quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Orientações para diminuir a coceira e irritação da pele



Cuidados com o banho

Embora o banho possa gerar um desconforto nos casos de dermatite moderada ou grave ele é fundamental para a hidratação da pele, remoção de toxinas e restos de descamação.

Entretanto alguns cuidados devem ser tomados:

- O banho deve ser rápido (durar no máximo 10 minutos)
- Se possível pode ser de banheira, pois o jato do chuveiro pode agredir a pele e tornar o processo desconfortável
- Use pouco sabonete, pois mesmo sabonetes com pouca alergenicidade podem agredir a pele
- Nunca use bucha ou esponjas!
- Seque-se sem esfregar a toalha
- Aplique rapidamente o emoliente (o nome mais correto do hidratante). Alguns pesquisadores afirmam que este processo deve ser realizado em até 3 minutos após a secagem. Estes produtos têm, na verdade, uma fina camada de gordura que impede a perda de água da pele.

Cuidados com o vestuário

- Vista-se com roupas leves, lavadas sem amaciantes e sem sabões que deixem resíduos
- Evite roupas sintéticas, justas ou que facilitem a sudorese
- Evite roupas novas muito coloridas, lave-as antes de usar

Foliculite queloideana da nuca



A foliculite queloideana da nuca é uma forma crônica (de longa duração) de foliculite que resulta em cicatrizes queloideanas. A doença atinge quase exclusivamente homens jovens afrodescendentes e afeta principalmente a região posterior da cabeça e do pescoço.

A causa exata da doença permanece obscura mas estima-se que a irritação crônica e o encravamento de pelos grossos e curvados, podem estar relacionados com o desenvolvimento do quadro. Esta hipótese baseia-se no fato de que as lesões são agravadas pela raspagem ou pela irritação decorrente do atrito constante da gola das camisas nestas áreas, que leva à quebra dos fios. Homens que cortam os cabelos muito rentes à pele apresentam risco maior de desenvolver a enfermidade.

A doença se manifesta inicialmente formando lesões de foliculite, com pústulas (bolhinhas de pus) e pápulas (lesões elevadas) inflamatórias envolvendo os pelos da região posterior da cabeça e da nuca. O quadro geralmente se acompanha de coceira.

Com a persistência da foliculite, surgem mais pápulas e pústulas, que coalescem e, ao cicatrizar, dão origem à formação de placas queloideanas que aumentam de tamanho lentamente.

As áreas afetadas apresentam-se sem cabelos, mas fios partidos ou encravados podem ser observados entre as lesões queloideanas e nas margens das placas. As lesões são desfigurantes e podem ser dolorosas. Em casos avançados, pode ocorrer a formação de abscessos e fístulas que eliminam pus.

Tratamento

Para prevenir o agravamento da doença, os pacientes devem evitar cortes muito curtos do cabelo ou a raspagem dos pelos da região, assim como o uso de vestuário que possa provocar a quebra dos fios.

O tratamento deve ser iniciado tão logo apareçam os primeiros sintomas para se evitar a progressão da doença para o quadro queloideano, de controle mais difícil.

Medicações antibióticas e antiinflamatórias de uso local podem ser utilizadas nas fases iniciais. Nas fases mais avançadas, pode ser necessário o uso de antibióticos ou corticosteróides por via oral, assim como a infiltração intralesional de corticosteróides.

A isotretinoína, medicação utilizada para o tratamento da acne grave, também pode ser uma opção de tratamento para casos resistentes e, até mesmo, a radioterapia. Algumas lesões podem necessitar de drenagem cirúrgica.

O tratamento mais adequado para cada caso deve ser determinado pelo médico dermatologista.

Miliária ("Brotoeja")



A miliária se apresenta como uma erupção cutânea relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos.

O quadro está relacionado com o aumento do calor e da produção do suor que, extravasando dentro da pele, antes de atingir a superfície, provoca um processo inflamatório.

