sexta-feira, 30 de maio de 2008

Rinite Alérgica


A rinite alérgica é a manifestação mais comum dentre as doenças alérgicas. É uma doença crônica que pode surgir pela primeira vez em qualquer idade. Cerca de 10% da população mundial apresentam sintomas atribuíveis à mesma, porém é claro, que fatores climáticos e geográficos irão influenciar na sua incidência. Ambos os sexos são afetados na mesma freqüência, e se não tratada pode persistir por vários anos, causando bastante incômodos com faltas ao trabalho ou aulas e má qualidade de vida.
Sintomas :

O diagnóstico é basicamente clínico, com associação de vários dos seguintes sintomas: salvas de espirros, coriza clara abundante, obstrução nasal e intenso prurido no nariz e nos olhos.
Tosse esta presente sempre que ocorre uma descarga pós-nasal de secreção no rinofaringe. Muitas vezes os sintomas que predominam são os oculares, com bastante coceira nos olhos além de vermelhidão e fotofobia.
Tais sintomas podem ocorrer apenas em determinadas épocas do ano(Rinite Alérgica Sazonal) em pessoas com alergia ao pólen de flores ou gramínias, ou estão presentes durante todo o ano (Rinite Alérgica Perene)quando a sensibilidade é devido a alergenos perenes como ácaros da poeira, ou ainda podemos ter uma associação das duas formas clínicas.
Variações diurnas na intensidade dos sintomas sugerem como causa alergenos intradomiciliares, e quando existe melhora nos fins de semanas, estamos diante de uma provável alergia ocupacional.
Ataques muito intensos, em geral são acompanhado de sintomas gerais, tais como: fraqueza, mal-estar, e muitas vezes cansaço muscular após longos períodos de espirros, não existindo nesses casos a presença de febre, o que sugeriria causa viral (Gripe)para esses sintomas.
Sinais Clínicos :
Características faciais típicas estão presentes em um grande número de portadores de rinite alérgica, tais como: olheiras, prega nasal horizontal(causada pelo freqüente hábito de coçar a narina com movimento para cima "saudação alérgica"), protusão do maxilar(face adenoidiana),entre outras.
O exame físico completo deve incluir a Rinoscopia Anterior, que mostra principalmente uma mucosa nasal pálida com abundante secreção clara, quando a rinite alérgica não apresenta complicações.
Em casos mais raros existirá a necessidade da colaboração de um otorrinolaringologista para a realização de um exame chamado Nasofibroscopia no intuito de melhor avaliar as fossas nasais.
Exames Laboratoriais e Teste Alérgico :
Exames radiológicos e laboratoriais podem ajudar na confirmação do diagnóstico e/ou descartar a existência de complicações(sinusite e otite média).
Téstes Alérgicos ,Dosagem de IgE total, IgE específica para alergenos habituais(RAST),e Testes de Provocação Nasal poderão ser usados para confirmação do diagnóstico.

TRATAMENTO:
CONTROLE AMBIENTAL:
A prática do controle ambiental visa eliminar os fatores desencadeantes, o que é relativamente fácil com animais, muito difícil com poeiras e fungos e impossível com os pólens.
Nessas medidas de controle ambiental, deve o médico despender boa parte do tempo de consulta, pois certamente é um dos pontos mais importantes do tratamento.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
Anti-histamínicos sistêmicos são os medicamentos de eleição no tratamento da rinite alérgica. Novos anti-histamínicos não possuem os efeitos secundários importantes que existiam com esse grupo de medicamentos no passado.
Anti-histamínicos tópicos para uso intranasal têm se mostrado bastante úteis na prevenção de sintomas moderados à leves de rinite, apresentando baixa toxidade possibilitando maior segurança em grupo especiais de pessoas como nas grávidas.
Descongestionantes nasais fornecidos por via oral associado ou não à anti-histamínicos também podem ser úteis. Gotas oculares de simpaticomiméticos e anti-histamínicos ajudam no controle da conjuntivite alérgica.
Cromona administrado em "spray" nasal ou conjuntival 3 ou 4 vezes ao dia é benéfica e virtualmente livre de toxidade à curto e longo prazo.
Anticolinérgicos têm indicação na rinite vasomotora, mostrando bons resultados quando existe coriza importante, porém pode ser um bom coadjuvante no tratamento da rinite alérgica.
Corticosteróides Tópicos têm exelente ação sobre a mucosa nasal, nas rinites alérgicas e não alérgicas.O paciente submetido a esse tratamento deve ser avaliado sistematicamente, para prevenção de alguns efeitos colaterais raros com o uso dos mesmos.
Corticosteróides Sistêmicos são reservados para o tratamento das crises, quando houver insucesso de outras manobras terapêuticas, tomando-se sempre o cuidado de não menosprezar as contra-indicações e orientar o paciente a não usar por conta própria a medicação.
IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA (VACINAS):
Podemos lançar mão da imunoterapia(Vacinas),naquelas pessoas que não têm seus sintomas controlados, mesmo com um controle ambiental bem feito e em uso de correto tratamento medicamentoso.,e que portanto apresentam sintomas intensos e duradouros com má qualidade de vida.
É imprescindível que este tratamento seja seguido por um especialista, que deverá confirmar o envolvimento de antígenos como ácaros e fungos do ar, como importantes desencadeantes dos sintomas no paciente em particular.

Alergia a Picada de Inseto

É conhecida pelos médicos com o nome de “estrófulo” e constitui uma das formas de alergia mais freqüente no verão, sendo mais comum nas crianças. Aparece sob forma de feridinhas em forma de caroço no local da picada do Inseto, que depois se espalham pelo corpo. Em alguns casos, essas feridinhas podem piorar, surgindo pequenas bolhas e infeccionar, podendo evoluir para impetigo


Sempre que um inseto pica a nossa pele para sugar nosso sangue, um pouco da sua saliva e de algumas substâncias (como anticoagulantes) entram em contato com o nosso organismo e portanto com os nossos mecanismos de defesa. Ocorre então, em resposta à este contato, a liberação de algumas substâncias que promovem o inchaço, vermelhidão e coceira no local (entre elas, a mais conhecida é a histamina). A quantidade liberada relaciona-se à susceptibilidade individual e ao tipo de inseto que picou; alguns insetos como borrachudos, por exemplo, costumam promover uma maior reação alérgica local à picada. Outros insetos, como abelhas e vespas, podem inocular substâncias que provocam fortes reações e causam muita dor no local da picada.

