quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Manual sobre o tratamento cirúrgico da obesidade

Apresentação

Em nosso país a obesidade tem-se apresentado como uma doença de proporções assustadoras e até mesmo epidêmicas, sendo considerado um problema de saúde pública. Associados a obesidade, doenças como a hipertensão arterial, diabetes, artroses, apnéia do sono, infarto agudo, derrames cerebrais e morte súbita têm diminuído a qualidade e a expectativa de vida de milhares de brasileiros.

Até a alguns anos, a abordagem e o tratamento da maioria dos obesos eram realizados de forma isolada, sem compreensão das causas multifatoriais da doença e sem qualquer planejamento capaz de controlar, efetivamente, a obesidade e suas conseqüências.
Após o advento de uma nova frase para a cirurgia da obesidade, um horizonte ainda desconhecido surgiu para esses pacientes.

O IISSO-Instituto Interdisciplinar de Saúde do Obeso, Departamento de Cirurgia da Obesidade da Clinica Cirúrgica Trauma One, nasceu de uma visão diferenciada, proporcionada por um grupo de profissionais interessado e capacitado para realizar uma avaliação global individual do paciente obeso, ajudando-o, com segurança, a alcançar o controle dessa doença.
Sabemos que o trabalho que o trabalho de uma Equipe Especializada, composta pelo Cirurgião Bariátrico, Anestesiologista, Fisioterapeuta, Nutricionista, Psicólogo, Psiquiatra, Endoscopista, Fonoaudiólogo, Pneumologista e professor de Educação Física, em Sintonia com o Cardiologista, o Clínico ou Endocrinologista do próprio paciente, é o segredo dos nossos bons resultados.
Assim, acumulamos experiências da literatura médica, da nossa pratica médica diária e do contato constante com nossos pacientes para elaborar este manual sobre o tratamento Cirúrgico da Obesidade que organiza, de forma sintética e com uma linguagem simples e acessível, os princípios da cirurgia da obesidade, opções técnicas, seus resultados, conseqüências e as dúvidas mais comuns. Fica a certeza de que este material representa, sobremaneira, notável passo para a introdução do assunto, sem, contudo nenhuma pretensão de esgotar conhecimentos sobre a cirurgia da obesidade.

Urge, no entanto, registrar que, durante o pré-operatório, teremos oportunidades para conversar, esclarecer e trocar idéias.

Devido ao grande sucesso da primeira edição, que foi totalmente esgotada e muito bem recebida pelos nossos pacientes, estamos publicando a segunda edição, já com algumas atualizações, incluindo-se a promissora cirurgia metabólica ou cirurgia de diabetes.

Belo Horizonte, junho de 2009.
Dr.Marcelo G. Girundi.


ENTENDENDO
A OBESIDADE


A obesidade é uma doença crônica, progressiva, fatal e geneticamente relacionada.
Ela caracteriza-se pelo acúmulo de excessivo de gordura e pelo favorecimento de outras doenças, conhecidas como “co-morbidades”, listadas abaixo. Nos Estados Unidos, uma pessoa a cada quatro pesa 20% a mais que seu peso ideal. Atualmente, segundo pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 51% dos brasileiros estão acima do seu peso ideal, 15- 20% são obesos e 5% são considerados obesos mórbidos.

Para avaliar o grau de obesidade de uma pessoa, desenvolveu-se o índice de massa Corporal-IMC. O seu cálculo é realizado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros)


Exemplo: IMC= 98 kg
_______________
1,5 m x 1,56 m IMC=40,3


Além das co – morbidades que certamente diminuem a expectativa de vida, o paciente obeso sofre com situações cotidianas, tais como:

1) amarrar os sapatos
2) comprar roupas para o seu tamanho
3) inadequação de mobiliário público(assentos de avião, teatro, cinema, ônibus)
4) dificuldades para realizar a higiene pessoal
5) problemas socioeconômicos, que são representados pela discriminação social
6) dificuldade em conseguir emprego
7) problemas de relacionamento afetivo-sexual.

CO – MORBIDADES ASSOCIADAS À OBESIDADE:

• Hipertensão Arterial;
• Doenças coronarianas que podem levar ao infarto;
• Insuficiência cardíaca;
• Diabetes;
• Apnéia do sono (parada respiratória durante o sono);
• Hiperlipidemia (elevação do colesterol e dos triglicérideos)
• Esteatose hepática (depósito de gordura no fígado, causando mal funcionamento);
• Cálculo de vesícula;
• Doenças articulares (especialmente nos joelhos e tornozelos);
• Doenças vasculares nas pernas (varizes e má circulação);
• Câncer no intestino, próstata, mama, útero e ovários;
• Alterações na menstruação;
• Incontinência urinária (perda de urina);
• Infertilidade e impotência;
• Depressão e outros transtornos.

