segunda-feira, 7 de maio de 2012

Artrite reumatoide

A artrite reumatoide (AR) é uma doença de longo prazo que leva à inflamação das articulações e dos tecidos circundantes. Ela também pode afetar outros órgãos.

Causas

A causa da AR é desconhecida. É uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis por engano.

A AR pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum na meia-idade. As mulheres sofrem de AR com mais frequência do que os homens.

Infecção, genes e mudanças hormonais podem estar relacionados com a doença.

Exames

Nenhum teste pode determinar com certeza se você tem AR. A maioria dos pacientes com AR apresenta alguns resultados de testes anormais, embora para alguns pacientes todos os testes sejam normais.

Dois testes de laboratório que geralmente ajudam no diagnóstico são:

- Exame de fator reumatoide

- Exame de anticorpos anti-CCP

Outros testes que podem ser realizados incluem:

- Hemograma completo

- Proteína C-reativa

- Taxa de sedimentação de eritrócitos

- Ultrassom ou ressonância magnética das articulações

- Raio X das articulações

- Análise de líquido sinovial

Sintomas de Artrite reumatoide

A AR geralmente afeta os dois lados do corpo por igual. Punhos, dedos, joelhos, pés e tornozelos são os mais frequentemente afetados.

A doença geralmente começa devagar, normalmente com pouca dor nas articulações, rigidez e fadiga.

Os sintomas nas articulações podem incluir:

- É comum a rigidez matutina, que dura mais de uma hora. As articulações podem se tornar quentes, macias e rígidas quando não usadas por uma hora.

- De modo geral, a dor nas articulações é sentida nos dois lados do corpo.

- Com o tempo, as articulações perdem sua amplitude de movimento e podem se deformar.

Outros sintomas incluem:

- Dor no peito ao inspirar (pleurisia)

- Boca e olhos secos (síndrome de Sjögren)

- Ardência, coceira e secreção no olho

- Nódulos sob a pele (normalmente um sinal mais grave da doença)

- Dormência, formigamento ou ardência nas mãos e nos pés

Tratamento de Artrite reumatoide

A AR geralmente requer um tratamento ao longo da vida toda, incluindo medicação, fisioterapia, exercício físico, medidas educativas e possivelmente cirurgia. Quando precoce, um tratamento agressivo para a AR pode retardar a destruição das articulações.

Medicamentos

Drogas antirreumáticas modificadoras de doença (DARMDs): Essas drogas costumam ser as primeiras usadas em pacientes com AR. Elas são prescritas em conjunto com descanso, exercícios de fortalecimento e anti-inflamatórios.

- O metotrexato (Rheumatrex) é o DARMDs mais comumente usado para a artrite reumatoide. A leflunomide (Arava) e a sulfasalazina também podem ser usadas.

- Essas drogas podem ter efeitos colaterais graves
portanto, é necessário fazer exames de sangue frequentes durante o período de sua administração.

Medicamentos anti-inflamatórios: Incluem a aspirina e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e naproxeno.

- Embora os AINEs funcionem bem, o uso a longo prazo pode causar problemas gástricos como úlceras e hemorragia e possíveis problemas cardíacos.

- O celecoxib (Celebrex) é outra droga anti-inflamatória, mas tem fortes advertências com relação a doenças cardíacas e AVC. Converse com seu médico para saber se os inibidores de COX-2 são adequados para você.

Medicamentos antimaláricos: Este grupo de medicamentos inclui a hidroxicloroquina (Plaquenil) e sulfasalazina (Azulfidine) e normalmente é utilizado juntamente com o metotrexato. Pode demorar semanas ou meses até que você observe os benefícios desses medicamentos.

Corticoides: Esses medicamentos funcionam muito bem para reduzir o edema e a inflamação das articulações. Devido a efeitos colaterais de longo prazo, os corticoides devem ser tomados somente por curtos períodos e em baixas doses, quando possível.

Agentes biológicos:

As drogas biológicas foram desenvolvidas para afetar partes do sistema imunológico que têm um papel no processo da doença da artrite reumatoide.