A localização mais comum é o tronco e a região cervical.
As lesões geralmente são acompanhadas por coceira. Formam-se "bolinhas avermelhadas" ou vesículas (pequeninas bolhas) sobre pele avermelhada, podendo, em alguns casos, formar lesões mais exuberantes.

Devido à coceira, a pele pode apresentar sinais de escoriação e pequeninas crostas sobre as lesões, devido à ruptura das bolhas pela coçadura.

É comum a ocorrência de infecção secundária à doença, com o surgimento de pústulas (bolhas de pus) ou nódulos dolorosos.


Tratamento

Para evitar a miliária deve-se usar roupas frescas, tomar banhos frios e se proteger do calor, evitando o excesso de suor. O ar condicionado é um grande aliado no combate à doença.

Deve-se evitar o excesso de roupas nas crianças pequenas, principalmente nos recém-nascidos, hábito comum entre mães com preocupação excessiva em agasalhar seus filhos.

A miliária e as infecções secundárias que podem acompanhar a doença têm tratamento, que será determinado pelo médico dermatologista, de acordo com cada caso.

Bromidrose (cecê, chulé)



Bromidrose é o suor com cheiro desagradável, que ocorre nas axilas ou nos pés. A causa é a atuação de bactérias presentes nestas regiões sobre o suor, provocando o odor característico.

A manifestação clínica é o odor fétido exalado por estas regiões do corpo após situações que provoquem a sudorese. Nos pés, podem acompanhar o quadro a maceração (aspecto esbranquiçado da pele) ou descamação da pele.




Para evitar a bromidrose, as orientações abaixo devem ser seguidas:

* Lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antissépticos
* Secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés
* Trocar as roupas e meias diariamente
* Evitar o uso de tecidos sintéticos, dando preferência ao algodão
* Preferir calçados abertos
* Colocar os calçados no sol e mantê-los sempre limpos
* Evitar deixar a pele úmida por muito tempo

O tratamento visa diminuir a população bacteriana nos locais afetados e, assim, controlar sua atuação sobre a secreção sudoral.
Pode ser feito com o uso de produtos sob a forma de talcos, sprays ou cremes contendo antibióticos e outras substâncias que dificultam o crescimento das bactérias. Em caso de excesso de suor, a hiperidrose, pode-se associar substâncias anti-transpirantes. Para a indicação do produto mais adequado, deve-se procurar o médico dermatologista.

Larva migrans ("Bicho Geográfico")



A larva migrans, conhecida vulgarmente como bicho geográfico, é uma doença causada por parasitas intestinais do cão e do gato. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas. Estas, penetram na pele do homem causando a doença.

Por estar em pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o que ocorreria no cão e no gato), e caminha sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado. Mais comum em crianças, as lesões são geralmente acompanhadas de muita coceira. Os locais mais comumente atingidos são os pés e as nádegas. Pode ocorrer como lesão única ou múltiplas lesões. Devido ao ato de coçar é frequente a infecção secundária das lesões.

Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser feito por via oral para os casos mais extensos ou com o uso de medicação tópica nos casos mais brandos. Para prevenir a infecção pela larva migrans deve-se evitar andar descalço em locais frequentados por cães e gatos e cobrir as caixas de areia durante a noite para evitar sua utilização por gatos para defecar. Recolha as fezes de seu cachorro e estimule os outros donos de animais a fazerem o mesmo. Não leve animais para a praia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Envelhecimento cutâneo



O conceito de beleza atualmente em vigor e procurado pela grande maioria das pessoas é o da pele jovem, sem manchas ou rugas. Entretanto, com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações que modificarão seu aspecto gradativamente caracterizando o envelhecimento cutâneo.

Mas por que com a idade a pele transforma-se dando origem ao surgimento de manchas, rugas e ao aspecto de pele "sem viço" ? O motivo de tal transformação são as alterações decorrentes do envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele.