TRATAMENTO CIRÚRGICO
DA OBESIDADE


Pelo Índice de massa Corporal (IMC) é possível graduar a obesidade e definir a melhor forma para o seu tratamento.


• Peso normal IMC = 18,5 a 24,9
• Sobrepeso IMC = 25 a 29,9
• Obesidade moderada (grau 1) IMC = 30 a 34,9
• Obesidade grave (grau 2) IMC = 35 a 39,9
• Obesidade Mórbida (grau 3) IMC = 40 a 49,9
• Superobesidade IMC = acima de 50


Pessoas com IMC até 35 podem ser tratadas apenas por métodos tradicionais (dieta, exercícios, medicamentos e mudança de hábito). No entanto, para os casos de obesidade grave com co – morbidades, mórbida e superobesidade, tais métodos isoladamente já se mostraram pouco efetivos. Nesses casos, a cirurgia é um tratamento eficaz na redução manutenção do peso. A Organização Mundial da Saúde – OMS – e o Ministério da Saúde do Brasil reconhecem a obesidade mórbida como uma doença passível de tratamento cirúrgico.

Quem está indicado para o tratamento cirúrgico:

• Pacientes com IMC acima de 40, ou
• Pacientes com IMC acima de 35 que possuem co – morbidades médicas;


Além do IMC propriamente dito, é importante o diagnóstico específico para cada paciente e a observação às demais condições restritivas:

• Pessoas que não são dependentes de drogas ou álcool;
• Pessoas que não obtiveram sucesso em tratamentos clínicos anteriores;
• Pessoas entre 15 e 65 anos de idade;
• Pessoas com capacidade de compreender e de cooperar com as mudanças do estilo de vida no pós-operatório;
• Pessoas que não são portadoras de nenhuma doença ou condição que contra- indique a cirurgia.


Além disto, toda pessoa que pretende se submeter ao tratamento cirúrgico da obesidade tem que estar ciente dos riscos e conseqüências de uma intervenção cirúrgica de tal porte. É muito importante mencionar que a cirurgia não é recomendada por motivos estéticos: é uma cirurgia radical, que pode ser definida e ter conseqüências os hábitos cotidianos. O objetivo dela é tornar a vida do paciente mais saudável e mais longa.

Seus melhores resultados estão relacionados com a participação ativa dos pacientes, evitando o consumo excessivo de alimentos hipercalóricos e aumentando o gasto energético com exercícios físicos orientados.

Sistema Digestório Humano :



1) Esôfago
2) Abdômen
3) Estômago
4) Válvula para o estômago
5) Piloro
6) Intestino delgado
7) Duodeno
8) Jejuno
9) Íleo
10) Válvula que separa o intestino delgado do grosso
11) Intestino grosso

OPÇOES CIRÚRGICAS
DISPONÍVEIS


A cirurgia da obesidade não é algo tão novo como muitos imaginam. Ainda no século passado ocorreram as primeiras cirurgias nos Estados Unidos, nos anos 50. Entretanto, as técnicas iniciais, com desvio intestinal (jejuno – íleal) provocavam conseqüências drásticas ao organismo, incluindo-se o desequilíbrio metabólico e a desnutrição grave. Foram, por isso, praticamente abandonadas com o decorrer dos anos, em nossa clínica não utilizamos esse tipo de operação e também não concordamos com cirurgias plásticas (abdominoplastia) que tem sido utilizada ao mesmo tempo da cirurgia da obesidade.

Felizmente, alguns cirurgiões e cientistas continuaram estudando e aprimorando as técnicas que hoje estão disponíveis em nosso meio e com resultados muito satisfatórios. Atualmente, existem vários tipos de cirurgia que se dividem, basicamente, em três grupos: Restritivas, Disabsortidas e Combinadas. Nossa equipe não tem predileção por nenhuma técnica; utilizamo-nos de todas as técnicas seja por via convencional ou laparoscópica. Entendemos que cada paciente deve ser avaliado individualmente, de acordo com seu perfil, gravidade da doença, hábitos nutricionais e condições sócio-psicológicas, para que possamos saber qual a cirurgia mais indicada. É necessário, entretanto, grande colaboração do paciente e grande adesão ao protocolo da clínica para que os resultados sejam compensadores. Algumas pequenas adaptações das técnicas podem melhorar os resultados em determinados casos.

A – Cirurgia Restritiva:

Banda Gástrica – Gastroplastia com Anel Ajustável – Anel Via Laparoscópica


Esta técnica consiste em construir, pela laparoscopia, um pequeno reservatório no estômago (20 a 30 ml) que se comunica com o restante do órgão, cujo esvaziamento é retardado por um anel de diâmetro ajustável.

