terça-feira, 3 de junho de 2008

Conjuntivite Alérgica


Os olhos podem manifestar diversas formas de alergia, sendo a mais comum, a conjuntivite alérgica. Este tipo de alergia pode ocorrer isolada ou acompanhando a Rinite Alérgica. A principal causa de conjuntivite alérgica é a alergia aos ácaros da poeira de casa. Em alguns locais no Sul do Brasil e nos países onde existe polinização, citam-se ainda os polens de plantas e flores. Outros fatores podem estar envolvidos: alergia aos animais domésticos, poluição ambiental, fumaças (citando em especial o cigarro), medicamentos, produtos químicos, irritantes, etc.

Sintomas Principais da Conjuntivite Alérgica :

- Olhos avermelhados,

- Coceira,

- Lacrimejamento,

- Fotofobia (sensação de incômodo com a luz).

- Podem estar presentes sintomas da rinite: espirros, coriza, congestão e coceira nasal.


Tratamento :
1. O tratamento deve começar pelo afastamento dos fatores que estão provocando a alergia, da mesma maneira que na rinite alérgica. Por isso, o controle do ambiente e o combate aos ácaros da poeira de casa são muito importantes.
- A limpeza da casa deve ser feita diariamente, utilizando pano úmido, sem vassouras ou espanadores e evitando produtos com odores ativos.
- Atenção especial deve ser dada ao quarto e à cama: recomenda-se encapar travesseiros e colchões.
- Travesseiros: prefira os modelos de espuma inteiriça e evitando os modelos de plumas, penas, paina ou flocos de espuma.
- Roupas de cama devem ser trocadas semanalmente e roupas guardadas sempre lavadas antes do uso.
- Focos de mofo, umidade e baratas devem ser combatidos.
- Afastar animais domésticos.
2.Uso de remédios: está indicado nas crises para aliviar sintomas e depois de forma preventiva, para impedir que apareçam novos episódios.
- Antialérgicos (antihistamínicos) podem ser usados por via oral ou sob forma de colírios, sendo úteis para controlar a coceira nas crises e ainda no controle da doença.
- Outras substâncias estão disponíveis no tratamento: estabilizadores de membrana, antinflamatórios, corticóides, drogas de ação combinada, etc. dependendo da análise de cada caso.
3.Imunoterapia (vacina): está indicada como um importante recurso terapêutico, em especial quando há associação com a rinite alérgica.
Dicas de tratamento
- Não use colírios por conta própria
- Encape seu travesseiro e colchão
- Troque seu travesseiro periódicamente
- Lave sempre as mãos
- Evite coçar ou esfregar os olhos
- Compressas com água ou soro fisiológico são úteis para alívio na fase aguda da conjuntivite.
A conjuntivite alérgica é uma doença simples, mas pode também se complicar e trazer conseqüências danosas ao olho, em especial nas formas mais graves. Por isso, deve ser avaliada pelo médico especialista para que seja logo tratada e não provoque danos à visão.
Para a prevenção da conjuntivite:
• Evite compartilhar maquiagem e toalhas de rosto.
• Lave as mãos com freqüência e não as coloque nos olhos.
• Evite o contato com agentes químicos irritantes, use óculos de natação para nadar e óculos de proteção quando em contato com produtos químicos.
• Não use colírios ou pomadas sem prescrição médica.
• Use as lentes de contato segundo as orientações do seu oftalmologista
Fique atento aos sinais de alerta. Se ocorrer alteração visual, dor ocular intensa, dor ao movimentar os olhos, persistência dos sintomas após o uso da medicação ou aumento da sensibilidade à luz, procure o seu médico o mais rápido possível, pois pode-se tratar de outra doença mais grave ou uma complicação da conjuntivite.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Lipodistrofia Ginóide ou "Celulite"

A "celulite" atinge até 95% das mulheres, principalmente nas fases sujeitas a alterações hormonais como a puberdade, gravidez e uso de pílulas anticoncepcionais, sendo uma das queixas mais frequentes em relação à estética. O aspecto de "casca de laranja" causa incômodo e insatisfação com o próprio corpo, levando à procura de uma solução para o problema.
As causas que dão origem à celulite não são totalmente conhecidas. Além de uma predisposição hereditária, alterações enzimáticas e hormonais parecem estar envolvidas, diminuindo a quebra das células gordurosas ou aumentando o seu volume.
As regiões mais atingidas pela celulite são aquelas onde as mulheres costumam acumular mais gordura: abdomem, quadris, culotes, nádegas, coxas e pernas.


Como se forma?

No nosso organismo, algumas células têm a função de acumular energia, sob a forma de gordura, para ser usada quando necessário. São os adipócitos (celulas gordurosas). Estas células se localizam na hipoderme, a camada mais profunda da pele. Nas mulheres, esta camada apresenta fibras ligando a superfície ao tecido mais profundo, como se fosse um colchão de molas. Estas pontes fibrosas repuxam a pele para baixo, dando o aspecto de "furinhos", que é característico da celulite.

Além disso, fatores como a hereditariedade, as alterações hormonais e enzimáticas, em conjunto, levam a uma alteração circulatória com acúmulo de líquidos e proteínas nas células de gordura, provocando uma modificação da textura do tecido subcutâneo e, posteriormente, uma irregularidade da superfície da pele, que leva ao aspecto visual de "casca de laranja".