O envelhecimento intrínseco é decorrente do desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos anos, sem a interferência de agentes externos e equivale ao envelhecimento de todos os órgãos, inclusive a pele. A aparência é a da pele idosa encontrada na face interna do braço, próxima à axila. É uma pele fina, com pouca elasticidade, mais flácida e apresentando finas rugas, porém sem manchas ou alterações da sua superfície.

O envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento é aquele decorrente do efeito da radiação ultra-violeta do sol sobre a pele durante toda a vida. O sol, que propicia momentos de lazer e que dá o bronzeado que aprendemos a considerar como modelo de saúde e beleza, é também o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, pois é a sua ação acumulativa sobre a pele que faz surgirem os sinais da pele envelhecida.

Veja, na foto desta senhora, abaixo, a diferença entre a pele do dorso das mãos, área continuamente exposta ao sol e a pele das coxas, sempre protegida por suas roupas. Apesar das regiões terem a mesma idade, a pele das mãos tem aspecto envelhecido e a das coxas não. Isto demonstra bem a importância da exposição da pele ao sol para o seu envelhecimento.



A pele fotoenvelhecida tem como características a perda da elasticidade, manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas e a alteração da superfície da pele, que pode se apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. Além disso surgem as ceratoses solares, lesões que atingem a camada mais superficial da pele formando "crostas" e que, eventualmente, podem transformar-se em um câncer da pele.

Queimaduras solares X envelhecimento e câncer da pele

Durante toda a vida e, principalmente na infância e na adolescência, as exposições repetidas ao sol exercem efeito sobre a pele de forma acumulativa. O dano causado só se manifestará com o passar dos anos. Mesmo naqueles que não frequentam praias, o efeito da exposição diária da pele ao sol vai aparecer no futuro, trazendo todas as características da pele "fotoenvelhecida".

Enquanto somos jovens, a pele possui mecanismos que corrigem o dano solar, não permitindo o surgimento das alterações causadas pelo sol. No entanto, o efeito se acumula e mais tarde os mecanismos de defesa não conseguem mais reverter o mal causado à pele. É quando começam a aparecer os sinais do envelhecimento. É fácil perceber a ação do sol no envelhecimento cutâneo comparando-se a pele da face, do colo ou do dorso dos braços, que recebem maior exposição solar, com a pele da axila, que fica escondida do sol.

Além de causar o envelhecimento cutâneo, as queimaduras solares repetidas e frequentes deixam a pele mais predisposta ao surgimento do câncer, especialmente em indivíduos de pele clara (fototipos I e II). A radiação ultravioleta do sol, além de alterar o código genético das células, inibe mecanismos de defesa que nos protegem contra o câncer da pele. Algumas das características do envelhecimento cutâneo, como as "casquinhas" e "asperezas" que aparecem com a idade, são lesões que podem vir a se transfomar futuramente em um câncer da pele e devem ser tratadas.

Como prevenir o fotoenvelhecimento?

A principal forma de prevenir o envelhecimento da pele é a proteção solar, que deve ser iniciada na infância. A responsabilidade da proteção da pele das crianças é dos pais, que devem também estimular fortemente os adolescentes a se protegerem. A educação desde cedo cria o hábito saudável da proteção solar, que deve continuar por toda a vida, prevenindo o envelhecimento cutâneo e o surgimento do câncer da pele.

Queimadura Solar

Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Veja como proteger sua pele da radiação solar:

* use diariamente protetores solares, com FPS 30 ou maior, nas áreas de pele continuamente expostas ao sol e que mais envelhecem, como a face, pescoço, colo, braços e mãos.
* para o dia a dia, dê preferência aos filtros solares "oil free" que são mais agradáveis de se usar pois não deixam a pele gordurosa.
* use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva.
* a duração da ação de um filtro solar é de cerca de 2 horas. Após este período deve ser reaplicado.
* use chapéu e guarda-sol quando for à praia. Ainda assim, use o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
* evite o sol no período entre 10 e 15 horas.

Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoas de pele clara, as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção.

Como melhorar a pele fotoenvelhecida?