A alergia à picada de insetos que é mais comum é aquela que ocorre nas crianças pequenas, caracterizada pelo aparecimento de "bolinhas" vermelhas pelo corpo da criança, normalmente próximas ao local de uma picada de inseto. Este tipo de alergia, chamado Estrófulo, é totalmente benigno mas pode causar incômodo pela coceira que provoca. Pode ocorrer ainda a infecção de pele como complicação da coçadura mais insistente, que produz machucados na pele. Cobrir a pele o máximo possível, com roupas, nos locais onde se sabe haver grande incidência de pernilongos, formigas, etc.



A reação de uma picada de inseto varia entre pessoas. Uma reação normal se trata de um pouco de dor, a pele fica um pouco inchada e vermelha ao redor da picada. Simplesmente desinfete a área da picada, lavando com água e sabão, e coloque um pouco de gelo para reduzir inchaço. Algumas vezes o inchaço pode ter o dobro do tamanho dependendo em que parte do corpo a picada ocorreu. Um exemplo: se a picada for na área sensível do antebraço, o inchaço e a dor será maior. Mesmo sendo a aparência mais alarmante, o tratamento é o mesmo. Mas porque esta condição talvez persistirá por mais de dois ou três dias, anti-histamínicos e corticosteróides são dados por um médico para diminuir o desconforto.Abelhas picam deixando um ferrão na pele de suas vítimas. Se isto acontecer com você, não a puxe com as unhas ou qualquer instrumento, pois isto levara a que mais do veneno do ferrão seja injetado dentro da pele. Pegue uma toalha ou sua camisa e passe com força sobre o ferrão e lave a área com água e sabão. Bolhas de pus são muito comuns de 8 à 24 horas após uma picada de formiga. Para não permitir uma infecção bacteriana, não fure a bolha de pus, mesmo sendo tão desconfortável. Também furando estas bolhas podem causar cicatrizes na pele. Vários cremes de corticosteroides ou antihistaminicos orais são muito eficientes.

O tratamento vai desde medidas simples, porém fundamentais, como: telas em janelas, dedetização, ventiladores, passando por repelentes usados em situações especiais (passeios, “picnics”, etc.) e chegando até à imunoterapia com vacinas utilizando venenos de insetos que induzem a criação de anticorpos capazes de bloquear a ação dos alergenos e impedem o surgimento da alergia. O uso de repelentes pode ajudar, mas devem ser indicados pelo médico.

Imunoterapia para Picada de Inseto :

É um tratamento de longo prazo, com vacinas administradas por um alergista e imunologista, para prevenção de futuras reações alérgicas a picadas de insetos.A Imunoterapia envolve a administração de uma pequena quantidade do veneno, para estimular o sistema imunológico do paciente, reduzindo o risco de reações alérgicas em exposições subseqüentes. Em semanas ou meses, pessoas que estavam em constante perigo de reações alérgicas a picadas de insetos, podem voltar a uma vida normal, graças a Imunoterapia.Peça a seu médico para te referir a um Alergista e Imunologista, que é um especialista em diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas. Baseando em seu histórico médico, e alguns testes, o Alergista determinará se você é um candidato a imunoterapia.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pitiríase


Pitiríase Alba :

A Pitiríase alba é uma doença de causa desconhecida porém muito frequente nas pessoas com história pessoal ou familiar de atopia (asma, bronquite, rinite alérgica, eczema atópico). Também é conhecida como dartro volante.

Manifestações clínicas:

As manifestações da doença surgem principalmente após a exposição intensa da pele ao sol. Caracterizam-se por manchas claras, arredondadas, finamente descamativas, de limites imprecisos e muitas vezes com um aspecto pontilhado. Devido às manchas claras, a doença muitas vezes é confundida com a pitiríase versicolor. As localizações mais frequentes são a face, tronco e membros superiores.
As lesões não apresentam sintomas e o ressecamento da pele frequentemente acompanha o quadro. Mais comum nas crianças, pode surgir também durante a vida adulta, sendo comum remissões e reaparecimento das manchas.

Tratamento :

A hidratação da pele e a proteção solar ajudam a evitar o surgimento da pitiríase alba. A exposição prolongada e continuada ao sol e as consequentes queimaduras solares devem ser evitadas. Uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas e a ingestão de bastante líquido durante o verão também ajudam na prevenção. Para o tratamento das lesões o procedimento correto é a consulta ao médico dermatologista.
É importante aplicar hidratantes, filtros solares, suspender o uso de sabonetes e evitar banhos muito quentes e demorados.


Pitiríase versicolor ("micose de praia", "pano branco") :

Também vulgarmente conhecida como "micose de praia" ou "pano branco", a Pitiríase versicolor é uma micose mas, ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina.
O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver provocando as manchas.
Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, a pele não se bronzeia. Com o bronzeamento da pele ao redor, ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou aonde estava a micose. Vem daí o nome "micose de praia".

Manifestações clínicas:


As áreas de pele mais oleosa, como a face, couro cabeludo, pescoço e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas.
A doença se manifesta formando manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores.

As lesões são recobertas por fina descamação que, às vezes, só é percebida quando se estica a pele. Geralmente, a Pitiríase versicolor é assintomática, mas alguns pacientes podem apresentar coceira.