Elas poderão ser receitadas quando outros medicamentos para a artrite reumatoide não funcionarem. Às vezes, o médico começa com as drogas biológicas antes, juntamente com outras drogas para a artrite reumatoide.

A maior parte delas são injetadas sob a pele (subcutâneas) ou em uma veia (intravenosas). Existem diferentes tipos de agentes biológicos:

- Os moduladores de glóbulos brancos incluem: abatacept (Orencia) e rituximab (Rituxan)

- Os inibidores do fator de necrose tumoral (TNF) incluem: adalimumabe (Humira), etanercepte (Enbrel), infliximab (Remicade), golimumabe (Simponi), e certolizumab (Cimzia)

- Inibidores de interleucina 6 (IL-6): tocilizumabe (Actemra)

Os agentes biológicos podem ser muito úteis no tratamento da artrite reumatoide. Entretanto, as pessoas que tomam esses medicamentos devem ser observadas atentamente devido a graves fatores de risco:

- Infecções por bactérias, vírus e fungos

- Leucemia ou linfoma

- Psoríase

Cirurgia

Algumas vezes, é necessário cirurgia para corrigir as articulações gravemente lesionadas. A cirurgia pode incluir:

- Remoção da membrana sinovial (sinovectomia)
- Substituição total da articulação em casos extremos, o que pode incluir a substituição total de joelho, quadril, tornozelo, ombro e outro

Fisioterapia

Exercícios de amplitude de movimento e programas de exercícios prescritos por um fisioterapeuta podem atrasar a perda de função da articulação e ajudar a manter os músculos fortes.

Às vezes, os fisioterapeutas usam máquinas especiais para aplicar calor profundo ou estimulação elétrica a fim de reduzir a dor e aumentar o movimento da articulação.

Técnicas de proteção das articulações, tratamentos de frio e calor e dispositivos como talas e órteses para ajudar a sustentar e alinhar as articulações podem ser muito úteis.

São recomendáveis períodos frequentes de repouso entre as atividades, além de 8 a 10 horas de sono por noite.
 
Expectativas

O estado da pessoa dependerá da gravidade dos sintomas.

As pessoas que têm o fator reumatoide, o anticorpo anti-CCP ou nódulos subcutâneos parecem ter uma forma mais grave da doença. Aparentemente, as pessoas que desenvolvem artrite reumatoide com menos idade também pioram mais rapidamente.

A falta de tratamento adequado pode resultar em dano permanente na articulação. Entretanto, o tratamento precoce com muitos dos medicamentos recentes diminuem a dor e o dano à articulação.

Complicações possíveis

A artrite reumatoide pode afetar praticamente todas as partes do corpo. As complicações podem incluir:

- Danos ao tecido pulmonar (pulmão reumatoide)

- Maior risco de endurecimento das artérias

- Lesão espinhal quando os ossos do pescoço são danificados

- Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite), o que pode levar a problemas com nervos, coração, cérebro ou pele

- Edema e inflamação da camada exterior do coração (pericardite) e do músculo cardíaco (miocardite), o que pode levar à insuficiência cardíaca

Os tratamentos para a artrite reumatoide podem causar efeitos colaterais graves. Converse com seu médico sobre os efeitos colaterais do tratamento e o que fazer caso eles ocorram.

Prevenção

Não há formas de prevenção. O tratamento precoce adequado pode ajudar a prevenir danos adicionais às articulações.

Dengue

No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde a sua reintrodução, em 1976, e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso país e no continente.


Programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração entre setores e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.

Causas


A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna na maioria dos casos. O seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

Foto Getty Images Mosquito Aedes aegypti

O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.


A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam esse embrião podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média.

Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos. O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.

Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Até então, eles sabiam que essa espécie só se distanciava cem metros.

Sintomas de Dengue


Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de cinco a seis dias. O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem.

