quinta-feira, 28 de maio de 2009

Catapora

Uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus. Com nome científico de varicela, costuma atingir principalmente as crianças. Em geral, é benigna e costuma incomodar principalmente pelas manchas vermelhas e pela coceira intensa.

Quem já teve varicela uma vez na vida, não corre mais o risco de desenvolvê-la. No entanto, como o vírus da catapora é o mesmo do herpes zoster (ou cobreiro), existe o risco de um indivíduo com defesa baixa desenvolver uma nova doença depois de entrar em contato com doentes em fase de ontágio. Quem tem doenças imunodepressivas, como Aids, deve manter distância do vírus.

Existe uma vacina que previne a doença. Em Brasília, está disponível em centros de vacinação ou clínicas particulares de pediatras ou dermatologistas. O preço médio é de R$ 65,00. É indicada para todas as crianças com mais de um ano e para adolescentes e adultos que ainda não foram contagiados pela varicela.

Transmissão :

É muito comum em época de chuva e frio, quando as pessoas se juntam em locais fechados com maior freqüência. Crianças em fase escolar têm maiores chances de se contagiar pelo vírus.
A transmissão se dá pelo ar. Se uma criança ou um adulto que nunca teve catapora entrar em contato com alguém contagiado, a contaminação é quase certa.

Incubação :

Depois de entrar em contato com o vírus da catapora, o indivíduo permanece entre 14 e 21 dias sem apresentar sintomas. É o que se conhece como tempo de incubação.

Sintomas :

Começam com pontinhos vermelhos espalhados pelo corpo que se parecem com picadas de inseto. Nessa fase, a doença não costuma ser detectada facilmente.

Essas manchas , depois de dois ou três dias, crescem e mudam de aspecto. Tornam-se vesículas (folhas cheias de um líquido transparente). As bolhas podem aparecer em regiões delimitadas do corpo ou nele inteiro. Muitas vezes, os sinais aparecem também nas mucosas da boca, do nariz, dos olhos, entre outras.

Além da coceira intensa, o contagiado pode apresentar febre baixa, dor de cabeça. É uma doença que pede repouso durante os primeiros dias depois de surgirem os primeiros sintomas.

O estágio no qual o corpo fica com sinais variados – desde as manchinhas parecidas com picadas de inseto, bolhas, até as feridas e crostas ressecadas – é o mais característico da doença. Nessa fase, não há como confundir a catapora com qualquer outro problema. Enquanto as feridas não cicatrizarem, é preciso manter o doente isolado, pois há risco de contaminação.

Complicações :

A catapora é um problema pouco grave, desde que bem tratado. No entanto, se a doença se manifestar em crianças com resistência muito baixa ou se não for cuidada devidamente, podem apresentar complicações como:

* Infecção bacteriana secundária: muitas vezes, a criança coça os caroços com unhas sujas, que podem estar contaminadas por bactérias. Se as bolhas contiverem líquido amarelo, é sinal de infecção;
* Pneumonia: o vírus da doença pode entrar no organismo e provocar doenças mais sérias em outros órgãos, como pulmões;
* Encefalite: é uma inflamação no cérebro. Se esta complicação for detectada rapidamente, as seqüelas podem ser evitadas. Mas se o tratamento for displicente, a doença pode até matar.

Tratamento :

Antes de qualquer remédio, uma determinação: nunca coce. As bactérias são invisíveis e podem infeccionar as feridas. Normalmente, as cicatrizes escuras da catapora são decorrentes de infecções secundárias.

Cuidados locais. Banhos com permanganato de potássio são sempre aconselhados para aliviar a coceira e cicatrizar rapidamente as feridas. Importante: dissolva um pacote ou um comprimido em cinco litros d'água.

Se houver início de infecção, antibióticos podem ser receitados. Procure sempre o médico antes de tomar qualquer remédio. Se as dores de cabeça ficarem fortes, é possível que tenha surgido alguma complicação.


Dicas para o paciente :

-Corte sempre as unhas e deixe-as limpas;
-Evite contato com pessoas com baixa capacidade de defesa;
-Use roupas leves, para evitar calor e aliviar as coceiras;
-Use luvas na hora de dormir, se a coceira incomodar muito;
-Tente aliviar o prurido com talcos mentolados ou banhos com maisena.