É uma técnica menos agressiva, mas eficaz em apenas uma parcela dos pacientes, em virtude do hábito alimentar e da necessidade de colaboração integral na mudança de hábitos de vida.

O princípio da gastroplastia é a diminuição do volume do seu estômago, dividindo-o em dois compartimentos. Ele passa a ter o aspecto de uma ampulheta, com um compartimento superior e se enche e estimula o centro da saciedade no cérebro. Você tem, então, a impressão de estar com o estomago cheio e a sensação de fome desaparece.

A rapidez com que o alimento passa de um compartimento para o outro e o tamanho máximo do alimento a ser ingerido depende do diâmetro do anel. Ele pode ser regulado por um balão, conectado a um reservatório colocado sob a pele. A passagem pode assim ser alargada ou estreitada para que o primeiro compartimento se esvazie com maior ou menor rapidez. O procedimento para a calibragem do anel é feito com o auxílio de radiografias. Essa técnica pode ser totalmente reversível. A técnica da banda gástrica é normalmente realizada por laparoscopia.

Banda Gástrica
Gastroplastia com Anel ajustável
Anel via Laparoscópica




B-Cirurgias predominantemente Disabsortivas
(Derivação Biliopancreáticas) – Técnica de Scopinaro e Duodenal Switch


Nessas operações, um grande segmento do intestino delgado é excluído da passagem do alimento e cerca de metade do estômago é retirada. Dessa forma, o alimento ingerido não é absorvido. Essa cirurgia permite grande perda de peso sem alterar muito à quantidade de comida ingerida. Essa técnica, no entanto pode causar carências de ferro, vitaminas, proteínas e sais minerais, se não houver acompanhamento e reposição adequados. Acreditamos que essa técnica traga bons resultados quanto a perda de peso de pacientes superobesos e pacientes com compulsão alimentar. Efeitos colaterais como diarréia, flatulência e odor extremamente fético das fezes são comuns, tal técnica pode ser parcialmente reversível. A técnica de scopinaro pode ser realizada por via convencional ou laparoscópica.

Com a intenção de minimizar estes efeitos colaterais, alguns autores desenvolveram o duodenal Switch, uma cirurgia Disabsortiva de emprego crescente no mundo, um pouco menos agressiva que a técnica de Scopinaro. Tais técnicas podem ser parcialmente reversíveis e podem ser realizados por via convencional ou laparoscópica.

Cirurgias predominantemente Disabsortivas
(Derivação Biliopancreáticas) – técnica de Scopinaro




C – Cirurgias combinadas (Restritiva e Desabsortiva)
Bypass Gástrico – Técnica de Fobi – Capella


Há, nessa técnica, a construção de um pequeno reservatório no estomago (20 a 30 ml) com posicionamento de um anel, assim como a exclusão de um pequeno segmento intestinal. Dessa forma, podemos obter as vantagens das duas técnicas anteriores, com menores índices de complicações metabólicas (carências de vitaminas, proteínas, ferro e sais minerais) uma vez que o segmento intestinal excluído é menor. A função do seu componente restritivo é preponderante sobre o componente disabsortivo. Essa técnica foi publicada em 1990, nos Estados Unidos e é a mais bem estudada no mundo. Acreditamos que a maioria dos pacientes possa beneficiar-se muito dessa técnica.

Quando a pessoa se alimenta, o reservatório do estomago se enche rapidamente mandando um sinal ao cérebro que interpreta como saciedade. O paciente devera também aprender a mastigar muito bem o alimento e ingeri-lo lentamente, porque, em comendo rápido, com pedaços grandes, o alimento não vai passar pelo anel, provocando vômitos. Além disso, se houver abuso dos alimentos calóricos líquidos, ocorrerá mal estar, tonturas e diarréias. Esse quadro, chamado de síndrome de dumping, é decorrente da passagem rápida de alimento rico em carboidratos para o intestino. A presença dessas manifestações ajuda a inibir a ingestão desses alimentos. Essa técnica pode ser totalmente reversível. A técnica de Fobi Capella pode ser realizada por via convencional ou laparoscópica. Essa técnica por via laparoscópica esta relacionada com uma recuperação mais rápida e com cicatrizes menores. Entretanto, devido ao uso de grampeadores descartáveis endoscópicos de tecnologia mais avançada e utilização de equipamentos de videolaparoscopia de alta definição, seu custo é mais elevado.