Dengue Clássica :

-Febre alta com início súbito

-Forte dor de cabeça

-Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos

-Perda do paladar e apetite

-Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores

-Náuseas e vômitos

-Tonturas

-Extremo cansaço

-Moleza e dor no corpo

-Muitas dores nos ossos e articulações.


Dengue Hemorrágica :

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta: - Dores abdominais fortes e contínuas; Vômitos persistentes; Pele pálida, fria e úmida; Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; Manchas vermelhas na pele; Sonolência, agitação e confusão mental; Sede excessiva e boca seca; Pulso rápido e fraco; Dificuldade respiratória; Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%.

Tratamento de Dengue


A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea. A pessoa deve ficar em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.

Ao ser observado o primeiro sintoma, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. As pessoas que já contraíram a forma clássica da doença devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas agravados com os sinais de alerta, pois correm o risco de estar com dengue hemorrágica, que é o tipo mais grave. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

Perguntas frequentes


1) O que é dengue?

A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2) Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?

Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de três a 15 dias, sendo mais comum de cinco a seis dias.

3) Quais são os sintomas da dengue?

Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

4) O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?

Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5) Como é feito o tratamento da dengue?

Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássica. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que o seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. Também é importante que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a fase sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. Alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

6) A pessoa que pegar dengue pode morrer?

A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, deve ter cuidados especiais. No entanto, a dengue é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo, a pessoa não corre risco de morte.

7) Quais os cuidados para não se pegar dengue?

Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros desse inseto. Por exemplo: uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8) O que devo fazer para evitar o mosquito da dengue?

Para evitar o mosquito da dengue, é preciso eliminar os focos de reprodução.

9) Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?

Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

10) Posso pegar dengue de uma pessoa doente?

Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

11) Quantos tipos de vírus da dengue existem?

São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo o último o mais raro.

12) Existe vacina contra a dengue?

Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nesse propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

13) Por que essa doença ocorre no Brasil?

É um sério problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos países tropicais como o nosso, onde as condições do meio ambiente, aliado a características urbanas, favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa, registram a presença do mosquito e casos da doença.

14) O inseticida aplicado para matar o mosquito de dengue funciona mesmo? E a nebulização (fumacê)?

Sim, os produtos funcionam. Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d'água, enfim, nos lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da doença em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

Fontes e referências  :   Ministério da Saúde

domingo, 29 de abril de 2012

Especialistas derrubam as 14 maiores mentiras sobre saúde e alimentação

Conheça os mitos que impedem uma vida mais saudável

Comer muito doce causa diabetes? Ingerir carboidratos à noite engorda? A osteoporose só atinge mulheres? São muitas as dúvidas que envolvem saúde e alimentação e diversas também as respostas para essas questões. O Minha Vida conversou com um time de especialistas e enumerou as 14 maiores falácias que chegam aos consultórios e esclarece todos eles para ajudar você a levar uma vida saudável.


1. Tomar água em jejum emagrece
Mentira. Beber água em jejum é um hábito saudável que deveria ser adotado por todas as pessoas, mas não ajuda a emagrecer. "Ela apenas hidrata e limpa todas as mucosas do aparelho digestivo para poder iniciar a primeira refeição do dia", aponta a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo.

Criança vendo televisão - Foto Getty Images2. Assistir televisão de perto prejudica a visão
Mentira. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Neto, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia em Oftalmologia, ficar próximo à televisão não prejudica a saúde ocular. "Isso provavelmente surgiu porque a maior parte dos adultos teve perda da visão ao longo da vida, mas isso é um processo natural de envelhecimento", explica. O hábito é comum entre crianças principalmente porque assim elas veem as imagens ampliadas.

Mulher recusando pedaços de bolo - Foto Getty Images 3. O estômago encolhe quando comemos menos
Mentira. "Por se tratar de um órgão muscular, não há como o estômago reduzir seu tamanho apenas porque estamos ingerindo uma quantidade menor de alimentos", explica a nutricionista Maria Fernanda Cortez, da clínica Nutri & Consult, em São Paulo. O contrário, entretanto, pode ocorrer. Quando exageramos na dose, nosso estômago consegue se distender para poder armazenar toda a comida.