Para aquelas pessoas que já sofreram a ação do sol e apresentam os sinais do envelhecimento cutâneo, além da proteção solar, o uso de algumas substâncias na forma de cremes, loções ou géis, podem a médio ou longo prazo reverter alguns dos efeitos do fotoenvelhecimento. Produtos contendo ácido retinóico, adapaleno, ácido glicólico ou outros alfahidroxiácidos são utilizados para melhorar o aspecto da pele envelhecida, aumentando sua hidratação, corrigindo alterações de superfície, atenuando as manchas e melhorando a sua elasticidade.

Os melhores resultados são obtidos com os produtos a base de ácido retinóico. Esta substância atua na pele estimulando a renovação celular de sua camada mais externa (epiderme) e reestruturando o colágeno e as fibras elásticas de sua camada média (derme). O efeito a longo prazo, é o de uma pele com superfície mais viçosa, lisa e hidratada, clareamento das manchas, atenuação das rugas finas e melhora da elasticidade. A pele adquire o aspecto de "rejuvenescida".

No entanto, estas substâncias devem ser utilizadas com cautela, pois podem acarretar efeitos colaterais se usadas de forma errada. Antes de iniciar um tratamento, deve ser feita uma avaliação da pele por um médico dermatologista, que é o profissional capacitado para indicar o tipo de produto e a concentração mais apropriada para cada pessoa, de acordo com o seu tipo de pele e grau de comprometimento.

Os melhores resultados são obtidos após cerca de 1 ano e meio de tratamento, apesar de sinais de melhora já poderem ser percebidos desde os primeiros meses. O tratamento deve ser mantido ao longo dos anos para a permanência dos resultados, pois os efeitos do dano solar acumulado durante a vida continuarão a ser exercidos e a interrupção do tratamento permitirá que voltem a se manifestar.

Imunodeficiência ou baixa imunidade



O que é imunodeficiência?

Nosso sistema imunológico é como um exército, onde existem diferentes armas, todas importantes para manter a defesa do organismo de forma adequada. A primeira linha de defesa é formada por células do sangue, denominadas glóbulos brancos (fagócitos), e por proteínas do sangue capazes de destruir microorganismos (sistema complemento). Quando estes componentes não conseguem destruir os microorganismos, o organismo lança mão de células específicas, denominadas linfócitos T e B.
Imunodeficiência é um grupo de doenças, caracterizadas por um ou mais defeitos do sistema imunológico. Como conseqüência destas alterações, o indivíduo se torna mais propenso a apresentar grande número de infecções.

Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Existem dois grupos de alterações imunológicas. O primeiro grupo é constituído por defeitos hereditários, provenientes dos pais, e geralmente iniciam-se na infância, embora em algumas situações só se manifeste na idade adulta. Nestes casos, outros membros da família podem ser também, afetados. Estas alterações são conhecidas como imunodeficiências primárias ou congênitas. O segundo grupo é constituído por defeitos não hereditários, mas secundários a outras condições, como, por exemplo, desnutrição e infecção pelo HIV (vírus causador da AIDS). São conhecidas como imunodeficiências secundárias ou adquiridas, sendo estas muito mais freqüentes que as imunodeficiências primárias.

Todas as crianças com infecções repetidas têm imunodeficiência?

Não. Estima-se que entre as crianças portadoras de infecções repetidas encaminhadas para investigação, aproximadamente 50% delas sejam imunologicamente normais, 30% sejam alérgicas, 10% sejam portadoras de outras doenças não imunológicas, e apenas 10% sejam portadoras, realmente, de alguma imunodeficiência. Nos casos de suspeita de imunodeficiência, o médico deve fazer uma avaliação completa do sistema imunológico, para verificar o seu funcionamento.

Os recém-nascidos são imunodeficientes?