Cirurgias Combinadas (restritiva e disabsortiva)
Bypass Gástrico- Técnica de Fobi- Capella




D - Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrectomy

Inicialmente foi proposta como uma técnica de intervalo, ou seja, o primeiro tempo da operação Duodenal Switch, com o objetivo de minimizar os riscos em pacientes graves. Após um período de emagrecimento, uma nova intervenção cirúrgica era realizada, completando-se a operação. Atualmente tem sido usada como técnica isolada ou procedimento único. E uma técnica predominantemente restritiva, pois diminui o tamanho do estomago, porem existe indícios que pode ter algum efeito hormonal, por diminuir substancias produzidas no segmento do estomago retirado. Suas indicações principais são adolescentes, idosos, cirróticos, portadores de anemia crônica e em casos que o duodeno não deve ser excluído do transito alimentar. Aparentemente produz uma perda de peso menor que o baypass Gástrico e as técnicas disabsortivas, podendo ser realizado tanto por via aberta quanto videolaparoscópica. Não necessita de reposição suplementar de vitaminas no período pós-operatório. Foi, recentemente, incluída no rol de operações aprovadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e metabólica.



E- Balão intra- gástrico (BIB)

Alem das cirurgias descritas, nossa equipe também trabalha com uma técnica conhecida como balão intra-gástrico. Esse tratamento é temporário, podendo ser usado por, no máximo seis meses. E indicado para os pacientes superobesos que precisam perder peso no período pré-operatório ou nos pacientes que não necessitam dos métodos evasivos e definitivos. Também pode ser utilizado nos pacientes com risco cirúrgico proibitivo para a cirurgia e que necessitam perder peso. Ressaltamos, no entanto, que este tratamento deve ser utilizado, desde que associado a uma dieta supervisionada, a um programa de mudanças de hábito e à atividade física monitorada. Como esse procedimento não e uma cirurgia, o balão é colocado e retirado, por endoscopia, sob sedação. Cumpre ressaltar sobre a desnecessidade de internação. O procedimento dura, em média trinta minutos, pequena porcentagem dos pacientes, 2 a 3% apresentam intolerância persiste ao balão (náuseas e vômitos) após uma semana, obrigando-nos a sua precoce retirada. Tal técnica e totalmente reversível e passível de repetição. Após a retirada do balão o paciente pode voltar a ganhar peso, caso não mantenha as mudanças do hábito de vida.



F – Cirurgia do Diabetes

Após as operações para obesidades em pacientes diabéticos, observou que outros fatores além da perda de peso, participavam do controle de diabetes. Muitos pacientes, antes da alta hospitalar, já apresentavam controle dos níveis de glicose no sangue. Estudos recentes mostram que alterações em hormônios intestinais, provocados pelas operações, influenciavam, positivamente, o controle glicêmico. As pesquisas são promissoras e apontam para mais de 80 % de controle do diabetes tipo 2 nestes procedimentos. Cirurgias específicas e limitadas ao tratamento de diabetes. Estão em fase experimental.

Protocolo
Pré-Operatório



A - Consulta Médica com Cirurgião Bariátrico
B - Exames após a consulta:

endoscopia digestiva alta (*)
ultrasom abdominal total
radiografia do tórax
espirometria ou prova ventilatória completa (*)
avaliação pneumológica (*)
exames de sangue, fezes e urina rotina
avaliação psicológica ou psiquiátrica (*)
avaliação nutricional (*)
duplex scan vascular venoso de membros inferiores, em casos de TVP ou TEP prévios (*)
avaliação endocrinológica, se necessário (**)
avaliação do risco cirúrgico cardiológico (**)
(*) Disponíveis em nossa Clínica - Equipe Multidisciplinar
(**) Muitos pacientes já são acompanhados por estes profissionais, devido à própria obesidade ou às suas conseqüências (hipertensão arterial e diabetes). Em tal caso, o ideal é que estas avaliações sejam realizadas pelos profissionais que já tratem desses pacientes.

C - Autorização da Cirurgia junto ao Convênio
(apenas para pacientes que tenham algum convênio ou seguro saúde)

Alguns convênios exigem uma perícia médica. Em tais circunstâncias, todos os exames, até então realizados, devem ser levados para a consulta.
Cumpridas as exigências dessa etapa, marca-se, com o cirurgião, nova consulta para:

a) análise dos resultados;
b) definição sobre a data da cirurgia. Urge alertar sobre a importantíssima participação na reunião do pré-operatório (grupos de ex-obesos operados).
D - Internação: Orientação e Procedimento

A internação é feita pela manhã, no dia marcado para a cirurgia.

O paciente deve apresentar-se em jejum de 12 horas.

Utilizamos anticoagulante subcutâneo doze horas antes da cirurgia (Clexane® - 40 mg), para a prevenção de embolia pulmonar, além de um laxante intestinal no dia anterior.

É fundamental levar para o hospital uma meia elástica antiembolismo para ser usada durante a cirurgia e nos primeiros dias do pós-operatório.

Nos casos de cirurgia convencional, uma cinta abdominal de contenção também deve ser levada para o hospital. Esse item é dispensável para os casos de cirurgia laparoscópica.