 4. Comer muito doce causa diabetes

Homem comendo chocolate - Foto Getty Images Mentira. A ingestão de doces não causa diabetes. A doença tem como principais fatores de risco histórico familiar, obesidade e sedentarismo. "Assim, quem tem uma capacidade normal de processar carboidratos no organismo não corre o risco de desenvolver o problema", explica a clínica geral Andrea Sette, do Hospital e Maternidade São Luiz. Entretanto, se a ingestão de doces levar à obesidade, então você aumenta a probabilidade de ter a doença.

Mulher cortando fatias de pão - Foto Getty Images5. Comer carboidratos após às 18 horas engorda
Mentira. O que engorda não é o carboidrato e nem o horário em que é o consumido. O problema está no consumo em excesso e na alimentação desiquilibrada, portanto o segredo é a moderação. "O único cuidado que deve ser tomado por quem consome carboidratos à noite é evitar comer o tipo refinado, que promove picos de índice glicêmico e oferecem um risco maior de serem armazenados na forma de gordura", afirma Roseli Rossi. Prefira as versões de carboidratos (pães, massas, arroz) integrais.

 
Homem de boné - Foto Getty Images6. Usar boné faz o cabelo cairMentira. De acordo com o dermatologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, as pessoas confundem quebra do fio com queda do cabelo. "O uso do boné diariamente favorece a quebra dos fios justamente na região que costuma ficar marcada pela borda do acessório", explica. Assim, quem tem o cabelo mais comprido pode apresentar diminuição do volume, mas isso não significa que os fios estejam rareando em função da calvície, que é quando os fios deixam de nascer naquela região.

Fatias de pão integral - Foto Getty Images7. Alimentos integrais não engordam
Mentira. Todos os alimentos, inclusive os integrais, possuem calorias e, portanto, podem levar ao ganho de peso. Segundo a nutricionista Roseli, o fato de um alimento ser mais saudável não quer dizer que ele pode ser consumido sem moderação. "Exagerar na ingestão de alimentos integrais também pode aumentar a gordura corporal", complementa.

Cerveja preta - Foto Getty Images8. Cerveja preta aumenta a produção de leite materno
Mentira. A cerveja preta não estimula a produção de leite materno e ainda pode ser prejudicial para o bebê, alerta a ginecologista obstetra Bárbara Murayama, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). "O álcool passa para a criança através do leite e nenhum estudo ainda conseguiu estipular uma dose segura de ingestão da bebida para gestantes", aponta.

 
Criança bebendo leite - Foto Getty Images9. Tomar leite e comer manga faz mal
Mentira. O mito de que consumir leite e manga faz mal provavelmente surgiu para impedir a ingestão desses alimentos pelos escravos na época do Brasil Império. Mas a nutricionista Maria Fernanda garante que não há qualquer relação de dano para o organismo em misturar a fruta com o laticínio.


Criança lendo debaixo das cobertas com uma lanterna - Foto Getty Images10. Ler à noite ou com pouca luz piora a visão
Mentira. Ler em um ambiente com pouca luz não faz mal para os olhos. "Você pode ter dificuldade de enxergar, mas isso não quer dizer que está prejudicando a visão - mesmo que você aperte os olhos para enxergar melhor", explica o oftalmologista Rubens. Segundo o especialista, a tarefa pode ficar mais difícil com a idade, mas isso está relacionado ao envelhecimento natural do ser humano e não ao hábito de ler de noite ou com pouca luminosidade.


Ovo cozido - Foto Getty Images11. Quem tem colesterol alto não pode consumir ovoMentira. É fato que o ovo apresenta grande quantidade de colesterol em sua gema. "O que as pessoas não sabem é que apesar de aumentar o colesterol LDL (ruim), ele também aumenta os níveis de colesterol HDL (bom)", esclarece Maria Fernanda. Segundo ela, pessoas com colesterol alto podem consumir até quatro ovos por semana e, de preferência, cozidos. O ideal é evitar a versão frita, pois carrega uma gordura nociva ao organismo e que ajuda a elevar as taxas de colesterol.