A celulite pode estar, ou não, associada à obesidade. No entanto, com o aumento do peso, ela aparece mais, pois o aumento das células gordurosas acentua o repuxamento das fibras. Quando o acúmulo de gordura ocorre de forma excessiva, pode comprimir vasos sanguíneos e linfáticos levando à formação de edema (inchaço) e fibrose. Nesta situação, a celulite se torna mais grave, formando áreas endurecidas e nodulares. Em alguns casos, ocorre inflamação e dor local.


Para efeito de classificação, a celulite pode ser dividida em:

Grau 1: os furinhos só são percebidos quando a pele é comprimida. Pode aparecer até mesmo nas crianças, sendo mais comum nas adolescentes.
Grau 2: os furinhos já são percebidos sem comprimir a pele. Passando a mão sobre a pele, já se percebe uma ondulação, sendo possível sentir alguns nódulos.
Grau 3: os nódulos são bastante perceptíveis e têm consistência endurecida, demonstrando que já houve formação de fibrose. Pode haver dor local.

Como evitar?

Por ser uma tendência pessoal, característica das mulheres, a celulite não pode ser totalmente evitada. Mas algumas dicas podem ajudar:
Como a obesidade está relacionada com uma piora da celulite, evite estar acima do seu peso ideal. Dietas milagrosas não existem, o mais importante é fazer uma reeducação alimentar, mudando os hábitos que levam ao aumento do peso.
O sedentarismo não ajuda em nada. Para queimar calorias e evitar o acúmulo de gorduras, você precisa de atividade física. Escolha o exercício que você gostar mais. Caminhar ao ar livre, pedalar, ginástica, natação... Um deles vai se encaixar no seu ritmo de vida.
Cuide também do emocional. O stress leva a um desequilíbrio de todo o organismo, diminuindo sua vontade de se exercitar e, muitas vezes, a alimentação é utilizada como uma forma de compensar a ansiedade. Procure ter lazer e aumentar o seu contato com a natureza, atividade que sempre renova nossas energias.
Não fume! O cigarro dificulta a circulação do sangue, aumentando a retenção de toxinas e dificultando a oxigenação dos tecidos.
Beba bastante água (2 a 3 litros por dia). Isto estimula a função renal e a eliminação de toxinas.
Cuidado com o sal, que aumenta a retenção de líquidos no organismo.


Tratamentos médicos:


* subcisão (subcision) : esta técnica consiste na introdução de uma agulha, com ponta cortante, por baixo do furinho da celulite, para cortar as fibras que repuxam a pele para baixo, desfazendo os nódulos. É necessária a anestesia local. Além de liberar a pele, o hematoma decorrente do trauma leva à formação de tecido colágeno na região, que também ajuda a elevar a pele. Após o tratamento, é necessário o uso de curativo compressivo e de meias elásticas. As manchas roxas somem em cerca de 15 a 30 dias e o resultado é bom. O procedimento só pode ser realizado por médicos habilitados, está indicado nos estágios mais avançados da celulite e não deve ser feito em áreas muito extensas de uma só vez. É o único tratamento reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

* mesoterapia : nesta técnica, são injetadas substâncias diretamente nos locais afetados, que estimulam a quebra da gordura e melhoram a circulação sanguínea, facilitando a sua reabsorção e diminuindo o edema. Só pode ser realizado por médicos habilitados. Apesar de alguns médicos afirmarem que o procedimento tem bons resultados, a mesoterapia ainda não é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Tratamentos estéticos: (necessitam de melhores estudos científicos que comprovem a sua eficácia)

* eletrolipoforese : consiste na introdução de agulhas na pele ligadas a um aparelho que transmite corrente elétrica de baixa frequência entre elas. A finalidade seria a quebra da gordura intra-celular, facilitando a sua reabsorção.

* drenagem linfática : esta massagem estimularia a reabsorção do edema da celulite para os canais linfáticos, que são finos vasos que levam os líquidos dos tecidos para as veias. A drenagem ajuda a reabsorver a água e gordura acumuladas no tecido subcutâneo. É um método que pode ser realizado em combinação com a mesoterapia.

* endermologia : um aparelho realiza a sucção da pele por um tubo, enquanto ela é comprimida entre 2 rolos, provocando uma massagem vigorosa, cuja finalidade seria redistribuir a gordura de forma mais uniforme no tecido subcutâneo.

* cremes cosméticos : geralmente indicados como coadjuvantes dos outros tratamentos, apresentam em sua composição substâncias que levariam à quebra da gordura, estimulação do fluxo sanguíneo e drenagem linfática, além da suavização da superfície da pele.

Lembre-se que o tratamento da celulite depende de mudanças nos hábitos alimentares e de vida e que os procedimentos acima são apenas parte dele. Antes de se decidir por um ou outro tratamento, você deve consultar o seu médico dermatologista. Ele poderá dar a orientação sobre qual é o mais indicado para o seu caso.

Dicas de alimentação :

Como o aumento de peso piora a celulite, é importante evitar engordar para ajudar a combatê-la. A gordura é a forma que nosso organismo tem para acumular reservas de energia. Se você come mais calorias do que seu corpo precisa para usar no dia a dia, elas se acumulam sob a forma de gordura. Estas reservas serão utilizadas quando seu organismo necessitar de energia, diminuindo os depósitos e, consequentemente, as gorduras armazenadas.
Está aí a fórmula para manter-se no seu peso ideal: ingerir a mesma quantidade de calorias que é necessária para seu consumo energético diário. O difícil é resistir aos apelos dos doces, tortas, chocolates, pizzas e tudo mais. Mas, com bom senso, equilíbrio e alguma força de vontade, você pode conseguir.