Dr. Alisson Costa de Morais em Entrevista sobre Câncer de Pele para TV

Médico Alergologista e Dermatologista Dr. Alisson Costa de Morais
fala sobre cuidados, tipos e tratamento de Câncer de Pele

http://www.youtube.com/watch?v=e75a_0ETnAw

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Síndrome de Stevens-Johnson


Consiste em uma reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea nas mucosas, podendo ocorrer nos olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal e trato respiratório, ocasionando processos de necrose, com causas muitas vezes desconhecidas. A reação alérgica pode ser causada por estímulos causados por drogas, infecções virais, entre outras, embora em grande parte dos casos a etiologia específica não seja facilmente identificável. As drogas mais freqüentemente suspeitas são a penicilina, os antibióticos contendo sulfa, os barbitúricos, os anticonvulsivantes, os analgésicos, os antiinflamatórios não esteróides ou o alopurinol. Em alguns casos, ocorre juntamente com uma outra doença grave, complicando o diagnóstico.

As lesões cutâneas são máculas eritematosas, bolhas sero-hemorrágicas, e púrpura. O início é geralmente abrupto, podendo ocorrer: febre, mal-estar, dores musculares e artralgia.

As lesões são extensas, envolvem várias áreas do corpo com erupções cutâneas, podendo haver também lesão da íris. A reação é facilmente observada nas mucosas bucais e conjuntivas, além de úlceras genitais.

A patologia pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrintestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode evoluir para uma forma mais grave, a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), na qual a camada superior da pele desprende-se em camadas.

As cicatrizes decorrentes da necrose podem levar à perda de funções orgânicas. Quando atinge os brônquios, pode levar à insuficiência respiratória. Outras conseqüências: cegueira, complicações renais, complicações pulmonares, perfuração do globo ocular, hemorragia gastrointestinal, hepatite, nefrite, artralgia, artrite, febre, mialgia, entre outros.


O diagnóstico geralmente é através da caracterização das erupções cutâneas, que surgem após 1 a 3 semanas da exposição ao estímulo.

Tratamento :

Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos. O paciente deve ser hospitalizado e monitorado, e o uso de corticóides é controverso e deve ser cauteloso, pois podem elevar o índice de mortalidade causada pela síndrome. O doente deve ser tratado na unidade de queimados, com cuidados rigorosos para evitar infecções. É feita a reposição endovenosa dos líquidos e sais minerais perdidos devido à lesão.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Dermatite de Contato por Tatuagens de henna



Tatuagens de henna ficaram populares ao prometer uma forma de tatuagem temporária e sem riscos. Na prática, entretanto, esta afirmação não é verdadeira à medida que relatos de reações adversas vêm se acumulando.

A Henna é um corante de cor castanho-avermelhada, extraído da casca e das folhas secas de uma planta (Lawsonia inermis) originária da África e Ìndia, usado como cosmético, para escurecer cabelos ou para tatuar o corpo de forma temporária.



A vantagem é ornamentar o corpo e desaparecer após alguns banhos. E a idéia não é nova: múmias egípcias tinham sinais de utilização de henna, com indícios de que seria um símbolo de status da época.

A alergia à hena pura, sem aditivos químicos, é rara. O problema é a adição de substâncias (corantes químicos, sais de chumbo, etc.) que alteram o produto gerando a possibilidade de reações. Um exemplo é o costume de acrescentar uma substância, denominada parafenilenodiamina, para tornar a secagem mais rápida, dar coloração mais intensa e melhor definição do desenho.



Parafenilenodiamina é um corante autorizado para uso em tintas de cabelo, não podendo ultrapassar 6% do produto, mas mesmo assim, sendo descritas reações alérgicas com certa freqüência. Tatuagens temporárias não são controladas com rigor e podem conter até 15% de parafenilenodiamina, tornando o produto mais agressivo, aumentando a chance de provocar reações de alergia na pele.