 
Idosas - Foto Getty Images12. Osteoporose só atinge mulheres
Mentira. "A osteoporose é quatro vezes mais comum em mulheres do que em homens, mas isso não significa que ela seja uma doença exclusivamente feminina", alerta Andrea Sette. Segundo a especialista, isso acontece devido à diminuição do hormônio estrogênio no corpo da mulher após a menopausa, que influencia diversos processos do organismo, inclusive a absorção de cálcio. No entanto, a doença também afeta a ala masculina.


Mulher comendo fatia de abacaxi - Foto Getty Images13. Abacaxi queima gordura
Mentira. Por ajudar no processo de digestão, muita gente associou o abacaxi à queima de gordura, mas isso não passa de mito, de acordo com a nutricionista Roseli. "Ele é fonte de vitaminas e, por isso, é muito bem-vindo na dieta, mas não tem qualquer relação com a queima de gordura corporal", explica.


Pés descalços - Foto Getty Images14. Andar descalço causa dor de garganta
Mentira. O contato dos pés com o chão, mesmo gelado, não afeta em nada as vias aéreas superiores, afirma a clínica geral Andrea. Os únicos perigos são ferimentos ou contato com alguma sujeira, o que pode favorecer um processo inflamatório.


 Por Laura Tavares= Yahoo = Beleza e Saúde

quinta-feira, 26 de abril de 2012


Minha vaidade é desproporcional. Enquanto algumas partes do corpo são totalmente deixadas de lado, com outras eu atinjo quase o patamar da neurose. A pele do rosto é uma dessas partes que se enquadra na neurose.

Eu fuço prateleiras de farmácia em busca de novos cremes, leio tudo o que consigo sobre o assunto, já fiz peeling, laser, e a pia do meu banheiro tem tantos potinhos que alguns eu já nem lembro mais para o que servem ou porque eu achei que precisava daquilo.

Mesmo com toda essa devoção e empenho em manter a pele boa, às vezes  fico perdida com tantas opções de vitaminas, ácidos e tratamentos que a indústria cosmética oferece. E imagino que para as pessoas com um padrão normal de preocupação garimpar cremes nas prateleiras deve ser mais complicado ainda.

Para facilitar a minha vida e a sua, conversei com a Dra. Flávia Addor, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e fiz um pequeno glossário com os tratamentos e componentes mais comuns nos cosméticos.

Ácido hialurônico: promove uma hidratação muito potente, chegando a reduzir algumas linhas finas de expressão. É indicado para peles mais maduras.

Laser: pode ser usado para uma infinidade de tratamentos. Acne, prevenção de envelhecimento, rejuvenescimento e manchas são os mais comuns. Existem vários tipos de laser, que podem ser programados de diversas formas. Esse tratamento só pode ser feito com um dermatologista, NUNCA com apenas um esteticista.

Peeling: com a moda do laser, muita gente acha que o peeling foi aposentado, o que é uma grande mentira. Dependendo a indicação, eles podem ser até mais eficazes que o laser. Existem dois tipo de peeling: os mecânicos, feitos com a ajuda de  equipamentos como uma lixa rotativa, e os peelings químicos, feitos com aplicação de medicamentos (normalmente ácidos retinóicos e glicólicos) que vão promover a descamação da pele. Os peelings podem tratar manchas, linhas finas de expressão, acne, e melhoram a textura da pele.

Retinol: é um derivado da vitamina A. Auxilia na renovação da epiderme, é antioxidante, melhora a textura, clareia e dá firmeza à pele.

Vitamina C: pode ser usada tanto nas peles jovens como nas maduras. Tem ação antioxidante, ajuda a combater os radicais livres e também na síntese do colágeno. É importante lembrar que para combater o envelhecimento não adianta tomar cebion, tem que usar cremes que contenham a vitamina na composição.

Vitamina E:  é o antioxidante mais potente, e além disso ele potencializa as propriedades da vitamina C. Costuma estar presente em muitos filtro solares específicos para o rosto.