Estrias Atróficas

As estrias atróficas são lesões decorrentes da degeneração das fibras elásticas da pele que ocorrem por sua distensão exagerada ou devido a alterações hormonais. É comum o surgimento durante a puberdade em decorrência do crescimento acelerado nesta fase da vida e também na obesidade e na gravidez.
As estrias podem surgir em ambos os sexos, sendo mais frequente no sexo feminino.

As estrias são lesões lineares, geralmente paralelas, que podem variar de 1 a vários centímetros de extensão. Surgem principalmente nas coxas, nádegas, abdomem (gravidez) e dorso do tronco (homens). Inicialmente as lesões são avermelhadas ou róseas evoluindo mais tarde para uma tonalidade esbranquiçada. Em pessoas de pele morena as estrias podem ser mais escuras que a pele sadia. A pele na área afetada tem consistência frouxa.



O uso prolongado e em altas doses de corticosteróides pode levar à formação de estrias largas e violáceas como efeito colateral. Até mesmo pomadas contendo corticosteróides potentes em áreas de pele fina, como virilhas e axilas, podem levar ao surgimento deste tipo de estrias (abaixo).


Tratamento :


Para evitar as estrias recomenda-se a hidratação intensa da pele com cremes e loções hidratantes apropriados, principalmente em pessoas com histórico familiar de estrias e que estejam em fase de crescimento intenso ou aumento de peso. Deve-se beber pelo menos 8 copos grandes de água por dia (cerca de 2 litros) e evitar engordar demais e rapidamente, eliminando doces e gorduras da dieta e praticando exercícios físicos regularmente.

As estrias são lesões irreversíveis e portanto não existe um tratamento que faça a pele voltar ao que era antes. O tratamento visa melhorar o aspecto estético estimulando a formação de tecido colágeno nas lesões. Para isso várias técnicas podem ser empregadas, entre elas: peelings, subcisão, dermoabrasão, intradermoterapia e uso contínuo de alguns tipos de ácidos.

Técnicas para Tratamento de Estrias :

* tratamento com ácidos : alguns tipos de ácidos, especialmente o ácido retinóico, estimulam a formação de tecido colágeno, melhorando o aspecto das estrias. Pode haver descamação e vermelhidão e a concentração ideal para cada caso deve ser definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele. Deve ser evitada a exposição solar.

* peelings : os peelings tem a mesma ação dos ácidos, no entanto, de uma forma mais acelerada e intensa, geralmente levando a um melhor resultado. Também deve ser evitada a exposição solar.
* subcisão (subcision) : esta técnica consiste na introdução de uma agulha grossa, com ponta cortante, ao longo e por baixo da estria, com movimentos de ida e volta. O trauma causado leva à formação de tecido colágeno no local, que preenche a área onde o tecido estava degenerado. Provoca equimose (mancha roxa), que faz parte do tratamento, pois a reorganização do sangue também dá origem à formação de colágeno.

* dermoabrasão : o lixamento das estrias provoca reação semelhante à dos peelings, com formação de colágeno mas com a vantagem de regularizar a superfície da pele, que ganha mais uniformidade, ficando mais semelhante à pele ao redor.

* intradermoterapia : consiste na injeção ao longo e sob as estrias de substâncias que provocam uma reação do organismo estimulando também a formação de colágeno nas áreas onde as fibras se degeneraram. Além disso, a própria passagem da agulha provoca uma discreta subcisão.

* laser : a aplicação do laser provoca o fechamento dos pequenos vasos nas estrias avermelhadas e promove a formação de novo colágeno, com diminuição do tamanho das estrias recentes ou antigas.

Quelóide

O quelóide é uma lesão proliferativa, formada por tecido de cicatrização, fibroso, secundária a um traumatismo da pele. Há uma predisposição individual para o seu aparecimento, sendo mais comum em negros e mestiços. A acne do tronco pode dar origem a lesões queloideanas (acne queloideano) e também um tipo de foliculite que ocorre na nuca (foliculite queloideana).

O quelóide é uma lesão tumoral, de superfície lisa e consistência endurecida. No início, geralmente tem cor rósea ou avermelhada adquirindo, mais tarde, cor semelhante à pele normal ou escurecida. Difere das cicatrizes hipertróficas, nas quais o tecido cicatricial aumentado não excede a localização do traumatismo e tende a se reduzir com o passar do tempo. Mesmo pequenos traumatismos, como um furo de orelha (foto) podem dar origem a grandes quelóides. A região anterior do tórax e os ombros são localização frequente de quelóides.

Tratamento :

O tratamento do quelóide é muitas vezes difícil, sendo frequente o seu retorno. A retirada cirúrgica deve sempre ser acompanhada de outros tratamentos, como infiltração de corticosteróides, compressão ou radioterapia. A crioterapia com nitrogênio líquido (tratamento que congela o quelóide), precedendo a infiltração, também pode trazer bons resultados. A associação das técnicas de tratamento aumenta a chance de cura e deve ser determinada de acordo com cada caso.

Câncer da Pele

Carcinoma Basocelular

O carcinoma basocelular (basalioma ou epitelioma basocelular) é um tumor maligno da pele. É o câncer da pele mais frequente, representando cerca de 70% de todos os tipos. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de idade, nas pessoas de pele clara e seu surgimento tem relação direta com a exposição acumulativa da pele à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.

Por ser um tumor de crescimento muito lento e que não dá metástases (não envia células para outros órgãos), é o de melhor prognóstico entre os cânceres da pele. No entanto, pode apresentar característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos que o rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos.

A grande maioria das lesões aparece na face. O basalioma pode se manifestar de diversas formas mas em sua apresentação mais típica inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente.
Na sua evolução pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos (como o roçar da toalha de banho), podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície.

Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características descritas acima porém de coloração escura (basocelular pigmentado), outras crescem em extensão atingindo vários centímetros sem contudo aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial). A forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo principalmente se atingir o nariz ou os olhos.
Existem outras formas de apresentação do carcinoma basocelular e o diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado. Se você apresenta uma lesão de crescimento progressivo, que forma crostas na sua superfície ou sangra facilmente, procure um médico dermatologista para fazer uma avaliação.

Tratamento :
O tratamento do carcinoma basocelular é na maioria das vezes cirúrgico, seja pela eletrocirurgia (lesões pequenas) ou pela cirurgia convencional. O tumor também pode ser tratado pela criocirurgia com nitrogênio líquido. Alguns tipos superficiais podem ser tratados pela terapia fotodinâmica.


Carcinoma Espinocelular ou Epidermóide

O carcinoma espinocelular (espinalioma ou epitelioma espinocelular) é um tumor maligno da pele, representando cerca de 20 a 25% dos cânceres da pele. Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por algum outro processo como cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele, como as ceratoses solares.

O espinalioma tem o crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular, atinge a pele e as mucosas (lábios, mucosa bucal e genital) e pode enviar metástases para outros órgãos se não for tratado precocemente. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento pois sua localização mais frequente são as áreas de pele expostas continuamente ao sol.

As lesões atingem principalmente a face e a parte externa dos membros superiores. Iniciam-se pequenas, endurecidas e tem crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses. Crescem infiltrando-se nos tecidos subjacentes e também para cima, formando lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve-flor). É frequente haver ulceração (formação de feridas) com sangramento.

O carcinoma espinocelular pode produzir metástases, piorando o prognóstico. É, portanto, fundamental o diagnóstico e tratamento precoce do câncer para evitar o envio de células tumorais para outros órgãos. Além da proteção solar, o tratamento das lesões que podem originar a doença são medidas para preveni-la. No caso de lesões suspeitas, procure um dermatologista para uma avaliação e diagnóstico precoce.

Tratamento :
O tratamento do carcinoma espinocelular é cirúrgico, através da retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível para se evitar a ocorrência de metástases

Melanoma

O melanoma maligno é o câncer da pele de pior prognóstico. É um tumor muito grave devido ao seu alto potencial de produzir metástases enviando células tumorais para outros órgãos, onde se desenvolvem. Origina-se dos melanócitos, células que produzem o pigmento que dá a cor da pele. Pode se originar da pele sã ou de lesões pigmentadas pré-existentes, os nevos pigmentados ("sinais" escuros).

De ocorrência mais frequente em pessoas de pele clara, fototipos I ou II, o melanoma pode surgir em área de pele não exposta ao sol porém, o maior número de lesões aparece nas áreas da pele que ficam expostas à radiação solar.


O melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração de suas cores originais, surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como coceira, dor ou inflamação.
Na fase inicial, o melanoma está restrito à camada mais superficial da pele, época ideal para realização do diagnóstico e tratamento pois, nesta localização, ainda não ocorre a disseminação de células tumorais à distância e a retirada completa do tumor tem altos índices de cura. É o melanoma "in situ".
Quando o melanoma deixa de ser plano, formando lesão elevada na pele, é sinal de que também está progredindo em profundidade. A profundidade atingida e a espessura da lesão são os parâmetros que definem a gravidade da lesão. Quanto mais profunda e espessa, mais grave, pois aumentam os riscos de metástases para outros órgãos.
As lesões de melanoma apresentam características fáceis de se reconhecer aprendendo-se o ABCD do melanoma:
Assimetria: formato irregular
Bordas irregulares: limites externos irregulares
Coloração variada (diferentes tonalidades de cor)
Diâmetro: maior que 6 milímetros
O tipo mais comum de apresentação é o melanoma superficial disseminado. A foto acima é de um melanoma ainda na fase "in situ", na qual os critérios do ABCD podem ser percebidos nitidamente. De crescimento mais lento e horizontal, este tipo é mais facilmente identificado, facilitando o tratamento precoce e a cura.
Sinais escuros que começam a adquirir características como estas acima podem estar se transformando em um melanoma, principalmente se estiverem em áreas de exposição contínua ao sol. A radiação ultra-violeta do sol pode estimular a transformação de nevos pigmentados em melanomas. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o surgimento do melanoma maligno.
Além disso, qualquer alteração em sinais antigos, como: mudança da cor para mais escuro ou mais claro, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação ou surgimento de áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao dermatologista para avaliação.
Outras formas de apresentação são o melanoma nodular primário, que tem crescimento em profundidade mais rápido e o lentigo maligno melanoma, tumor plano que ocorre mais frequentemente em pessoas acima de 60 anos de idade e aparece em áreas de grande exposição solar, principalmente a face.
O melanoma acral é uma forma de apresentação na qual a localização do tumor é nos pés ou nas mãos. Uma apresentação mais rara é o melanoma amelanótico, quando o tumor não tem a coloração escura, o que dificulta bastante o diagnóstico clínico.
Tratamento :
O tratamento do melanoma maligno é cirúrgico e deve ser realizado o mais precocemente possível. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.




sexta-feira, 30 de maio de 2008

Rinite Alérgica


A rinite alérgica é a manifestação mais comum dentre as doenças alérgicas. É uma doença crônica que pode surgir pela primeira vez em qualquer idade. Cerca de 10% da população mundial apresentam sintomas atribuíveis à mesma, porém é claro, que fatores climáticos e geográficos irão influenciar na sua incidência. Ambos os sexos são afetados na mesma freqüência, e se não tratada pode persistir por vários anos, causando bastante incômodos com faltas ao trabalho ou aulas e má qualidade de vida.
Sintomas :