Um formulário de consentimento informado deve ser assinado previamente pelo paciente.

A hospitalização dura em média três dias.

A permanência em CTI dependerá das condições clínicas do paciente e do protocolo do hospital escolhido.

É muito importante que, no período pós-operatório o paciente siga corretamente as orientações médicas.

Bypass Gástrico e Cirurgias Disabsortivas (Convencional ou Laparoscópica)

1. Administração de antitrombolítico subcutânea, durante dez dias (prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar)
2. Uso de cinta abdominal durante sessenta dias (apenas para técnicas convencionais)
3. Utilização de bloqueadores da secreção ácida do estômago durante sessenta dias
4. Retorno semanal no primeiro mês
5. Avaliação nutricional trinta dias após a cirurgia
6. Avaliação física trinta dias após a cirurgia
7. Revisão laboratorial semestral
8. Suplementação vitamínica diária após trinta dias
9. Retorno mensal durante seis meses ( nos retornos, devem ser realizadas as pesagens para o acompanhamento correto da perda de peso)
10. Retorno bimestral até completar o primeiro ano
11. Retorno trimestral no segundo ano
12. Retorno semestral no terceiro ano

Banda Gástrica ou Gastroplastia com Anel Ajustável

1. Administração de Clexane® - 40 mg, subcutânea, durante dez dias (prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar)
2. Utilização de bloqueadores da secreção ácida do estômago durante sessenta dias
3. Retorno semanal no primeiro mês
4. Avaliação nutricional trinta dias após a laparoscopia
5. Avaliação física quinze dias após a laparoscopia
6. Revisão laboratorial semestral
7. Retorno mensal durante um ano
8. Ajuste da banda após noventa dias, se necessário
9. Avaliação nutricional após o ajuste da banda
10. Retorno semestral no segundo e terceiro anos

Balão Intragástrico (BIB)

1. Retorno semanal no primeiro mês
2. Avaliação nutricional quinze dias após a colocação
3. Avaliação física quinze dias após a colocação
4. Uso contínuo de bloqueador ácido do estômago
5. Retorno mensal durante seis meses
6. Controle sobre a coloração da urina e das fezes
7. Retirada do balão - quatro a seis meses após sua colocação

DÚVIDAS
COMUNS


Qual é o tipo de anestesia utilizado nas cirurgias de obesidade?

A anestesia utilizada, normalmente, é uma anestesia combinada, ou seja, anestesia geral associada à anestesia peridural. A principal vantagem da associação é o fato da peridural oferecer uma analgesia prolongada, com duração de até vinte e quatro horas, tornando o período no pós-operatório mais confortável. Permite uma movimentação precoce do paciente, com todos seus benefícios. Durante o período operatório, o paciente estará anestesiado e ligado a aparelhos de alta tecnologia que, além de sofisticados, medem e controlam, com precisão, o batimento cardíaco, a pressão arterial, o eletrocardiograma contínuo e a oxigenação do sangue, assegurando um procedimento com total e inequívoca segurança.

Como é a dor do pós-operatório?

De acordo com a resposta anterior, a dor é minimizada nas primeiras vinte e quatro horas pela própria anestesia. Atualmente, podem ser usados, analgésicos muito potentes como os narcóticos e derivados da morfina, além dos habituais, de acordo com a necessidade de cada paciente. Devemos lembrar, entretanto, que a dor, como qualquer outro sentimento, é muito individual. De modo geral, ela é muito bem tolerada pela maioria dos nossos pacientes.
Quais são as incisões (cortes) mais usadas?

Cirurgia convencional: Nas cirurgias convencionais (abertas), a incisão mais utilizada é a mediana (longitudinal) supra-umbilical (acima do umbigo) com 12 a 15 cm de extensão. Uma alternativa seria o uso de uma incisão transversa supra-umbilical (arqueada) que, apesar de um pouco mais extensa, pode ser totalmente retirada na ocasião da cirurgia plástica. Nessa última situação, o paciente ficaria apenas com a cicatriz da abdominoplastia.

Cirurgia Laparoscópica (por vídeo): Nas cirurgias laparoscópicas, utilizamos cinco pequenas incisões de 5 a 12 mm de extensão. Com excelente resultado estético, as cicatrizes são praticamente imperceptíveis.

Incisões



O período pós-operatório imediato, como será?

No dia seguinte ao da cirurgia, o paciente já inicia os primeiros passos e os exercícios respiratórios. É estimulado a se movimentar e a realizar fisioterapia respiratória para prevenir as complicações respiratórias e tromboembólicas.

A primeira alimentação, normalmente, ocorre no 2º dia com uso exclusivo de líquido, em pouco volume (1/2 copinho descartável de café ou 25 ml) a cada cinco minutos. O objetivo dessa medida é não distender o novo estômago.