Tratamento :


A Pitiriase versicolor é uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito com medicamentos de uso via oral (comprimidos) ou local (sabonetes, xampus, locões, sprays ou cremes), dependendo do grau de comprometimento da pele. Uso antifúngicos, além de constante hidratação e aplicação do protetor solar.

Devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, é possível a micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido.
Em algumas pessoas, a Pitiríase versicolor pode ocorrer de forma recidivante, voltando a crescer logo após o tratamento. Estes casos exigem cuidados especiais para a prevenção do retorno da doença, cuja orientação deve ser dada pelo médico dermatologista.

Pitiríase rósea :

A Pitiríase rósea é uma doença eruptiva de causa controversa. As características clínicas da doença, o maior número de casos em determinadas épocas do ano (principalmente o outono), alterações imunes e achados de DNA viral em pacientes acometidos sugerem uma relação da doença com alguma virose, hipótese ainda não confirmada.
Mais comum nas mulheres do que nos homens, a doença tem cura espontânea em cerca de 2 a 4 meses e apenas raramente pode voltar a aparecer num mesmo paciente. Os pacientes não precisam se afastar das atividades diárias, pois a pitiríase rósea não é considerada contagiosa.

Manifestações clínicas :

Inicialmente, surge uma lesão primária, o "medalhão", de forma ovalada, com cerca de 2 a 5 cm de tamanho, que precede por alguns dias o surgimento de uma erupção cutânea.
A erupção subsequente atinge principalmente o tronco e a raiz dos membros, sendo rara nas extremidades e na face. É formada por manchas ovaladas, de coloração rosada e com descamação na parte interna das bordas. A descamação pode ser observada esticando-se a pele.

A intensidade e o número de lesões varia muito (de algumas poucas a inúmeras) e uma característica importante é a distribuição das lesões no tronco, que seguem a direção das costelas, adquirindo, com a coluna vertebral, um aspecto de pinheiro. Geralmente não há sintomas importantes, podendo haver coceira em alguns casos.


Tratamento :

A Pitiríase rósea cura-se espontaneamente, mas alguns tratamentos podem ser instituídos para abreviar a duração da doença principalmente nos casos mais intensos ou acompanhados de coceira. O diagnóstico correto e a escolha do tratamento indicado para cada caso devem ser determinados pelo médico dermatologista.



Dermatite Atópica

Dermatite atópica: a coceira que dá eczema :



A dermatite atópica (DA) é uma doença de origem alérgica bastante freqüente, que se acompanha de inflamação na pele, o que provoca coceira e lesões. Costuma ter períodos de melhora seguidos de períodos de piora chamados de exacerbações ou crises, que prejudicam a qualidade de vida. A doença costuma acompanhar o paciente por muitos anos. Os sintomas e sua gravidade variam de uma pessoa para outra. Por se tratar de doença hereditária é comum um dos pais ou ambos sofrerem de alguma doença alérgica como asma, rinite alérgica ou mesmo dermatite atópica.
A palavra “ATOPIA” foi criada por autores americanos em 1923, sendo usada até hoje para definir pessoas que têm constituição hereditária, são portadores de asma, rinite e naturalmente eczema, apresentando também testes alérgicos positivos.
Em síntese, os atópicos têm mais alergia e por mais tempo.
Como é a pele atópica:A pele da criança portadora de dermatite atópica já nasce geneticamente alterada: é seca, irritável, coça muito, tornando-se com o tempo, cada vez mais áspera avermelhada e ferida devido à intensa coceira, configurando o eczema.

Localização das lesões na pele:

Bebês: a dermatite afeta a face, pescoço e às vezes o tronco.
Crianças maiores, adolescentes e adultos: localiza-se mais nas dobras de cotovelo, joelhos e ainda, pés e mãos.

O que são estigmas atópicos?

Estigmas atópicos são sinais e marcas que se apresentam nas pessoas portadoras de atopia. Podem estar presentes, mesmo na ausência da DA. Os estigmas mais comuns são:
- linhas na parte inferior dos olhos - chamadas Linhas de Dennie Morgan,- manchas esbranquiçadas e ásperas na face e tronco - pitiriase alba,
- lesões puntiformes e salientes na pele em especial nos braços e ombros - ceratose pilar.

Fatores que podem agravar as lesões da pele:
É de suma importância identificar e afastar os fatores que agravam a lesão da pele como:
-atrito,-suor, -transpiração,-poeira domiciliar,-roupas de lã e tecido sintético,-sabão,-variações de temperatura (calor, frio)-cosméticos,-detergentes,-infecções cutâneas,-alguns alimentos,-estresse emocional.