Fonte  =  Natália Spinacé  é repórter de ÉPOCA em São Paulo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

31 de Maio , Dia Mundial Sem Tabaco



Esta data foi criada em 1987, na Assembléia Mundial de Saúde e desde então, a Organização Mundial da Saúde (OMS) articula esta atividade em todo o mundo, definindo um tema a ser abordado a cada ano. Em 2010, a campanha será dirigida às mulheres.


Calcula-se 1 bilhão de fumantes no mundo e destes, apenas 200 milhões são mulheres. Mas, é comprovado que enquanto o tabagismo diminui entre os homens, está aumentando entre as mulheres.

No Brasil, a prevalência de tabagismo vem caindo, conforme dados da última pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2008 em parceria com o IBGE , mas esta redução foi menor entre mulheres.

Câncer de Pele / Saiba o que é e aprenda a se prevenir

O câncer da pele é um tumor formado por células da pele que sofreram uma transformação e multiplicam-se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as causas que predispõem ao início desta transformação celular aparece como principal agente a exposição prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol.

O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam com facilidade e nunca se bronzeiam ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, o que mostra a importância da exposição solar para o surgimento do tumor. A proteção solar é, portanto, a principal forma de prevenção da doença.

Como fazer para evitar o câncer da pele?

A exposição prolongada e repetida da pele ao sol causa o envelhecimento cutâneo além de predispor a pele ao surgimento do câncer. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Aprenda a seguir como proteger sua pele da radiação solar.

•use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva. (saiba mais sobre filtros solares e FPS)

•use chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol. Mesmo assim use o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.

•evite o sol no período entre 10 e 15 horas.

•a grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face, proteja-a sempre. Não esqueça de proteger os lábios e orelhas, locais comumente afetados pela doença.

•procure um dermatologista se existem manchas na sua pele que estão se modificando, formam "cascas" na superfície, sangram com facilidade, feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento progressivo.

•faça uma visita anual ao dermatologista para avaliação de sua pele e tratamento de eventuais lesões pré-cancerosas. Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoas de pele fototipos I e II, as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção.

Classificação da pele de acordo com a sua cor / Fototipos :

I -Pele Branca = Queima com facilidade, nunca bronzeia = Muito sensível ao sol
II - Pele Branca = Queima com facilidade, bronzeia muito pouco = Sensível ao sol
III - Pele Morena Clara = Queima moderadamente, bronzeia moderadamente = Sensível Normal ao sol
IV - Pele Morena Moderada = Queima pouco, bronzeia com facilidade = Sensível Normal ao sol
V - Pele Morena Escura = Queima raramente, bronzeia bastante = Pouco sensível ao sol
VI - Pele Negra = Nunca queima, totamente pigmentada = Insensível ao sol

* Segundo a Classificação de Fitzpatrick

Quando começar a proteção solar?

Comece o quanto antes. Cerca de 75% da radiação solar recebida durante a vida ocorre nos primeiros 20 anos. Os efeitos da radiação ultra-violeta só se manifestam com o passar do tempo. As lesões começam a aparecer na maioria das vezes ao redor dos 40 anos . Portanto, proteja as crianças e estimule os adolescentes a se protegerem.

Não tenha medo do diagnóstico. Ele salva vidas.

Procure seu dermatologista se você tem alguma lesão suspeita na sua pele. Não deixe de ir por medo de saber o nome da sua doença. O câncer da pele pode e deve ser tratado e o diagnóstico precoce é muito importante para se obter a cura. Além disso, o tratamento das lesões pré-malignas, que podem dar origem ao câncer da pele, ajuda a preveni-lo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Toxina Botulínica (BOTOX®): perguntas e respostas

O que é a toxina botulínica?

É a toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A substância, inicialmente utilizada pela Oftalmologia e Neurologia, para tratamento de desvios musculares, há alguns anos passou a ser utilizada na Dermatologia para a correção das rugas dinâmicas, com ótimos resultados. Ficou conhecida pelo nome comercial de Botox mas também é comercializada, no Brasil, com os nomes de Dysport, Prosigne e Xeomin.