A alta é prevista para o 3º dia de pós-operatório, sendo diretamente dependente da evolução de cada paciente.

O período pós-operatório tardio. O que comer no primeiro mês?

Nas duas primeiras semanas, a alimentação se baseia apenas em caldos (legumes, carne magra, frango sem pele e peixe). Os caldos podem ser temperados (sal, tomate, salsinha, alho e cebola) e os ingredientes devem ser cozidos e passados na peneira ou liquidificador. É importante que seja ingerido apenas caldos, sem utilização de cereais (feijão, lentilha, ervilha, etc). A dieta é estritamente líquida e o paciente pode tomar água sem gás, sucos naturais coados, água de coco, chá com adoçante, gelatinas dietéticas.

Devem ser ingeridos, pelo menos, dois litros de líquidos por dia para evitar a desidratação, fracionados em 20ml a cada quinze minutos durante todo o dia. Isto fará com que os rins funcionem bem, deixando a urina clara.

Qualquer tipo de alimento calórico (pudim, sorvete, milk-shake, leite condensado, etc.) e bebidas gasosas são proibidos nesta fase. No primeiro mês, não poderão ser ingeridos alimentos sólidos. A alimentação evoluirá progressivamente para alimentos pastosos e depois para sólidos. É importante que o paciente não tenha pressa e siga as orientações da nutricionista.

Qual o papel do acompanhamento psicológico e psiquiátrico?

A importância do psicólogo como suporte ao paciente se deve à grande expectativa e ansiedade gerada pela realização da cirurgia que é considerada por muitos, como o último recurso após um longo período de sacrifícios decorrente das dietas, exercícios e medicamentos sem resultados concretos. O papel do psicólogo é fundamental na evolução de qualquer paciente, pois ele avaliará o grau de compreensão e participação do paciente em seu tratamento, além de estimulá-lo a falar sobre si mesmo, compreender suas motivações e a discutir, da forma mais consciente possível, tudo a respeito desse grande passo no tratamento de sua doença.

No acompanhamento pré e pós-operatório, a importância do psicólogo se reforça ainda na percepção de transtornos psicológicos que podem postergar ou mesmo contra-indicar a cirurgia além do fato de que o paciente irá encarar o desafio de modificar profundamente seus hábitos alimentares no pós-operatório e deverá ainda reconhecer, a cada dia, as mudanças em seu corpo, bem como administrar possíveis conflitos de percepção da sua nova imagem.

Qual é o papel do médico clínico e/ou cardiologista?

Ele é responsável pela avaliação das condições clínicas e cardiológicas do paciente no pré-operatório. Nesta fase, as doenças associadas são controladas e as doses de medicamentos usados são ajustadas para minimizar o risco do procedimento. Esse profissional realiza ainda a avaliação do Risco Cirúrgico e, para pacientes mais graves, realiza ainda o acompanhamento no pós-operatório imediato.

Com o emagrecimento, muitas co-morbidades (hipertensão, diabetes) melhoram ou ficam curadas, assim sendo o clínico ou cardiologista controlam a progressiva redução das doses ou a suspensão dos medicamentos usados para controle destas doenças.

A assistência da fisioterapia é necessária?

A assistência fisioterápica começa no período pré-operatório, quando, após avaliação cuidadosa, o paciente será orientado e treinará alguns exercícios respiratórios, posturais e comportamentais com o objetivo de prevenir complicações respiratórias e tromboembólicas no pós-operatório. A assistência permanecerá durante o período de internação e depende muito da cooperação do paciente.

Em alguns casos, pode ser aplicável o acompanhamento fisioterápico no período pós-operatório tardio. É desejável também que os pacientes fumantes interrompam o uso do cigarro pelo menos trinta dias antes da cirurgia.

Qual é o papel do Fonoaudiólogo?

Nas técnicas cirúrgicas restritivas, a mastigação é de fundamental importância para que o paciente se alimente bem e de forma confortável. Alguns pacientes são portadores de distúrbios mastigatórios acentuados, sendo o fonoaudiólogo o profissional que avaliará estes distúrbios e, através de técnicas avançadas, dará orientações e treinamento adequado aos pacientes.

Qual é o papel do Endoscopista?

No pré-operatório, a endoscopia é realizada para diagnóstico de alterações que contra-indiquem ou impeçam o procedimento cirúrgico ou imponham um tratamento prévio. No pós-operatório, a endoscopia é utilizada para avaliação de sintomas e do próprio procedimento realizado, além de, eventualmente, atender a procedimentos terapêuticos. Ela é também utilizada para colocação e retirada do Balão Intragástrico (BIB)

Qual é o papel do Professor de Educação Física?