Dermatite de contato alérgica: não surge da primeira vez, mas sim após o uso repetido, para que ocorra a sensibilização. Por isso, a alergia surge em pessoas que já fizeram tatuagens de henna em outras ocasiões.
Inicia com uma coceira incômoda, vermelhidão no local e com “elevação do relevo” do desenho da tatuagem. A intensidade da reação pode variar de leve até a formação de bolhas. Uma característica é o aspecto da lesão, que caprichosamente respeita o desenho original. Na sua evolução, ela pode se resolver espontaneamente após a remoção do pigmento ou após o uso local de medicamentos. Casos mais graves podem ocorrer. Além disso, pode deixar marcas por mais tempo, na forma de manchas na pele.
Portadores de alergias na pele tendem a ter maior propensão a apresentar dermatite de contato, embora possa surgir em qualquer pessoa.



Mas, o problema não pára aí: a fórmula química do parafenilenodiamina possui um radical que também é encontrado em outros produtos. Assim, a pessoa que se torna sensível também poderá desenvolver sensibilidade a outros produtos que contenham o mesmo tipo de radical. Isto significa que poderão surgir novas alergias. Este fenômeno é conhecido como uma “reação cruzada”.

Explicando melhor: A pessoa faz uma tatuagem de henna, não sente nada, mas se sensibiliza ao produto. Numa outra oportunidade, vai tomar um remédio, como por exemplo, um antinflamatório (celecoxib) e surge uma reação alérgica sem explicações.
Principais produtos que podem fazer reação cruzada com parafenilenodiamina

- Protetores solares contendo o ácido para-aminobenzóido.
- Remédios que contenham sulfa.
- Remédios para diabetes pertencentes à família de sulfoniluréias.
- Anestésicos locais do grupo de benzocaína.
- Remédios antinflamatórios do grupo “Celecoxib”.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fitofotomelanose / Fotodermatite

A fitofotomelanose é uma manifestação alérgica causada pela exposição ao sol da pele que teve contato com plantas ou suco de algumas frutas, principalmente limão, laranja e tangerina. Outros produtos como perfumes e refrigerantes, também podem causar a reação, sendo neste caso uma fotomelanose.



Manifestações clínicas :

A doença se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras nas áreas afetadas. O formato das manchas depende da exposição da pele às substâncias, sendo frequente lesões pontilhadas causadas por respingos de limão espremido. As áreas mais comumente afetadas são o dorso das mãos, colo e os lábios.


Reações mais intensas, chamadas de fotodermatites, podem dar origem ao surgimento de manchas avermelhadas e até mesmo de bolhas, acompanhadas ou não de coceira, sensação de queimação e/ou ardência no local .





Lesões causadas pela exposição a determinados comprimentos de onda do espectro da luz solar ou da luz artificial. Resulta do efeito direto da luz sobre a pele ou da interação da luz com o medicamento (tópico ou sistêmico).


Etiologia:


Medicação tópica: prometazina, anestésicos de uso tópico.

Medicação sistêmica: sulfas, sulfoniluréias, quinina, clorotiazidas, fenotiazidas, quimioterápicos, tetraciclinas, griseofulvinas, ácido nalidíxico, contraceptivos orais, clordiazepóxido, quinidina, psoralens, adoçantes, antinflamatórios (oxicans).


Tratamento :

Para evitar a fitofotomelanose, evite fazer ou beber limonadas, sucos de frutas, caipirinhas e se expor ao sol. Mesmo lavando as áreas atingidas pelo suco das frutas, a pele pode manchar. Evite colocar perfumes antes de ir à praia.

O desaparecimento das manchas ocorre de forma espontânea e gradativa, devendo-se proteger a pele da exposição ao sol, com filtros solares potentes. Despigmentantes podem ser utilizados para acelerar o processo. As reações mais intensas podem exigir o uso de medicamentos para seu controle, que devem ser indicados por um dermatologista.

Hirsutismo

O hirsutismo é definido como o crescimento excessivo de pêlos terminais na mulher, em áreas anatômicas características de distribuição masculina.


Pode manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais florido, acompanhado de outros sinais de hiperandrogenismo, distúrbios menstruais e/ou infertilidade ou ainda alterações metabólicas relacionadas com hiperinsulinemia/resistência insulínica.