Tratamento:
O tratamento adequado controla a inflamação da pele e deve incluir basicamente o uso diário de hidratantes, aplicação de corticóides tópicos e medicações anti-alérgicas (antihistamínicos). Outros tratamentos podem ser tentados em caso de fracasso terapêutico como: imuno-moduladores, antibióticos, ciclosporina, metotrexate e fototerapia.
É preciso fazer dieta especial?
Não há necessidade de evitar alimentos em qualquer pessoa portadora de DA. A dieta se justifica nos casos onde se verifica e se comprova o papel daquele alimento como provocador da piora da pele.
Cuidados com a pele:
- O excesso de banhos deve ser evitado, dando-se preferência a banhos rápidos, com pouco sabão, uma vez ao dia.
- Lubrificação diária e constante da pele: aplicar hidratante todos os dias, logo após o banho, em até 3 minutos após secagem suave do corpo.
- Usar sabonetes oleosos, emolientes e suaves.
- Nunca usar buchas ou esponjas
- Preferir roupas leves, folgadas e confeccionadas com tecidos macios. Evitar tecidos sintéticos aderentes ao corpo, como lycra ou helanca.
- Evitar agasalhos de lã ou outros tecidos irritantes.
- Ao expor a pele ao sol, preferir as primeiras horas da manhã ou ao entardecer, sem excessos, usando sempre protetor solar apropriado.
- Uma medida caseira que “acalma” a pele e a coceira é a realização de banhos feitos com maisena ou com aveia em pó.
Complicações da DA:
O eczema atópico é, na maioria das vezes, uma doença benigna, mas de evolução lenta, tendendo à recuperação da pele com o decorrer do tratamento. Entretanto, pode evoluir em alguns casos de forma mais grave, provocando complicações como:
Decorrentes do Eczema:
-Infecções repetidas na pele (bactérias, fungos) -Comprometimento estético-Envolvimento emocional
Decorrentes do Tratamento:
-Pele agredida por produtos que piorem o ressecamento-Uso de medicação agressiva e intempestiva
Reações colaterais dos remédiosDecorrente da Atopia:
-Aparecimento de outras doenças atópicas-Possibilidade de outras reações alérgicas-Reações colaterais dos remédios
É importante saber reconhecer os sinais que podem indicar infecção de pele e comunicar o médico caso surjam, como por exemplo: aumento brusco da vermelhidão, surgimento de pequenas bolhas com pus no interior ou ainda o aparecimento de vesículas contendo líquido em seu interior.
Os casos mais graves de DA costumam se acompanhar de estresse emocional não só do paciente como de sua família e cuidadores. Recomenda-se que seja dedicada atenção especial aos fatores emocionais em cada pessoa a fim de que se possa indicar medidas para combate ao estresse familiar em conseqüência da doença.
Converse com o médico.
Exponha seus temores e preocupações. O diálogo entre o médico, o paciente e sua família são a base para uma abordagem personalizada e para o sucesso do tratamento.
Texto extraído do Blog da Alergia

Asma


“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

Brônquios de uma pessoa sem Asma:


“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)

Brônquios de uma pessoa Asmática :

Classificação da intensidade da asma: (Global Initiative for Asthma, 2004) :
A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente. Dentro dos quadros persistentes são definidos diferentes níveis de intensidade da doença: leve, moderada ou grave.
Esta classificação se faz de acordo com a presença dos sintomas (freqüência e intensidade), o quanto interfere no dia-a-dia do asmático e, o comprometimento de sua função pulmonar.

Asma Intermitente: sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Leve: presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Moderada: sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e <>

Asma Persistente Grave: sintomas diários; crises freqüentes; sintomas noturnos freqüentes; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado.

O que desencadeia :

As principais causas da asma estão associadas à poluição do ar, poeira doméstica, ácaros, mofo, pêlos de animais e alimentos. O problema é agravado pelo uso de carpetes, cortinas e cobertores que servem como fontes de ácaros. A fumaça do cigarro, as mudanças de temperatura, além da gripe, resfriado, uso de certos medicamentos e até mesmo o estresse, podem desencadear uma crise de asma, que se denomina, mais corretamente, de exacerbação da asma.

Existe um risco maior de exacerbações da asma nos dias de inverno sem vento, quando surge uma mistura de nevoeiro e fumaça composta de monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e as partículas em suspensão na atmosfera. Os períodos de queimadas são também bastante penosos para os asmáticos.

Sintomas :

Os sintomas da asma na criança, assim como no adulto, são recorrentes, ou seja, não estão presentes o tempo todo. Há períodos em que o paciente apresenta falta de ar, chiado no peito, secreção e um pouco de tosse. Estes sintomas aparecem em diferentes circunstâncias e intensidades e em geral, estão relacionados com mudanças de temperatura, contatos com substâncias irritantes, alérgenos, poeira, ou são desencadeados por exercícios físicos ou estresse.

É importante lembrar que nem todas as pessoas que apresentam alguns dos sintomas têm asma e que eles podem variar de pessoa para pessoa, por isso, é indispensável procurar um médico quando houver suspeita, para um diagnóstico exato.

Os principais sinais de alerta são:
Tosse seca persistente - principalmente à noite; Sibilância (chiado no peito); Respiração mais rápida do que o normal; Faltade ar; Cansaço físico; Sensação de aperto ou dor no peito.

Os objetivos do tratamento da asma são:

Controlar sintomas; Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer; Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações; Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio; Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível; Minimizar efeitos adversos da medicação; Prevenir a morte.

Tratamento :

O tratamento da asma promoverá uma vida normal e ativa. Porém, para isso, será necessário:- Tomar a medicação apropriada,permanecer longe de coisas que tornem difícil a respiração e imunoterapia ( vacinas ).

Há dois tipos principais de medicamentos para asma:

- Broncodilatadores: relaxam os músculos das vias aéreas permitindo que o fluxo de ar seja melhor.
- Corticosteróides: ajudam as vias aéreas a incharem menos. Os corticosteróides não podem ser usados para parar as crises, de forma isolada.

Os dois tipos de medicamentos que podem ser usados são: bombinha através da qual o medicamento pode ser inspirado pela boca e comprimido ou cápsula.
No tratamento de uma emergência, está indicado o uso dos dois medicamentos e também de medicamentos complementares e de oxigênio, se for necessário.


OBS : Sobre Imunoterapia ( Vacinas ) procure no ìndice

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Acne ( Cravos e Espinhas )

A acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos.

A doença não atinge apenas apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.



Manifestações clínicas :

A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade.
Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação).


O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:

Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).


Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).


Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).



Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.

Tratamento :

Sendo doença de duração prolongada e algumas vezes desfigurante, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens acometidos pela acne.

O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.

A limpeza de pele, que pode ser realizada por esteticistas devidamente capacitadas, tem ação importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos), evitando a sua transformação em espinhas.
Em casos de acne muito grave (como a acne conglobata), ou resistente aos tratamentos convencionais, pode ser utilizada a isotretinoína ( Cecnoin / Roacutan), medicação que pode curar definitivamente a acne em cerca de seis a oito meses na grande maioria dos casos.