O diagnóstico é basicamente clínico, com associação de vários dos seguintes sintomas: salvas de espirros, coriza clara abundante, obstrução nasal e intenso prurido no nariz e nos olhos.
Tosse esta presente sempre que ocorre uma descarga pós-nasal de secreção no rinofaringe. Muitas vezes os sintomas que predominam são os oculares, com bastante coceira nos olhos além de vermelhidão e fotofobia.
Tais sintomas podem ocorrer apenas em determinadas épocas do ano(Rinite Alérgica Sazonal) em pessoas com alergia ao pólen de flores ou gramínias, ou estão presentes durante todo o ano (Rinite Alérgica Perene)quando a sensibilidade é devido a alergenos perenes como ácaros da poeira, ou ainda podemos ter uma associação das duas formas clínicas.
Variações diurnas na intensidade dos sintomas sugerem como causa alergenos intradomiciliares, e quando existe melhora nos fins de semanas, estamos diante de uma provável alergia ocupacional.
Ataques muito intensos, em geral são acompanhado de sintomas gerais, tais como: fraqueza, mal-estar, e muitas vezes cansaço muscular após longos períodos de espirros, não existindo nesses casos a presença de febre, o que sugeriria causa viral (Gripe)para esses sintomas.
Sinais Clínicos :
Características faciais típicas estão presentes em um grande número de portadores de rinite alérgica, tais como: olheiras, prega nasal horizontal(causada pelo freqüente hábito de coçar a narina com movimento para cima "saudação alérgica"), protusão do maxilar(face adenoidiana),entre outras.
O exame físico completo deve incluir a Rinoscopia Anterior, que mostra principalmente uma mucosa nasal pálida com abundante secreção clara, quando a rinite alérgica não apresenta complicações.
Em casos mais raros existirá a necessidade da colaboração de um otorrinolaringologista para a realização de um exame chamado Nasofibroscopia no intuito de melhor avaliar as fossas nasais.
Exames Laboratoriais e Teste Alérgico :
Exames radiológicos e laboratoriais podem ajudar na confirmação do diagnóstico e/ou descartar a existência de complicações(sinusite e otite média).
Téstes Alérgicos ,Dosagem de IgE total, IgE específica para alergenos habituais(RAST),e Testes de Provocação Nasal poderão ser usados para confirmação do diagnóstico.

TRATAMENTO:
CONTROLE AMBIENTAL:
A prática do controle ambiental visa eliminar os fatores desencadeantes, o que é relativamente fácil com animais, muito difícil com poeiras e fungos e impossível com os pólens.
Nessas medidas de controle ambiental, deve o médico despender boa parte do tempo de consulta, pois certamente é um dos pontos mais importantes do tratamento.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
Anti-histamínicos sistêmicos são os medicamentos de eleição no tratamento da rinite alérgica. Novos anti-histamínicos não possuem os efeitos secundários importantes que existiam com esse grupo de medicamentos no passado.
Anti-histamínicos tópicos para uso intranasal têm se mostrado bastante úteis na prevenção de sintomas moderados à leves de rinite, apresentando baixa toxidade possibilitando maior segurança em grupo especiais de pessoas como nas grávidas.
Descongestionantes nasais fornecidos por via oral associado ou não à anti-histamínicos também podem ser úteis. Gotas oculares de simpaticomiméticos e anti-histamínicos ajudam no controle da conjuntivite alérgica.
Cromona administrado em "spray" nasal ou conjuntival 3 ou 4 vezes ao dia é benéfica e virtualmente livre de toxidade à curto e longo prazo.
Anticolinérgicos têm indicação na rinite vasomotora, mostrando bons resultados quando existe coriza importante, porém pode ser um bom coadjuvante no tratamento da rinite alérgica.
Corticosteróides Tópicos têm exelente ação sobre a mucosa nasal, nas rinites alérgicas e não alérgicas.O paciente submetido a esse tratamento deve ser avaliado sistematicamente, para prevenção de alguns efeitos colaterais raros com o uso dos mesmos.
Corticosteróides Sistêmicos são reservados para o tratamento das crises, quando houver insucesso de outras manobras terapêuticas, tomando-se sempre o cuidado de não menosprezar as contra-indicações e orientar o paciente a não usar por conta própria a medicação.
IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA (VACINAS):
Podemos lançar mão da imunoterapia(Vacinas),naquelas pessoas que não têm seus sintomas controlados, mesmo com um controle ambiental bem feito e em uso de correto tratamento medicamentoso.,e que portanto apresentam sintomas intensos e duradouros com má qualidade de vida.
É imprescindível que este tratamento seja seguido por um especialista, que deverá confirmar o envolvimento de antígenos como ácaros e fungos do ar, como importantes desencadeantes dos sintomas no paciente em particular.

Alergia a Picada de Inseto

É conhecida pelos médicos com o nome de “estrófulo” e constitui uma das formas de alergia mais freqüente no verão, sendo mais comum nas crianças. Aparece sob forma de feridinhas em forma de caroço no local da picada do Inseto, que depois se espalham pelo corpo. Em alguns casos, essas feridinhas podem piorar, surgindo pequenas bolhas e infeccionar, podendo evoluir para impetigo


Sempre que um inseto pica a nossa pele para sugar nosso sangue, um pouco da sua saliva e de algumas substâncias (como anticoagulantes) entram em contato com o nosso organismo e portanto com os nossos mecanismos de defesa. Ocorre então, em resposta à este contato, a liberação de algumas substâncias que promovem o inchaço, vermelhidão e coceira no local (entre elas, a mais conhecida é a histamina). A quantidade liberada relaciona-se à susceptibilidade individual e ao tipo de inseto que picou; alguns insetos como borrachudos, por exemplo, costumam promover uma maior reação alérgica local à picada. Outros insetos, como abelhas e vespas, podem inocular substâncias que provocam fortes reações e causam muita dor no local da picada.