O hirsutismo decorre da ação dos androgênios sobre a pele e depende de vários fatores correlacionados: níveis de androgênios e da SHBG e conseqüente relação hormônio livre/hormônio ligado, grau de sensibilidade cutânea aos androgênios, capacidade de conversão de androgênios em estrogênios e outras interconversões entre esteróides.

Pode ser classificado em duas categorias:
a) associado a uma hiperprodução glandular de androgênios pelos ovários e/ou suprarrenais ou b) decorrente de uma hiperutilização isolada dos androgênios circulantes pelo folículo pilo-sebáceo, correspondendo ao hirsutismo dito "idiopático".

A causa mais freqüente do hirsutismo de origem glandular é a síndrome dos ovários policísticos. A hiperplasia adrenal congênita forma não clássica (HAC-NC) por deficiência da 21-hidroxilase é a causa mais freqüente de hirsutismo de origem adrenal, embora sua prevalência, entre mulheres hirsutas como um todo, seja relativamente baixa. Outras causas menos freqüentes são a síndrome de Cushing e os tumores virilizantes, ovarianos ou adrenais


O hirsutismo, portanto, decorre da ação dos androgênios sobre a pele e depende de vários fatores correlacionados: níveis de androgênios e da SHBG e conseqüente relação hormônio livre/hormônio ligado, grau de sensibilidade cutânea aos androgênios, capacidade de conversão de androgênios em estrogênios e outras interconversões entre esteróides.
Por outro lado, o quadro clínico (hirsutismo isolado ou associado a outras manifestações clínicas) será dependente da etiologia e de outras variáveis hormonais e metabólicas envolvidas, como por exemplo, níveis de LH, leptina e insulina (6).

A avaliação clínica é fundamental para a elaboração das hipóteses diagnósticas e direcionar a investigação complementar. A anamnese vai precisar a idade da paciente, a época do aparecimento do hirsutismo em relação à puberdade, o modo de instalação progressivo ou abrupto e rápido, sua evolução avaliada pelo número de depilações mensais, a importância da acne e seborréia. Além disso, será definida a data da menarca, a duração e periodicidade dos ciclos menstruais, a noção eventual de ovulação, a origem étnica, os antecedentes familiares. Deve ser igualmente pesquisada a presença de sintomas sugestivos de disfunção tireoideana ou adrenal e hipoestrogenismo. Enfim, a paciente deverá ser interrogada quanto a tratamentos médicos anteriores que possam ter incluído a utilização de esteróides e qual o método anticoncepcional utilizado no presente, se a paciente apresentar vida sexual ativa .

Tratamento do Hirsutismo

O tratamento do hirsutismo visa normalizar a produção androgênica nos casos em que há aumento desta, inibir a ação dos androgênios circulantes, identificar pacientes com maior risco para distúrbios metabólicos e/ou de neoplasias do trato reprodutivo e proceder à prevenção primária e secundária destes. Para os casos mais raros de tumores produtores de androgênios, o tratamento é cirúrgico. Nas situações em que se identificam doenças endócrinas associadas (distúrbios da tireóide, hiperprolactinemia, síndrome de Cushing), tratamento específico deve ser realizado.

Medidas cosméticas

O tratamento cosmético do hirsutismo deve ser iniciado após supressão da hiperprodução de androgênios e/ou bloqueio da 5a-redutase, a partir do terceiro mês de tratamento farmacológico. A utilização da eletrólise resulta em uma longa e gradual destruição do pêlo. Com repetidos tratamentos pode-se obter 15 a 50% de perda permanente . A eletrólise dos pêlos deve ser confiada a mãos experientes, devido ao risco de cicatrizes e discromias. Outras formas de depilação, excetuando-se o laser, não foram associadas à redução do crescimento do pêlo. A atrofia do pêlo escuro com laser tem como principal mecanismo a fototermólise. Pêlos mais claros não costumam ter a mesma resposta. O tratamento dos folículos pilosos com laser resulta em telógeno temporário, que pode durar até 2 anos após a aplicação .
Uma nova opção poderá ser a utilização tópica do cloridrato de eflornitina, cujo mecanismo de ação é a inibição da enzima ornitina descarboxilase, bloqueando o crescimento do fio. Esta droga (Vaniqa, Bristol) foi recentemente aprovada nos EUA pelo FDA e ainda não está disponível no nosso meio. Como é de uso tópico poderá ser eficaz para pacientes com hirsutismo mais localizado, especialmente facial. Deve ser salientada sua ação apenas paliativa, ou seja, o uso deve ser prolongado e sua interrupção acarreta o retorno do hirsutismo em torno de 2 meses depois. Os principais efeitos colaterais descritos são eritema, prurido, ardência e ressecamento da pele