A atividade física orientada no período pós-operatório é muito importante para melhorar a perda de peso, substituir a massa gorda (gorduras) por massa magra (musculatura), corrigir os vícios posturais e promover as definições corporais.
O papel do profissional de educação física é prescrever o melhor exercício para cada caso, estipular metas de melhoria da condição física, além de definir os limites individuais da atividade física, otimizando os resultados do procedimento para o paciente.

Qual a importância da assistência nutricional?

A nutricionista analisa a condição alimentar e nutricional do paciente, orientado-o na mastigação correta, na escolha de alimentos adequados e na dieta, durante os primeiros meses do período pós-operatório, além de corrigir algumas transgressões que possam ocorrer e ainda avaliar a adaptação do paciente ao método cirúrgico e opinar sobre a técnica cirúrgica a ser utilizada. Sua participação é essencial para que a perda de peso ocorra de maneira eficaz e saudável, independentemente da técnica cirúrgica adotada.

Qual é o papel do endocrinologista?

Raramente, alterações endocrinológicas são responsáveis pela obesidade. Na maioria dos casos, a própria obesidade agrava ou é a causa de doenças como o diabetes. O endocrinologista é importante para detectar e tratar esses problemas, confirmar a falência do tratamento clínico e opinar em relação à técnica cirúrgica mais adequada. Ele também é responsável pelo controle clínico e metabólico no período pós-operatório, a curto, médio e longo prazos. Com o emagrecimento, doenças endócrinas, como o diabetes e algumas doenças da tireóide tendem a melhorar. A redução ou suspensão dos medicamentos para controle dessas doenças são realizadas por este profissional.

Quando deve ser procurado o cirurgião plástico?

O cirurgião plástico tem papel fundamental no pós-operatório tardio e normalmente atua dezoito a vinte e quatro meses após a cirurgia bariátrica. Tem como função principal reconstruir e reparar os excessos de pele decorrentes do emagrecimento, proporcionando melhoria estética e aumento da auto-estima.

Qual é o tempo necessário para retornar às atividades habituais?

Usualmente, nas cirurgias laparoscópicas, em uma semana o paciente pode retornar ao trabalho, à escola, dirigir veículos automotores e ter relações sexuais. Nas cirurgias convencionais, o período para realizar tais atividades é de duas semanas..

Será necessário o uso de vitaminas pelo resto da vida?

É necessária a suplementação de vitaminas com o objetivo de evitar as carências de substâncias como o ferro, cálcio, vitamina B12 e ácido fólico, minimizando suas conseqüências. A dose e o tipo de polivitamínico é determinado pelo médico, através do controle periódico quando são realizados exames de sangue com medição desses componentes. Esse controle médico é fundamental e deve ser um hábito para o paciente por toda sua vida.

Como será o emagrecimento?

Normalmente, os pacientes emagrecem de 30 a 50% de seu peso inicial, ou seja, cerca de 70 a 80% do seu excesso de peso. O emagrecimento é maior nos primeiros meses e cai, progressivamente, até se estabilizar ao final de 18 a 24 meses após a cirurgia.

É possível engravidar após a operação?

Perfeitamente. Entretanto, é importante ressaltar que a gravidez, durante o primeiro ano de pós-operatório, é contra-indicada. Nesse período, há riscos de abortamento, parto prematuro e desnutrição da mãe e do feto, motivo pelo qual são recomendados métodos contraceptivos eficazes nesta fase. Após a estabilização do peso, a paciente poderá engravidar e ter o devido acompanhamento pré-natal e endocrinológico periódico.

Existem riscos na cirurgia?

Toda cirurgia implica um determinado risco. É por isso que fazemos uma ampla avaliação pré-operatória para que eles sejam minimizados. Devido às características da doença obesidade, podem acontecer complicações clínicas e cirúrgicas graves: a embolia pulmonar (quando um coágulo formado nas pernas se aloja nos pulmões) e as fístulas digestivas (vazamentos de secreções digestivas nas emendas do estômago e intestino). A mortalidade relatada na literatura médica está em torno de 0,5 - 1%.

Qual o papel da Equipe Multidisciplinar do IISO – Instituto de Saúde do Obeso?

No IISO-Instituto Interdisciplinar de Saúde do Obeso, disponibilizamos uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões bariátricos, psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo, nutricionistas, fisioterapeuta, pneumologista e educador físico.

Todos estes profissionais são altamente especializados e promovem o preparo e condução terapêutica da obesidade mórbida, com segurança. Como a obesidade é uma doença complexa e multifatorial, o trabalho em equipe, coordenado pelo Cirurgião Bariátrico possibilita melhores resultados.