A alergia à picada de insetos que é mais comum é aquela que ocorre nas crianças pequenas, caracterizada pelo aparecimento de "bolinhas" vermelhas pelo corpo da criança, normalmente próximas ao local de uma picada de inseto. Este tipo de alergia, chamado Estrófulo, é totalmente benigno mas pode causar incômodo pela coceira que provoca. Pode ocorrer ainda a infecção de pele como complicação da coçadura mais insistente, que produz machucados na pele. Cobrir a pele o máximo possível, com roupas, nos locais onde se sabe haver grande incidência de pernilongos, formigas, etc.



A reação de uma picada de inseto varia entre pessoas. Uma reação normal se trata de um pouco de dor, a pele fica um pouco inchada e vermelha ao redor da picada. Simplesmente desinfete a área da picada, lavando com água e sabão, e coloque um pouco de gelo para reduzir inchaço. Algumas vezes o inchaço pode ter o dobro do tamanho dependendo em que parte do corpo a picada ocorreu. Um exemplo: se a picada for na área sensível do antebraço, o inchaço e a dor será maior. Mesmo sendo a aparência mais alarmante, o tratamento é o mesmo. Mas porque esta condição talvez persistirá por mais de dois ou três dias, anti-histamínicos e corticosteróides são dados por um médico para diminuir o desconforto.Abelhas picam deixando um ferrão na pele de suas vítimas. Se isto acontecer com você, não a puxe com as unhas ou qualquer instrumento, pois isto levara a que mais do veneno do ferrão seja injetado dentro da pele. Pegue uma toalha ou sua camisa e passe com força sobre o ferrão e lave a área com água e sabão. Bolhas de pus são muito comuns de 8 à 24 horas após uma picada de formiga. Para não permitir uma infecção bacteriana, não fure a bolha de pus, mesmo sendo tão desconfortável. Também furando estas bolhas podem causar cicatrizes na pele. Vários cremes de corticosteroides ou antihistaminicos orais são muito eficientes.

O tratamento vai desde medidas simples, porém fundamentais, como: telas em janelas, dedetização, ventiladores, passando por repelentes usados em situações especiais (passeios, “picnics”, etc.) e chegando até à imunoterapia com vacinas utilizando venenos de insetos que induzem a criação de anticorpos capazes de bloquear a ação dos alergenos e impedem o surgimento da alergia. O uso de repelentes pode ajudar, mas devem ser indicados pelo médico.

Imunoterapia para Picada de Inseto :

É um tratamento de longo prazo, com vacinas administradas por um alergista e imunologista, para prevenção de futuras reações alérgicas a picadas de insetos.A Imunoterapia envolve a administração de uma pequena quantidade do veneno, para estimular o sistema imunológico do paciente, reduzindo o risco de reações alérgicas em exposições subseqüentes. Em semanas ou meses, pessoas que estavam em constante perigo de reações alérgicas a picadas de insetos, podem voltar a uma vida normal, graças a Imunoterapia.Peça a seu médico para te referir a um Alergista e Imunologista, que é um especialista em diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas. Baseando em seu histórico médico, e alguns testes, o Alergista determinará se você é um candidato a imunoterapia.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pitiríase


Pitiríase Alba :

A Pitiríase alba é uma doença de causa desconhecida porém muito frequente nas pessoas com história pessoal ou familiar de atopia (asma, bronquite, rinite alérgica, eczema atópico). Também é conhecida como dartro volante.

Manifestações clínicas:

As manifestações da doença surgem principalmente após a exposição intensa da pele ao sol. Caracterizam-se por manchas claras, arredondadas, finamente descamativas, de limites imprecisos e muitas vezes com um aspecto pontilhado. Devido às manchas claras, a doença muitas vezes é confundida com a pitiríase versicolor. As localizações mais frequentes são a face, tronco e membros superiores.
As lesões não apresentam sintomas e o ressecamento da pele frequentemente acompanha o quadro. Mais comum nas crianças, pode surgir também durante a vida adulta, sendo comum remissões e reaparecimento das manchas.

Tratamento :

A hidratação da pele e a proteção solar ajudam a evitar o surgimento da pitiríase alba. A exposição prolongada e continuada ao sol e as consequentes queimaduras solares devem ser evitadas. Uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas e a ingestão de bastante líquido durante o verão também ajudam na prevenção. Para o tratamento das lesões o procedimento correto é a consulta ao médico dermatologista.
É importante aplicar hidratantes, filtros solares, suspender o uso de sabonetes e evitar banhos muito quentes e demorados.


Pitiríase versicolor ("micose de praia", "pano branco") :

Também vulgarmente conhecida como "micose de praia" ou "pano branco", a Pitiríase versicolor é uma micose mas, ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina.
O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver provocando as manchas.
Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, a pele não se bronzeia. Com o bronzeamento da pele ao redor, ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou aonde estava a micose. Vem daí o nome "micose de praia".

Manifestações clínicas:


As áreas de pele mais oleosa, como a face, couro cabeludo, pescoço e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas.
A doença se manifesta formando manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores.