Apesar de não ter participação na causa da doença, a dieta pode ter influência no curso da acne em algumas pessoas. Alimentos como chocolate, gorduras animais, amendoim e o leite e seus derivados só devem ser evitados pelos pacientes que apresentem acne e percebam agravação dos sintomas após a ingestão dos mesmos.
O lado emocional dos pacientes não deve ser menosprezado. A desfiguração causada pela acne mexe com a auto-estima do adolescente, que passa a evitar o contato social com vergonha de suas lesões e das brincadeiras dos colegas. Quando necessário, deve ser fornecido suporte psicológico.

O tratamento da acne deve ser orientado por um médico dermatologista, que é o profissional capacitado para indicar os medicamentos ideais para cada caso. Não use remédios indicados por pessoas leigas ou que tenham um quadro semelhante ao seu. Eles podem não ser apropriados ao seu tipo de pele. A duração do tratamento é longa, geralmente nunca é menor do que seis meses, portanto, paciência. Esclareça suas dúvidas com o dermatologista que o acompanha, ele sempre poderá ajudá-lo.

É importante saber que algumas pessoas apresentam melhoras com certos medicamentos e outras não. Por isso, pode ser que seu médico precise trocar a sua medicação caso o tratamento inicial não esteja surtindo efeito para o controle da doença.

Procure o seu Dermatologista para que seu Bebê tenha uma pele assim :

E para que voce também tenha uma pele assim :


Psoríase

Psoríase

A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida. Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.
Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.

Manifestações clínicas

Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida. A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas (foto) na pele, bem limitadas e de evolução crônica.



A psoríase em placas, em geral, se apresenta com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.


Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas (foto abaixo) e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.


É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.
Outra característica, chamada de fenômeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).
Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal (foto abaixo), com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.



Outra forma de apresentação é a psoríase gutata (foto abaixo), com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.


O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por uma biópsia, que revelará um quadro bem característico.

Tratamento

O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.
A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento.
Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.



Dermatite Seborréica



Dermatite Seborréica

Trata-se inflamação crônica da pele que surge em indivíduos geneticamente predispostos, tratando-se portanto de manifestação constitucional. As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas.

A causa da dermatite seborréica é desconhecida mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão envolvidos no processo. A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a ação dos hormônios androgênicos, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade. Nos recém nascidos também podem ocorrer manifestações da doença, devido ao androgênio materno ainda presente.

Manifestações clínicas

A dermatite seborréica tem caráter crônico, com tendência a períodos de melhora e de piora. A doença costuma se agravar no inverno e em situações de fadiga ou estresse emocional.
As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborréia), descamação (caspa) e prurido (coceira). A caspa pode variar desde fina descamação até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo. A coceira, que pode ser intensa, é um sintoma frequente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações.

Quando atingem a pele, as lesões da dermatite seborréica são avermelhadas e com descamação gordurosa. As áreas mais atingidas são a face (principalmente o contorno nasal, supercílios e fronte), pavilhões auriculares e região retroauricular e o centro da região torácica anterior e posterior.

Outras manifestações são a blefarite seborréica, que atinge as pálpebras, e a presença de lesões em áreas de dobra de pele, como as axilas e regiões inframamárias. Casos graves de dermatite seborréica podem evoluir para a generalização das lesões, atingindo extensas áreas da pele.

Tratamento

Não existe medicação que acabe definitivamente com a dermatite seborréica porém seus sintomas podem ser controlados. Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos e de bebidas alcoólicas e o banho muito quente.
O tratamento geralmente é feito com medicações de uso local na forma de sabonetes, xampus, loções capilares ou cremes, que podem conter anti-fúngicos ou corticoesteróides, entre outros componentes. Em casos muito intensos, medicações via oral podem ser utilizadas. O tratamento adequado vai depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, e deve ser indicado por um médico dermatologista.

Vitiligo ou popularmente chamado de " Pano Branco "

Vitiligo:

É uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. Sua etiologia ainda não é bem compreendida, embora o fator autoimune pareça ser importante. Contudo, estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença.
Patologicamente, o vitiligo se caracteriza pela redução no número ou função dos melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo - a melanina. A doença pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: 10-15 anos e 20-40 anos.
Esta despigmentação ocorre geralmente em forma de manchas brancas (hipocrômia) de diversos tamanhos e com distruição focal ou difusa. Pode ocorrer em qualquer segmento da pele, inclusive na retina (olhos). Os locais mais comuns são a face, mãos e genitais. Os pêlos localizados nas manchas de vitiligo se tornam esbranquiçados. O local atingido fica bastante sensível ao sol, podendo ocorrer sérias queimaduras caso exposto ao sol sem protetor, conferindo um risco para o desenvolvimento de câncer de pele.

Prognóstico :

Via de regra, o vitiligo é um distúrbio crônico. Existem vários tipos clínicos de vitiligo, cada qual com prognóstico próprio. Porém, dependendo do seu tipo clínico pode haver regressão espontânea ou com tratamento médico. O vitiligo pode permanecer focal indefinidamente ou se generalizar.

Tratamento :

Se necessita de ajuda, por favor consulte um profissional de saúde.
Existem inúmeras opções terapêuticas para o vitiligo, a saber: corticosteróides, imunomoduladores, helioterapia, PUVA e enxertos cirúrgicos. Esteróides têm sido usados para remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes. Outro tratamento mais radical é tratar quimicamente para remover todo o pigmento da pessoa para que a pele fique mais uniforme.

Controle do Ambiente

Alergia : O Vilão pode estar dentro da sua própria casa!!!





A poeira de casa, formada por uma mistura de restos de alimentos, descamações de pele humana e de animais, seres vivos como os ácaros, fungos, etc e as substâncias inalantes são as principais causas de alergias respiratórias Para os que já possuem alguma tendência à alergia, sua casa requer alguns cuidados especiais. Segundo os dados da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), é alarmante o número de pessoas alérgicas no mundo: cerca de 30% da população em geral sofre algum tipo de alergia.