O que são rugas dinâmicas?

As rugas dinâmicas, ou rugas de expressão, são aquelas provocadas pela contração muscular da mímica facial, que leva, ao longo do tempo, à formação de vincos na pele.

Como funciona o tratamento?

A toxina botulínica atua impedindo a contração dos músculos faciais que dão origem às rugas. Com o relaxamento da musculatura, as rugas atenuam-se.

Onde pode ser utilizado?

Os principais locais da face onde pode ser utilizado são a região frontal (testa), a glabela (entre os supercílios) e região peri-orbitária ("pés de galinha"), mas também pode ser utilizado no terço inferior da face (rugas ao redor da boca e queixo) e no pescoço.

O tratamento com a toxina botulínica deixa a pessoa sem expressão?

Quando o procedimento é realizado sem exagero, tratando os grupamentos musculares que produzem mais rugas, a expressão da pessoa não é afetada. Vale a pena lembrar que nem todas as pessoas formam "pés de galinha" ao sorrir e nem por isso seu sorriso é inexpressivo.

Como é feito o procedimento?

A toxina, diluída em soro fisiológico, é injetada sob a pele, em pontos escolhidos de acordo com as rugas que serão tratadas.

Dói para aplicar?

Por ser injetado com uma agulha muito fina, a maioria dos pacientes relata que é perfeitamente suportável a sensação da picada. Alguns nem a sentem. Pessoas mais sensíveis podem utilizar um creme anestésico, aplicado 30 a 60 minutos antes do procedimento, para atenuar o incômodo.

Em quanto tempo o efeito ocorre?

O efeito começa a ser observado nas primeiras 48 horas e aumenta gradativamente nos 10 a 15 dias subsequentes à aplicação, quando se estabiliza.

Qual a duração do efeito?

O efeito do tratamento dura cerca de 3 a 4 meses, sendo então necessária uma nova aplicação para a manutenção dos resultados. Este tempo pode variar de acordo com cada pessoa. O procedimento pode ser repetido diversas vezes e, com a continuidade do tratamento, a duração do efeito pode aumentar.

A exposição ao sol atrapalha?

Não há evidências de que os raios solares interfiram no tratamento com a toxina botulínica. No entanto, lembre-se de que o sol é o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, evite-o ao máximo.

Tem efeitos colaterais?

Não são conhecidas reações alérgicas à toxina botulínica, porém podem ocorrer efeitos colaterais transitórios como dor de cabeça após o procedimento ou a ptose palpebral (abaixamento da pálpebra superior). Outro efeito colateral possível, é a formação de pequena equimose (mancha roxa) no local das injeções.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Envelhecimento Cutâneo

Envelhecimento cutâneo

O conceito de beleza atualmente em vigor e procurado pela grande maioria das pessoas é o da pele jovem, sem manchas ou rugas. Entretanto, com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações que modificarão seu aspecto gradativamente caracterizando o envelhecimento cutâneo.
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Mas por que com a idade a pele transforma-se dando origem ao surgimento de manchas, rugas e ao aspecto de pele "sem viço" ? O motivo de tal transformação são as alterações decorrentes do envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele.

O envelhecimento intrínseco é decorrente do desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos anos, sem a interferência de agentes externos e equivale ao envelhecimento de todos os órgãos, inclusive a pele. A aparência é a da pele idosa encontrada na face interna do braço, próxima à axila. É uma pele fina, com pouca elasticidade, mais flácida e apresentando finas rugas, porém sem manchas ou alterações da sua superfície.

O envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento é aquele decorrente do efeito da radiação ultra-violeta do sol sobre a pele durante toda a vida. O sol, que propicia momentos de lazer e que dá o bronzeado que aprendemos a considerar como modelo de saúde e beleza, é também o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, pois é a sua ação acumulativa sobre a pele que faz surgirem os sinais da pele envelhecida.