Tratamento farmacológico

Existem inúmeras opções terapêuticas para o hirsutismo, podendo ser utilizadas como droga única ou associadas. A escolha dependerá da etiologia, da gravidade do hirsutismo e de outras variáveis como, por exemplo, a presença de intolerância à glicose ou hipertensão associadas. A base do tratamento será a utilização de drogas com ação supressiva sobre a produção glandular de androgênios e/ou o uso da antiandrogênios. Mais recentemente, existe ainda a possibilidade de se utilizar drogas que bloqueiam a atividade da 5a-redutase.

Agentes antiandrogénicos

Nas mulheres em idade fértil, o controlo anticoncepcional é fundamental porque as terapêuticas antiandrogénicas são teratogénicas para os fetos e existe a possibilidade de feminização de fetos masculinos. Os antiandrogénios incluem fármacos que bloqueiam os receptores do citocromo P-450, levando a uma diminuição dos níveis de testosterona, de-hidrotestosterona e SDHEA e fármacos que inibem a 5-alfa-reductase, o que impede a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona e leva a um aumento dos níveis de testosterona e de estradiol. No entanto, a prescrição deste tipo de fármacos para tratar o hirsutismo é considerada uma terapêutica para além das indicações da Food and Drug Administration.

Fármacos contraceptivos orais: Na medida em que competem com os receptores dos androgénios, os contraceptivos orais podem usar-se como fármacos antiandrogénicos. Para além disso, permitem evitar as gravidezes quando usados em associação com outras terapêuticas antiandrogénicas ou com os agonistas da hormona libertadora das gonadotrofinas (GnRH). Este tipo de associações aumenta a eficácia terapêutica e a remissão a longo prazo. Com os contraceptivos orais, a supressão é maior no caso de os androgénios serem de origem ovárica do que quando têm origem na supra-renal. Os estrogénios aumentam a SHBG, que se liga aos androgénios, reduzindo dessa forma os níveis circulantes. Os fármacos que têm progestagénios androgénicos (por ex., o norgestrel, levonorgestrel) devem ser evitados.

Substituição hormonal: Nas mulheres na peri ou na menopausa que têm hirsutismo, a terapêutica de substituição hormonal é útil tanto como medida de apoio hormonal como terapêutica antiandrogénica. Nas mulheres depois da menopausa, a terapêutica de substituição hormonal e os antiandrogénios são usados para tratar a hipertecose ovárica e o hirsutismo.

Acetato de ciproterona: Este progestagénio é um antiandrogénio eficaz e é muitas vezes associado com o etinilestardiol numa pílula contraceptiva oral. É o fármaco mais usado para combater o excesso de androgénios em todo o mundo, a síndrome do ovário policístico e o hirsutismo. No entanto, na medida em que o acetato de ciproterona tem potencial teratogénico fetal, não está ainda aprovado nos Estados Unidos. Pelo menos num estudo, verificou-se que os tratamentos em que se associa o acetato de ciproterona com contraceptivos orais e antiandrogénios e/ou agonistas GnRH são tão eficazes como o acetato de ciproterona isolado ou em associação com antiandrogénios.