Principais doenças alérgicas causadas por inalantes:

Asma: é uma doença acompanhada de inflamação alérgica das vias respiratórias. Pode surgir em qualquer idade e, ainda hoje, apesar dos avanços da medicina moderna provoca muito sofrimento. É também conhecida como bronquite alérgica ou como bronquite asmática.

Sintomas principais da asma:Sensação de "aperto" ou opressão no peito ("peito preso"),Falta de ar ou cansaço,Chiados no peito,Tosse, que pode acompanhar-se de eliminação de secreção (gosma branca).

Rinite: é a inflamação alérgica da mucosa do nariz que pode ocorrer de forma repetida A causa mais comum é a sensibilização aos alérgenos inalantes, em especial à poeira de casa e seus ácaros.

Os sintomas principais da Rinite Alérgica são:- Espirros repetidos,- Coriza líquida em geral abundante,- Coceira nasal insistente (ou coçam também os olhos, os ouvidos, céu da boca e garganta),- Mucosa nasal: congestionada, as narinas entopem.- Olhos: avermelhados, irritados, lacrimejando e coçando .- Sensação de escorrimento da secreção pela parte de trás do nariz, que pode provocar pigarro ou tosse insistente.- Alteração de olfato e do paladar, tosse crònica noturna, sinusite, amigdalites, faringites e otites repetidas.

Alergia ocular: os olhos, assim como o nariz e a pele, são alvos freqüentes de reações alérgicas e a conjuntivite Alérgica é a alergia mais comum.Sintomas da Conjuntivite Alérgica:Durante a crise, os olhos ficam irritadosConjuntivas ("branco do olho") tornam-se avermelhadas,Coceira dos olhos e lacrimejamento

Dermatite atópica: é um tipo de alergia da pele que se manifesta com lesões de eczema e coceira intensa, sendo mais comum em dobras dos braços, pescoço e pernas., mas que em alguns casos, pode ser muito grave, acometendo todo o corpo. Evolui de forma lenta, com períodos de melhora intercalados com períodos de crises, sendo que suas características mais freqüentes e mais intensas são a coceira e o ressecamento da pele.

O que fazer?


É importante procurar um médico especialista que irá pesquisar as causas de alergia e recomendar os remédios mais adequados para controlar a doença. Um método valioso é a imunoterapia, ou seja, a atuação sobre o mecanismo alérgico através de vacinas. Entretanto, é fundamental tomar medidas que combatam a poeira e que são imprescindíveis para que se obtenha um bom resultado no tratamento das doenças alérgicas.

Dicas para uma casa saudável:


Ventilação: manter janelas abertas durante o dia: não tenha receio: vento não faz mal!Limpeza: deve ser feita diariamente, com água, sabão e produtos de limpeza adequados. Evitar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco.Evitar usar vassouras e espanadores bem como aspiradores que não tenham filtros para reter partículas bem pequenasColchões e travesseiros: Trocar travesseiros uma vez por ano: preferir modelos com espuma inteiriça. Evite penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas especiais contra ácaros Trocar as roupas de cama semanalmenteAnimais: Se você tem animais de estimação, não deixe que entrem na casa, que subam em estofados ou camas.
Não fume e não deixe que fumem em sua casa.

Decoração

SIM
Sala: Móveis com bordas lisas, para facilitar limpeza.Estofados de couro, vinil ou material plástico.Almofadas com capa de zíper para facilitar a lavagem.Paredes pintadas e com poucos quadros (molduras lisas).
Quarto: camas simples, preferir edredonsEncapar travesseiros e colchões.Guarda roupa com portas fechadasPersianas ou cortinas leves e fáceis de lavarEstantes fechadas com portas de vidroPiso vinil, cerâmicos ou madeira
NÃO
Estofados de tecido ou veludoExcesso de enfeites e almofadasBichos de PelúciaMuitos móveis com tapetesCortinas grandes com bastante detalhes e babadosCarpetesBeliches, camas baúsPapel de parede, texturas


(Fonte: ASBAI: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia: www.sbai.org.br) // Blog da Alergia

Laringite Estribulosa ou " Tosse de Cachorro "

Laringite estridulosa ou “Tosse de cachorro” Uma doença de inverno?

A laringite estridulosa é uma doença que ocorre em crianças pequenas e se apresenta com acessos de tosse rouca e forte, com ruído semelhante a um latido e por isso conhecida como “tosse de cachorro”. As crises se iniciam de forma rápida e tendem a piorar de noite, em especial na madrugada. É uma doença relativamente comum e nem sempre se sabe a causa específica. A laringe incha e inflama, sua musculatura se contrai (como se fosse uma "caimbra"), obstruindo a passagem de ar e emitindo um ruído na inspiração. Este ruído parace um ronco, embora mais agudo e corresponde ao som da tentativa de “puxar” o ar.É conhecida por outros nomes, como: “laringite sufocante”, “laringite sub glótica” ou como “falso crupe”.A laringite estridulosa não costuma se acompanhar de febre ou de sinais que indicariam seu começo. O início é súbito. Não é raro que a criança vá se deitar bem e acorde no meio da noite, com o acesso da tosse - forte e rouca. A tosse que assusta toda a família pela intensidade e pelo mal estar que causa ao paciente.

Além da tosse, a criança pode apresentar falta de ar, sufocação e um barulho que acompanha a inspiração, chamado de estridor. Em alguns casos, a criança estica o pescoço e joga a cabeça para trás, na tentativa de respirar melhor. O acesso da tosse pode ser seguido de vômitos, que em geral surgem já no final do ataque.Existem alguns fatores que podem se associar, embora não se saiba bem o papel exato de cada um deles. São: alergia respiratória, infecções de vias aéreas superiores, aumento das adenóides, e refluxo gastroesofágico.Como controlar a laringite estridulosa Na crise, a primeira medida é manter a calma e transmitir segurança à criança.