As lesões são recobertas por fina descamação que, às vezes, só é percebida quando se estica a pele. Geralmente, a Pitiríase versicolor é assintomática, mas alguns pacientes podem apresentar coceira.

Tratamento :


A Pitiriase versicolor é uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito com medicamentos de uso via oral (comprimidos) ou local (sabonetes, xampus, locões, sprays ou cremes), dependendo do grau de comprometimento da pele. Uso antifúngicos, além de constante hidratação e aplicação do protetor solar.

Devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, é possível a micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido.
Em algumas pessoas, a Pitiríase versicolor pode ocorrer de forma recidivante, voltando a crescer logo após o tratamento. Estes casos exigem cuidados especiais para a prevenção do retorno da doença, cuja orientação deve ser dada pelo médico dermatologista.

Pitiríase rósea :

A Pitiríase rósea é uma doença eruptiva de causa controversa. As características clínicas da doença, o maior número de casos em determinadas épocas do ano (principalmente o outono), alterações imunes e achados de DNA viral em pacientes acometidos sugerem uma relação da doença com alguma virose, hipótese ainda não confirmada.
Mais comum nas mulheres do que nos homens, a doença tem cura espontânea em cerca de 2 a 4 meses e apenas raramente pode voltar a aparecer num mesmo paciente. Os pacientes não precisam se afastar das atividades diárias, pois a pitiríase rósea não é considerada contagiosa.

Manifestações clínicas :

Inicialmente, surge uma lesão primária, o "medalhão", de forma ovalada, com cerca de 2 a 5 cm de tamanho, que precede por alguns dias o surgimento de uma erupção cutânea.
A erupção subsequente atinge principalmente o tronco e a raiz dos membros, sendo rara nas extremidades e na face. É formada por manchas ovaladas, de coloração rosada e com descamação na parte interna das bordas. A descamação pode ser observada esticando-se a pele.

A intensidade e o número de lesões varia muito (de algumas poucas a inúmeras) e uma característica importante é a distribuição das lesões no tronco, que seguem a direção das costelas, adquirindo, com a coluna vertebral, um aspecto de pinheiro. Geralmente não há sintomas importantes, podendo haver coceira em alguns casos.


Tratamento :

A Pitiríase rósea cura-se espontaneamente, mas alguns tratamentos podem ser instituídos para abreviar a duração da doença principalmente nos casos mais intensos ou acompanhados de coceira. O diagnóstico correto e a escolha do tratamento indicado para cada caso devem ser determinados pelo médico dermatologista.



Dermatite Atópica

Dermatite atópica: a coceira que dá eczema :



A dermatite atópica (DA) é uma doença de origem alérgica bastante freqüente, que se acompanha de inflamação na pele, o que provoca coceira e lesões. Costuma ter períodos de melhora seguidos de períodos de piora chamados de exacerbações ou crises, que prejudicam a qualidade de vida. A doença costuma acompanhar o paciente por muitos anos. Os sintomas e sua gravidade variam de uma pessoa para outra. Por se tratar de doença hereditária é comum um dos pais ou ambos sofrerem de alguma doença alérgica como asma, rinite alérgica ou mesmo dermatite atópica.
A palavra “ATOPIA” foi criada por autores americanos em 1923, sendo usada até hoje para definir pessoas que têm constituição hereditária, são portadores de asma, rinite e naturalmente eczema, apresentando também testes alérgicos positivos.
Em síntese, os atópicos têm mais alergia e por mais tempo.
Como é a pele atópica:A pele da criança portadora de dermatite atópica já nasce geneticamente alterada: é seca, irritável, coça muito, tornando-se com o tempo, cada vez mais áspera avermelhada e ferida devido à intensa coceira, configurando o eczema.

Localização das lesões na pele:

Bebês: a dermatite afeta a face, pescoço e às vezes o tronco.
Crianças maiores, adolescentes e adultos: localiza-se mais nas dobras de cotovelo, joelhos e ainda, pés e mãos.

O que são estigmas atópicos?

Estigmas atópicos são sinais e marcas que se apresentam nas pessoas portadoras de atopia. Podem estar presentes, mesmo na ausência da DA. Os estigmas mais comuns são:
- linhas na parte inferior dos olhos - chamadas Linhas de Dennie Morgan,- manchas esbranquiçadas e ásperas na face e tronco - pitiriase alba,
- lesões puntiformes e salientes na pele em especial nos braços e ombros - ceratose pilar.

Fatores que podem agravar as lesões da pele:
É de suma importância identificar e afastar os fatores que agravam a lesão da pele como:
-atrito,-suor, -transpiração,-poeira domiciliar,-roupas de lã e tecido sintético,-sabão,-variações de temperatura (calor, frio)-cosméticos,-detergentes,-infecções cutâneas,-alguns alimentos,-estresse emocional.