Glucocorticóides: A actividade dos glucocorticóides é específica para o excesso de androgénios com origem na supra-renal, tanto nas suas formas de início tardio como nas dos tipos congénitos. A dexameta-sona em doses baixas (0,125 a 5 mg/dia) ou a prednisona (2,5 a 5 mg/dia), dadas à noite, reduzem o excesso de androgénios sem afectarem a actividade imunológica, os níveis de minerais e a função do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal ou a função da supra-renal. Para a terapêutica de manutenção podem usar-se esquemas intermitentes ou doses em pulsos. A terapêutica associada com antiandrogénios e/ou anticoncepcionais aumenta a eficácia e prolonga os tempos de remissão.

Agonistas GnRH: A terapêutica com doses baixas de agonistas GnRH reduz a LH, o que faz baixar a testosterona de origem ovárica e a androstenediona, mas não é eficaz nos casos de excesso de androgénios com origem na supra-renal. Quando associada com anticoncepcionais orais em doses baixas (por ex., etinilestradiol, 25 microgramas) e um progestagénio não androgénico, a terapêutica com os agonistas GnRH reduz o excesso de androgénios de origem ovárica e prolonga as remissões. As desvantagens da terapêutica com GnRH são o seu custo elevado e a necessidade de usar mensalmente injecções intramusculares.

Espironolactona: Nos Estados Unidos, a espironolactona é o antiandrogénico mais usado nos casos de hirsutismo. É frequentemente associado com contra-ceptivos orais, o que melhora a eficácia e reduz as irregularidades menstruais e a possibilidade de anomalias fetais. A espironolactona bloqueia o receptor androgénico citocromo P-450, reduzindo assim o metabolismo da testosterona. A dose varia entre 100 e 300 mg/dia.

Finasteride: O antiandrogénio finasteride inibe a 5-alfa-reductase tipo 2, a qual diminui a di-hidrotes-tosterona e aumenta os níveis de testosterona e de estradiol. O finasteride numa dose diária de 5 mg tem mostrado ser tão eficaz quanto a flutamida e o acetato de ciproterona. As terapêuticas associadas de bloqueadores dos receptores dos androgénicos, contra-ceptivos orais e inibidores da 5-alfa-reductase aumentam a eficácia e prolongam os períodos de remissão.

Cetoconazol: O cetoconazol, um anti-micótico tem actividade antiandrogénica e tem mostrado ser eficaz em doses de 400 mg/dia. No entanto, os estudos de comparação e actividade antiandrogénica não foram publicados e o uso do cetoconazol é considerado como um tratamento antiandrogénico alternativo. Os doentes devem ser monitorizados relativamente a possíveis efeitos tóxicos ao nível do fígado.
Cimetidina: A cimetidina, uma antagonista dos receptores Hl da histamina tem uma fraca actividade antiandrogénica e bloqueia os receptores dos androgénios em doses de 800 a 1.600 mg/dia. No entanto, a cimetidina não mostrou ter efeitos significativos no controlo do hirsutismo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Alergia ao Látex

Alergia ao Látex


A alergia ao látex é uma reação alérgica desencadeada pelo contato ou exposição a produtos derivados de borracha natural Este tipo de alergia acomete cerca de 4% da população mundial.
Látex é uma substância extraída da seiva da seringueira e encontrada na borracha natural e utilizado na indústria para o fabrico de inúmeros produtos, como balões usados em festas de aniversário, alguns tipos de brinquedos, chupetas e bicos de mamadeiras, luvas descartáveis, produtos hospitalares, camisinhas, materiais esportivos, etc.
No caso das luvas, a presença do pó usualmente nelas utilizado aumenta a exposição, já que partículas do látex podem aderir ao pó. Quando estas luvas são manipuladas, estas partículas ficam em suspensão no ar , podendo atingir os olhos, nariz, ou serem respiradas e provocar sintomas alérgicos.

Produtos contendo látex são muito comuns em ambientes hospitalares, em especial nas salas de cirurgia: aparelhos para vias aéreas (máscaras de inalação,cânulas, ambu, etc.), cateteres, luvas cirúrgicas, torniquetes, eletrodos, fitas adesivas, bandagens, drenos, borracha do sistema de soro, sondas para entubação, garrotes, etc.
A dermatite de contato não é causada pelo látex natural e sim pelos compostos usados na industrialização da borracha, como os aceleradores e antioxidantes.