Embora a laringite estridulosa assuste pela veemência dos sintomas, evolui de forma benigna na maioria das vezes.Recomenda-se usar vapor dágua, que tem o poder de hidratar a região e diminuir a inchação no local, melhorando a tosse. Uma medida caseira é ligar o chuveiro bem quente, sentar-se com a criança no colo por uns 15 minutos. Enquanto isso, converse com a criança, conte uma história, para distraí-la. Não coloque a criança no chuveiro, basta o vapor emitido pela água quente. Se não houver melhora, levar a criança a um Pronto Socorro.Não sendo o primeiro episódio, peça ao médico para eu oriente um xarope ou nebulização que possa ser feito no início do acesso da laringite e assim evitar a necessidade do atendimento em pronto socorro e aliviar o sofrimento da criança.

O médico especialista em Alergia fará uma avaliação cuidadosa da criança e instituirá cuidados de prevenção a fim de que as crises não se repitam.
Referência Bibliográfica = Blog da Alergia

Choque Anafilático

Choque Anafilático

É a principal causa de morte por alergia.
O choque anafilático é uma reação imediata resultante da dilatação súbita da microcirculação sanguínea pela ação da histamina. Com a vasodilatação, há queda de pressão arterial, deficiência de irrigação cerebral, perda da consciência, coma e morte. Esta cadeia de eventos pode ser evitada pela aplicação de medicação de emergência. Nas formas mais discretas do choque, o próprio organismo pode compensar a falência circulatória.

Sintomas do choque anafilático:
Sensação de mal estar, transpiração, palidez
Tosse seca, falta de ar
Sudorese abundante
Coceira generalizada
Náuseas, vômitos, dor abdominal
Diminuição da Pressão
Perda dos sentidos

Principais causas de reação anafilática:
- Antibióticos: penicilina, estreptomicina e cefalosporinas.
- Venenos: abelhas, vespas, marimbondos, formigas e cobras.
- Látex: derivado da borracha natural encontrado em luvas, camisinhas, etc - - Anestésicos locais: procaína, tetracaína, benzocaína e xilocaína.
- Vitaminas: B1 e B12.
- Hormônios: insulina e ACTH.
- Soros heterólogos: antitetânicos e antidiftéricos.

Reações anafiláticas menos intensas podem ser causadas por outras causas, como por exemplo alimentos (camarão). Estas reações em geral não são graves, manifestando-se por mal estar, tonteira, urticária súbita, surgindo imediatamente após uso destas substâncias.

Reação Anafilactóide
Tem os mesmos sintomas da reação anafilática, mas o mecanismo não é alérgico. Neste caso, a libareção da histamina ocorre por mecanismos não-imunológicos. O exemplo mais característico é a reação após uso de contrastes iodados.

Como controlar o choque anafilático
O tratamento é realizado através de medidas profiláticas (evitando os alérgenos) e medidas de urgência a serem aplicadas logo que o quadro se inicia.
A adrenalina (epinefrina) é o único medicamento de emergência capaz de salvar a vida de uma pessoa em choque anafilático e deve ser aplicada imediatamente. É encontrada em forma de ampolas ou na forma de “kit” auto-injetável.
Converse com seu médico alergista para que ele o oriente.

Texto extraído do livro: Conheça sua Alergia – Lian Pontes de Carvalho e João Bosco Magalhães Rios – Editora Revinter 2001

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ácaros ou Dermatophagoides

Os ácaros são os principais responsáveis pelas reações de hipersensibilidade que ocorem no aparelho respiratório.São seres minúsculos,semitransparentes,invisíveis a olho nu,sendo suas fezes o mais importante alérgeno.
Os colchões e travesseiros tem geralmente alta contentração de ácaros.Mas também podem ser encontrados em carpetes,tapetes,roupas de cama,forro de móveis,estofados,fendas de assoalhos,rodapés das casas,livros,brinquedos de pano ou pelúcia,cortinas e outros objetos que acumulam poeira.

Bibliografia = Alergia Clínica Diagnóstico e Tratamento

Imunoterapia

Imunoterapia :



Imunoterapia é o nome dado ao tratamento realizado com as vacinas para alergia, constituído por extratos de substâncias inaláveis, como por exemplo, os ácaros da poeira de casa, diluídos em condições especiais.
As vacinas são empregadas com a intenção de atuar na inflamação alérgica e para diminuir a sensibilidade aos alérgenos. A imunoterapia está indicada nos casos de asma e rinite alérgica, ou seja, naqueles pacientes que apresentam crises por poeira domiciliar, ácaros, pêlos de cão e gato, pólens e mofo.

O termo "vacina para alergia" é freqüentemente usado para denominar o tratamento imunoterápico com alergenos, ou vacinação anti-alérgica. A imunoterapia com alergenos é um programa eficaz de vacinação que pode aumentar sua imunidade a substâncias chamadas de alergenos, que desencadeiam seus sintomas.
A imunoterapia com alergenos envolve a administração de quantidades gradualmente crescentes de um alergeno a um paciente, por um período de muitos meses. As injeções são inicialmente dadas em base semanal (ou duas vezes por semana) e, após se chegar ao nível de manutenção, em base mensal. Esse processo reduz os sintomas que seriam desencadeados pela exposição ao alergeno. A imunoterapia é o que mais se aproxima a uma "cura" dos sintomas alérgicos, pois uma vez que se atinja a dose de manutenção das vacinas ou tenha terminado o tratamento, seus sintomas estarão, geralmente, muito reduzidos.

Embora a imunoterapia seja mais conhecida com o nome de "vacinas para alergia", este é um termo inadequado. O que significa a palavra vacina? Em seu sentido literal, significa um medicamento que deve ser utilizado para a prevenção de determinadas patologias. Por exemplo, toma-se vacina contra o sarampo para que não se contraia a doença. Isto não ocorre desta forma com o uso das "vacinas para alergia": o fato de utilizá-las não torna o paciente imune às doenças alérgicas. Na verdade, gradativamente a pessoa passa a reagir de forma mais branda à estímulos que o levariam a crises antes do tratamento, até que a reação apresentada não seja suficiente para que surjam os sintomas alérgicos.