Tratamento:
O tratamento adequado controla a inflamação da pele e deve incluir basicamente o uso diário de hidratantes, aplicação de corticóides tópicos e medicações anti-alérgicas (antihistamínicos). Outros tratamentos podem ser tentados em caso de fracasso terapêutico como: imuno-moduladores, antibióticos, ciclosporina, metotrexate e fototerapia.
É preciso fazer dieta especial?
Não há necessidade de evitar alimentos em qualquer pessoa portadora de DA. A dieta se justifica nos casos onde se verifica e se comprova o papel daquele alimento como provocador da piora da pele.
Cuidados com a pele:
- O excesso de banhos deve ser evitado, dando-se preferência a banhos rápidos, com pouco sabão, uma vez ao dia.
- Lubrificação diária e constante da pele: aplicar hidratante todos os dias, logo após o banho, em até 3 minutos após secagem suave do corpo.
- Usar sabonetes oleosos, emolientes e suaves.
- Nunca usar buchas ou esponjas
- Preferir roupas leves, folgadas e confeccionadas com tecidos macios. Evitar tecidos sintéticos aderentes ao corpo, como lycra ou helanca.
- Evitar agasalhos de lã ou outros tecidos irritantes.
- Ao expor a pele ao sol, preferir as primeiras horas da manhã ou ao entardecer, sem excessos, usando sempre protetor solar apropriado.
- Uma medida caseira que “acalma” a pele e a coceira é a realização de banhos feitos com maisena ou com aveia em pó.
Complicações da DA:
O eczema atópico é, na maioria das vezes, uma doença benigna, mas de evolução lenta, tendendo à recuperação da pele com o decorrer do tratamento. Entretanto, pode evoluir em alguns casos de forma mais grave, provocando complicações como:
Decorrentes do Eczema:
-Infecções repetidas na pele (bactérias, fungos) -Comprometimento estético-Envolvimento emocional
Decorrentes do Tratamento:
-Pele agredida por produtos que piorem o ressecamento-Uso de medicação agressiva e intempestiva
Reações colaterais dos remédiosDecorrente da Atopia:
-Aparecimento de outras doenças atópicas-Possibilidade de outras reações alérgicas-Reações colaterais dos remédios
É importante saber reconhecer os sinais que podem indicar infecção de pele e comunicar o médico caso surjam, como por exemplo: aumento brusco da vermelhidão, surgimento de pequenas bolhas com pus no interior ou ainda o aparecimento de vesículas contendo líquido em seu interior.
Os casos mais graves de DA costumam se acompanhar de estresse emocional não só do paciente como de sua família e cuidadores. Recomenda-se que seja dedicada atenção especial aos fatores emocionais em cada pessoa a fim de que se possa indicar medidas para combate ao estresse familiar em conseqüência da doença.
Converse com o médico.
Exponha seus temores e preocupações. O diálogo entre o médico, o paciente e sua família são a base para uma abordagem personalizada e para o sucesso do tratamento.
Texto extraído do Blog da Alergia

Asma


“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

Brônquios de uma pessoa sem Asma:


“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)

Brônquios de uma pessoa Asmática :

Classificação da intensidade da asma: (Global Initiative for Asthma, 2004) :
A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente. Dentro dos quadros persistentes são definidos diferentes níveis de intensidade da doença: leve, moderada ou grave.
Esta classificação se faz de acordo com a presença dos sintomas (freqüência e intensidade), o quanto interfere no dia-a-dia do asmático e, o comprometimento de sua função pulmonar.

Asma Intermitente: sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Leve: presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Moderada: sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e <>

Asma Persistente Grave: sintomas diários; crises freqüentes; sintomas noturnos freqüentes; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado.

O que desencadeia :

As principais causas da asma estão associadas à poluição do ar, poeira doméstica, ácaros, mofo, pêlos de animais e alimentos. O problema é agravado pelo uso de carpetes, cortinas e cobertores que servem como fontes de ácaros. A fumaça do cigarro, as mudanças de temperatura, além da gripe, resfriado, uso de certos medicamentos e até mesmo o estresse, podem desencadear uma crise de asma, que se denomina, mais corretamente, de exacerbação da asma.

Existe um risco maior de exacerbações da asma nos dias de inverno sem vento, quando surge uma mistura de nevoeiro e fumaça composta de monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e as partículas em suspensão na atmosfera. Os períodos de queimadas são também bastante penosos para os asmáticos.

Sintomas :

Os sintomas da asma na criança, assim como no adulto, são recorrentes, ou seja, não estão presentes o tempo todo. Há períodos em que o paciente apresenta falta de ar, chiado no peito, secreção e um pouco de tosse. Estes sintomas aparecem em diferentes circunstâncias e intensidades e em geral, estão relacionados com mudanças de temperatura, contatos com substâncias irritantes, alérgenos, poeira, ou são desencadeados por exercícios físicos ou estresse.

É importante lembrar que nem todas as pessoas que apresentam alguns dos sintomas têm asma e que eles podem variar de pessoa para pessoa, por isso, é indispensável procurar um médico quando houver suspeita, para um diagnóstico exato.

Os principais sinais de alerta são:
Tosse seca persistente - principalmente à noite; Sibilância (chiado no peito); Respiração mais rápida do que o normal; Faltade ar; Cansaço físico; Sensação de aperto ou dor no peito.

Os objetivos do tratamento da asma são:

Controlar sintomas; Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer; Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações; Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio; Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível; Minimizar efeitos adversos da medicação; Prevenir a morte.

Tratamento :

O tratamento da asma promoverá uma vida normal e ativa. Porém, para isso, será necessário:- Tomar a medicação apropriada,permanecer longe de coisas que tornem difícil a respiração e imunoterapia ( vacinas ).

Há dois tipos principais de medicamentos para asma:

- Broncodilatadores: relaxam os músculos das vias aéreas permitindo que o fluxo de ar seja melhor.
- Corticosteróides: ajudam as vias aéreas a incharem menos. Os corticosteróides não podem ser usados para parar as crises, de forma isolada.

Os dois tipos de medicamentos que podem ser usados são: bombinha através da qual o medicamento pode ser inspirado pela boca e comprimido ou cápsula.
No tratamento de uma emergência, está indicado o uso dos dois medicamentos e também de medicamentos complementares e de oxigênio, se for necessário.


OBS : Sobre Imunoterapia ( Vacinas ) procure no ìndice