Não. Os recém-nascidos recebem anticorpos passivamente da mãe, através da placenta, nascendo, desta forma, com níveis adequados de anticorpos, o que lhes propicia proteção contra infecções nos primeiros meses de vida. Porém, durante o primeiro ano de vida, a criança passa por um processo fisiológico de imaturidade de seu sistema imunológico, o que a torna mais vulnerável a infecções. Neste sentido, o aleitamento natural, que é uma fonte rica de anticorpos e outros fatores de defesa, desempenha importante papel na proteção do lactente, especialmente no primeiro ano de vida.

Crianças com resfriados mensais devem ser investigadas para imunodeficiência?

Não. Resfriados são infecções virais, geralmente sem gravidade, que frequentemente acometem crianças saudáveis, especialmente as que freqüentam creches e escolas. Portanto, desde que não haja complicações para infecções mais graves, os resfriados freqüentes não sugerem alterações da imunidade.

As imunodeficiências só se manifestam como infecções repetidas?

Não. Algumas vezes as imunodeficiências podem se manifestar como diarréia crônica, retardo de crescimento, baixo ganho de peso, doenças alérgicas graves, doenças autoimunes (por exemplo, lúpus e artrite reumatóide), tumores e alterações no sangue (anemia e diminuição de glóbulos brancos).

Continue lendo no site da Associação Brasileira de Imunodeficiência (ABRI)

Alérgeno do ano de 2011



No dia 3 de fevereiro realizou-se em New Orleans o 22º Encontro Anual da ACDS (American Contact Dermatitis Society) e, como é habitual, na ocasião do evento foi escolhido o Alérgeno do ano de 2011: dimetil fumarato (DMF) - uma substância volátil usada como fungicida em móveis, roupas e sapatos.

Alérgeno é toda substância de origem natural (ambiental, alimentar) capaz de provocar uma reação alérgica em um órgão sensível, como por exemplo, na pele.

A ACDS estuda as alergias de contato e com esta eleição anual quer chamar a atenção para as substâncias que causam alergia cutânea de contato, que são escolhidas pela freqüência do aparecimento ou mesmo para destacar as menos conhecidas e assim incentivar a prevenção.

DMF é usado como conservante para combater fungos em sofás, sapatos, roupas e causou inúmeros casos de alergia na Europa, a partir de 2007. No Brasil e nos EUA, não foram detectados casos em número significativo.

Os casos de dermatite grave foram relatados na Espanha, Suécia, Inglaterra e outros países da Europa. No início não foi prontamente diagnosticada. Surgia como uma erupção cutânea grave, predominante na parte posterior das pernas, nádegas e nas costas. Com o passar do tempo, descobriu-se um elo comum - cada paciente havia adquirido recentemente um móvel de origem chinesa. Por isso, foi chamada de "dermatite do sofá." Mas, não havia nenhum produto químico comum ou tecido nos sofás examinados que pudesse justificar a alergia. Pesquisadores da Universidade de Malmo, na Suécia finalmente, identificaram o culpado: Dimetil Fumarato (DMF), um fungicida usado em pequenos pacotes para combater mofo e umidade.

DMF é volátil e seus vapores causam a dermatite de contato pois permanecem nos sofás, roupas, calçados e produtos durante o transporte. Mesmo níveis muito baixos de exposição podem desencadear uma grave reação cutânea.

As alergias de contato resultam da participação de células e não tem a participação da IgE (imunoglobulina E) e por isso provocam eczema mas não são capazes de provocar reações anafiláticas.

A eleição do alérgeno do ano é importante para chamar a atenção do perigo destas substâncias e para estimular medidas preventivas. Um caso índice é o Timerosal, eleito alérgeno do ano em 2002 e que hoje quase não é encontrado, pois a substância foi removida de muitos produtos, como por exemplo, do Merthiolato®, que foi obrigado a modificar sua fórmula para minimizar o numero de casos ocorridos com esta substância.

Em 2010, o alérgeno do ano foi a Neomicina, antibiótico amplamente usado em cremes, pomadas e muitas vezes utilizado sem orientação ou prescrição médica. Os membros da ADC adiantam que para 2012, estão entre os mais votados: acrilatos e metacrilatos, polímeros usados em próteses, produtos odontológicos, entre outros.