos (ambulatoriais e internações) das crianças menores de cinco anos com asma durante os meses de maio a novembro. Em relação às informações sobre os números de focos de calor (queimadas), retiraram-se dados dos relatórios do IBAMA-MT, meses de maio a novembro na cidade de Cuiabá e nos municípios circunvizinhos, e que corresponderam a um dos maiores índices de queimadas registrados nessa região.

Os efeitos poluição atmosférica podem ser sentidos sobre a pele, mucosas, aparelhos respiratórios, cardiovascular e sistema nervoso central, causando diversos tipos de afecções. Contudo, o pulmão é o órgão que mais sofre o impacto dos poluentes atmosféricos em virtude de possuir a maior área de contato com o ambiente externo e por receber mais de 10.000 litros de ar/dia, num volume de ar inalado na ordem de 500 a 600 litros de ar por hora.

A asma é uma doença que resulta da interação entre a genética (hereditariedade) e o ambiente, seja pela exposição a aeroalérgenos como a substâncias irritantes, entre outros fatores, que provocam e/ou mantém a hiperreatividade brônquica Assim, as partículas de aerossóis emitidos pelas queimadas podem atuar como verdadeiros gatilhos de crises nas pessoas asmáticas que residem próximas.

Os pesquisadores constataram maior número de atendimentos ambulatoriais e internações quando houve maior número de focos de calor, denotando a influência destes poluentes sobre as crianças asmáticas consultadas no hospital, já que durante as queimadas, o ar inspirado no município de Cuiabá e seus arredores fica intensamente poluído, tornando estas crianças um grupo suscetível aos efeitos desses gases.

De acordo com informações da Secretaria de Saúde de Cuiabá, em 2010 houve um aumento de aproximadamente 300% nos procedimentos de nebulização em atendimentos de pronto socorro realizados entre 2005 e 2010. Concluindo, a inalação das partículas emitidas pelas queimadas é nociva pois intensifica a hiperreatividade dos brônquios, aumenta a sensibilidade da mucosa respiratória, podendo agravar a asma e outras alergias respiratórias.

Fonte: Asbai