Antes da decisão pela cirurgia, nosso paciente é avaliado em todos os aspectos citados para que tenha tranqüilidade e segurança em todo o processo: antes, durante e depois da realização da cirurgia. A ação conjunta de profissionais especializados assegura que todos os aspectos relevantes possam ser avaliados individualmente, sob o foco de cada área, e, conjuntamente, na interface de diversos segmentos que tratam um mesmo paciente.

Trauma One

Avenida Barbacena, 1018. 3° Andar
Santo Agostinho. CEP 30190-131
Belo Horizonte – MG
Tel. (31) 3292- 5929. (31) 3275-2129

EMAIL: trauma1@uol.com.br
www.traumaone.com.br

Agradecimento ao Dr. Marcelo G . Girundi

Cirurgião Geral e Bariátrico
Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Titular da Sociedade Brasileira de Videocirurgia
Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
Membro da IFSO - International Federation For Surgery Of Obesity
Presidente da Sociedade Mineira de Cirurgia Geral
Vice - Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Gordura abdominal eleva risco de asma em mulheres



Mulheres com muita gordura abdominal têm mais risco de ter asma, mesmo que não estejam acima do peso. É o que mostra um novo estudo publicado na revista "Thorax". A pesquisa foi realizada com 88.304 voluntárias nos EUA.

Entre aquelas com IMC (índice de massa corporal) normal (até 24,9 kg/m2), as que tinham a medida da cintura maior do que 88 cm tiveram três vezes mais chance de ter a doença.

A pesquisa também confirmou que a asma é mais frequente em pessoas com sobrepeso e obesas. Quanto maior o peso, maior o risco de asma. A prevalência de asma em mulheres com obesidade leve foi de 10,9%, nas com obesidade moderada, de 13,4%, e nas com obesidade grave, de 18,3%.

"Sabe-se que a obesidade é um fator de risco para a asma, mas poucos estudos avaliaram os efeitos da gordura visceral sobre o problema", escreveram os autores do trabalho.

A coordenadora, Julie von Behren, disse à Folha que a gordura visceral é metabolicamente diferente de outros tipos de gordura e pode ter efeitos mais profundos sobre a saúde. "Trata-se de uma gordura metabolicamente mais ativa, que pode produzir compostos que causam inflamação. E a inflamação pode estar relacionada à asma", afirma.

O pneumologista Roberto Stirbulov, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, lembra que a asma é uma doença inflamatória, que pode surgir ou piorar com as substâncias pró-inflamatórias produzidas pela gordura abdominal.



A maioria das pesquisas aponta que a ligação entre obesidade e asma é mais forte entre mulheres. Um estudo feito com 3.000 adolescentes brasileiros, por exemplo, mostrou que a doença é uma vez e meia mais prevalente em meninas acima do peso do que nas com peso normal ou desnutridas. Com os meninos, essa relação não foi encontrada. O estudo será publicado no mês que vem na revista "Journal of Asthma".

A razão para a diferença entre gêneros deve ser hormonal, mas ainda não está bem estabelecida, segundo o alergista e imunologista Fábio Kuschnir, presidente da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) - regional Rio de Janeiro, autor do trabalho.

Um fato que reforça a relação entre asma e sobrepeso é que pacientes obesos que fazem cirurgia de redução do estômago acabam também melhorando da asma. "A redução de peso pode melhorar a função pulmonar", afirma Kuschnir.

Carcaça de gordura

Outra hipótese é que a obesidade pode levar a uma redução da função do pulmão pelo fato de o órgão ficar envolto por uma carcaça de gordura, o que faz com que ele não se expanda completamente. Com isso, a pessoa passa a ter uma respiração mais rápida e curta, o que gera mudanças na musculatura dos brônquios e sobrecarrega o pulmão, predispondo à asma.

Segundo Kuschnir, o assunto começou a vir à tona quando se notou que, à medida que se instalava uma epidemia de obesidade no mundo, os índices de asma também cresciam. Além disso, os médicos notavam que os pacientes com asma muitas vezes estão acima do peso.

Fátima Emerson, alergista da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, conta que os especialistas costumavam creditar a relação ao fato de os obesos se exercitarem menos -o exercício melhora a função pulmonar. Outra hipótese era a de que o uso de corticoides levasse ao ganho de peso. Ela lembra que a asma é uma doença genética e que, para manifestá-la, os obesos devem ter predisposição.

Concluindo,sabemos que uma reeducação alimentar e atividades físicas diárias diminuem o acúmulo de gordura,melhorando a qualidade de vida. Por isso devemos sempre procurar medidas para diminuir a obesidade,independente de sexo,raça ou cor , não somente pelo fator estético mas principalmente para evitar complicações como hipertenção,diabetes,esteatose hepática,infarto agudo do miocárdio,acidente vascular cerebral,insuficiência respiratória,etc...
Devemos contar sempre com profissionais experientes para avaliação do seu grau de obesidade e escolha do melhor método terapêutico.