A imunoterapia age sobre várias células e sistemas, resultando na diminuição do processo inflamatório na árvore respiratória e numa capacidade maior de resistência aos fatores que o levariam às crises. O nome mais correto é: imunoterapia específica com extratos alergênicos.

O preparo da vacina deve ser feito de modo específico, ou seja, de acordo com a história de cada pessoa e com o resultado dos testes alérgicos. A conservação da vacina deve ser feita a uma temperatura de cerca de 8º, que é encontrada na porta das geladeiras. A potência imunogênica das vacinas fica muito diminuída quando este item não é observado.

A imunoterapia deve ser encarada como parte do tratamento global da Asma e da Rinite Alérgica. De importância inegável, as "vacinas para alergia" não devem ser utilizadas isoladamente, mas sim integradas ao tratamento medicamentoso e às medidas de controle ambiental.


Como funciona o tratamento?

Se você é alérgico a uma substância como o ácaro, você não vai tratar sua alergia inalando repetidamente ácaros (poeira) pelo nariz ou pela boca (para ir mais diretamente aos pulmões). Então, como pode acontecer que aumentando a exposição a substâncias que desencadeiam suas alergias —como alergenos do ácaro ou do gato— você será ajudado?
A imunoterapia com alergenos funciona como uma vacinação. Através da exposição do seu corpo a pequenas quantidades injetadas de um alergeno particular, em doses crescentes, seu corpo constrói uma imunidade aos alergenos aos quais você é alérgico. Isto significa que quando encontrar esses alergenos no futuro, você terá uma reação alérgica discreta ou muito diminuída, com menos sintomas.
No início de uma imunoterapia, a primeira injeção consiste de uma pequena quantidade de uma vacina muito pouco concentrada (muito diluída). A cada semana, o paciente recebe quantidades cada vez maiores de alergenos. A velocidade com que se pode aumentar a concentração da vacina depende da sensibilidade do paciente. Geralmente o paciente atingirá a dose de manutenção em cerca de 6 meses após o início do tratamento com vacinas. Essa dose de manutenção é então dada a cada 1-2 semanas e, depois, o intervalo é aumentado para cada 3-4 semanas.
Se você começar um tratamento imunoterápico com alergenos, é muito importante que continue suas injeções em bases regulares até que o tratamento seja descontinuado. Caso contrário não haverá benefícios com o tratamento. Geralmente os pacientes recebem injeções por 3-5 anos ou mais. Após esse tempo, sua sensibilidade a um alergeno particular estará reduzida, freqüentemente por anos após a interrupção do tratamento. Isso pode significar, por exemplo, que você poderá tolerar exposições maiores ao ácaro (por exemplo) sem apresentar sintomas.
A imunoterapia anti-alérgica funciona alterando as respostas imunológicas anormais que causam a alergia. Anticorpos protetores, similares àqueles provocados em respostas a outras vacinas, desempenham um papel nos resultados benéficos da imunoterapia.

Benefícios:

O tratamento imunoterápico anti-alérgico deve ser considerado quando os sintomas alérgicos são moderados ou intensos, quando ocorrem por quase todo o ano, quando não respondem adequadamente às medicações, e quando são desencadeados por alergenos dificilmente controlados, como o ácaro poeira domiciliar.
Por exemplo, se você é extremamente alérgico ao ácaro, você pode experimentar sintomas intensos, como asma, espirros, coriza intensa, olhos e nariz altamente pruriginosos, etc. É impossível, ou ao menos impraticável, evitar esse alergeno trazido pelo ar (aeroalergeno). Apesar de que medidas profiláticas podem ajudar a diminuir a exposição, e que medicações podem ser úteis, você pode continuar experimentando sintomas por períodos prolongados durante o ano. Para tal paciente, a imunoterapia específica pode levar a um alívio significativo.
Possíveis efeitos colaterais:
Como você pode ver, a imunoterapia por alergenos pode ser benéfica para muitos pacientes alérgicos. No entanto, existem alguns senões. Alguns pacientes podem achar que a aplicação repetida de vacinas pode ser inconveniente. Como qualquer tratamento, alguns pacientes podem apresentar reações adversas, i.e., às vezes as vacinas podem provocar reações alérgicas.
Durante o tratamento, alguns pacientes desenvolvem uma inchação ou um nódulo. Quando é grande, pode ser designado como uma "reação local". Os anti-histamínicos orais, compressas de gelo, ou o ajuste da dose da vacina melhoram essas reações.
Raramente, um paciente pode apresentar uma reação mais séria, resultando em sintomas de asma ou em anafilaxia. Os sintomas de asma incluem tosse, chiados no peito e falta de ar. Os sintomas de uma reação anafilática podem incluir espirros, coriza aquosa, coceira nos olhos, inchação na garganta, chiados no peito (ou uma sensação de aperto no peito), náusea, tonteira, ou outros sintomas. Tais sintomas requerem tratamento imediato. Se não forem apropriadamente tratadas, essas reações podem ficar mais sérias. Em certos casos, é necessário que o paciente aplique as doses em consultório ou em local preparado, permanecendo pelo menos 20 minutos após a aplicação.
Em resumo, a imunoterapia com alergenos é um programa de vacinação que é altamente eficaz para os pacientes alérgicos. É o que mais se aproxima de uma "cura" para os que têm rinite alérgica, asma alérgica causada por alergenos como os ácaros, ou alergia a picadas de insetos. Tal terapia traz um alívio aos muitos alérgicos que não podem evitar os alergenos aos quais são alérgicos.


Referência Bibliográfica = Blog da Alergia

Alergologia

Especialidade médica que trata de alergias, que são reações do organismo a determinado fator (poeira, pêlo/pena de animais/aves, alimentos etc,...)