Veja, na foto desta senhora, abaixo, a diferença entre a pele do dorso das mãos, área continuamente exposta ao sol e a pele das coxas, sempre protegida por suas roupas. Apesar das regiões terem a mesma idade, a pele das mãos tem aspecto envelhecido e a das coxas não. Isto demonstra bem a importância da exposição da pele ao sol para o seu envelhecimento.



A pele fotoenvelhecida tem como características a perda da elasticidade, manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas e a alteração da superfície da pele, que pode se apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. Além disso surgem as ceratoses solares, lesões que atingem a camada mais superficial da pele formando "crostas" e que, eventualmente, podem transformar-se em um câncer da pele.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Coceira ou prurido



Coceira é o nome popular para definir o que os médicos chamam de prurido.
Mas, atenção: nem toda coceira é causada por alergia. Pelo contrário, inúmeras dermatoses são precedidas ou acompanhadas de coceira no corpo.

O prurido pode ser simples, ou seja, a sensação de coceira não se acompanha de lesões visíveis na pele. Mas também pode se complicar com manifestações secundárias consequentes da repetição do ato de coçar, ocasionando vermelhidão na pele e escoriações. Podem surgir também manchas escuras residuais e a pele se torna espessada, irritada e grossa. Em alguns casos, pode ocorrer infecção secundária destas escoriações, surgindo dor, edema (inchação), secreção e pus.

O prurido simples alérgico pode se manifestar de forma generalizada, sem lesão cutânea, podendo ser originado por medicamentos e, esporadicamente, por alimentos, contactantes ou por agentes físicos como frio, calor, suor etc.

Antes de qualquer coisa, o médico investigará as causas não alérgicas de prurido generalizado. Entre estas destacam-se:

- Diabetes
- Doença renal
- Infecções por bactérias
- Doenças do fígado
- Intoxicações (álcool, cocaína)
- Pele envelhecida (prurido senil)
- Gravidez e outros fatores hormonais
- Doenças da tireóide
- Arteriosclerose senil
- Fatores Psicológicos, stress
- Tumores

Em alguns casos, a coceira pode ser localizada em regiões específicas do corpo. Nestes casos a pesquisa de uma causa deve ser realizada. Por exemplo, um prurido na região anal pode ser desencadeado por alergia de contato ao papel higiênico ou até por uma causa não alérgica como um parasita intestinal (oxiúros).

A escabiose ou sarna é uma causa frequente de coceira e pode se iniciar sem lesões aparentes, se confundindo com uma alergia. E, sarna não é sinônimo de sujeira! Qualquer pessoa pode pegar sarna pois basta ter contato com uma pessoa com o problema, pois é muito contagiosa.

Dicas para diminuir a coceira:

O ato de coçar irrita e danifica a pele, causando um circulo vicioso que deve ser evitado. - Mantenha as unhas bem aparadas e curtas, sem pontas.

- Tome o anti-histamínico (antialérgico) recomendado pelo seu médico.
- Banhos coloidais (água com maisena ou aveia cozida) podem acalmar a pele.
- Se a pele está ressecada ou irritada, tome cuidados como: diminuir o número de banhos, usar sabonetes suaves e aplicar hidratante diariamente logo após o banho.
- Evite uso de buchas ou esfoliantes. Não esfregue sua pele durante o banho ou ao se enxugar.
- Use roupas de tecido de algodão. Evite tecidos sintéticos, lycra, jeans, etc.

Não é fácil, mas recomenda-se buscar o autocontrole. Se não consegue evitar coçar, procure fazê-lo de forma suave, tente se distrair, ocupar-se e pensar em algo agradável.
O tratamento pode ser demorado, exigindo persistência e disciplina. O mais importante é detectar a causa do prurido.

Lembre-se: a pele é um órgão integrado ao corpo. O sintoma cutâneo, como por exemplo, uma coceira crônica (de duração arrastada) pode ser um indicador da condição de saúde do nosso organismo.

Fonte: Alergia para leigos, Rios JB, Carvalho LP