Grupos de Risco :

A alergia a látex pode se manifestar em qualquer faixa etária. Estão mais propensas, por exemplo, pessoas expostas previamente ao agente como contato com as luvas usadas pelos cirurgiões, através de uso próprio ou por ter sofrido intervenções cirúrgicas prévias. Citam-se alguns grupos mais predispostos para desenvolver a reação alérgica:

* Crianças portadoras de alguns tipos malformações congênitas ,
* Profissionais da área de saúde,
* Trabalhadores da indústria da borracha,
* Pacientes submetidos a múltiplas cirurgias,
* Pacientes atópicos (rinite e asma).


Como se manifesta a alergia ao látex?

Este tipo de alergia pode ocorrer de diversas formas, desde manifestações leves até casos graves e fatais.

As manifestações mais comuns são:

* Na pele (Dermatite de contato, Urticária, Angioedema)
* No sistema respiratório (Asma, Rinite, Conjuntivite)
* Em setores variados do organismo (Anafilaxia)

Reações cruzadas com alimentos :

Um aspecto interessante da alergia ao látex é a presença de reações cruzadas com alguns tipos de alimentos, principalmente frutas, já que o látex é um produto vegetal e contém proteínas semelhantes. Cerca de 50% dos pacientes alérgicos ao produto, o são também a pelo menos uma fruta, geralmente banana, kiwi, abacate, maracujá, manga, abacaxi ou mamão.

Diagnóstico e tratamento :

O reconhecimento da alergia ao látex é feito pelo médico alergista de forma clínica, através da análise da história do paciente. Além disso, os testes cutâneos e a detecção da alergia no sangue irão complementar e confirmar o diagnóstico. O tratamento é feito através de medicações para corrigir os sintomas apresentados pelo paciente. Recomenda-se o afastamento do contato com o látex, embora seja muito difícil devido ao grande número de produtos contendo esta substância. Em alguns casos, a imunoterapia poderá ser útil.

Medidas preventivas:

- Reduzir o contato com o látex.
- Usar luvas sem látex e sem talco ( Ex : Luvas de Silicone )
- Substituir o látex por outros materiais polímeros sintéticos
- Existem camisinhas de borracha sintética que poderão ser indicadas pelo médico.

Língua Geográfica

Língua Geográfica


É uma lesão que afeta a língua, com o surgimento de placas lisas avermelhadas, levemente elevadas e com bordos esbranquiçados. O aspecto é de um desenho sobre a língua que lembra um mapa geográfico, dando origem ao seu nome.

Ocorre em cerca de 1 a 2% da população mundial, podendo ocorrer em qualquer idade, mas com certa predileção por crianças até 6 anos de idade. Não provoca desconforto e nem altera o paladar. Em alguns casos pode surgir ardor com alimentos condimentados ou frutas cítricas. É também chamada de glossite migratória benigna pois as placas podem desaparecer de um local da língua e reaparecer em outro. As lesões podem desaparecer por tempo variável para depois recidivar sem motivo aparente.

Ainda não se conhece a causa exata da língua geográfica. Observa-se relação com algumas condições, como por exemplo nas crianças alérgicas portadoras de asma, com situações de estresse, na psoríase. Entretanto, ainda não há um fator único estabelecido. Em 1996, dois autores chamados Strassburg et Knolle estudaram a língua geográfica e propuseram seria uma conseqüência de alteração no processo normal de descamação epitelial, ou seja, uma variante fisiológica do processo.


Para o seu diagnóstico,em geral, basta observar o aspecto da língua para fazer o diagnóstico, sendo rara a necessidade de exames adicionais ou de biópsia. A glossite migratória benigna pode durar poucos dias ou permanecer por anos, ficando restrita ao dorso da língua, mas em algumas pessoas pode atingir os bordos ou a base da língua. As lesões podem ser esmaecidas e discretas, mas em algumas pessoas pode ter bordos delimitados e elevados, assustando o paciente. O especialista está apto para confirmar o diagnóstico.

A língua geográfica é uma doença benigna, limitada e não costuma causar desconforto, sendo na maioria das vezes, limitada e sem gravidade, não havendo necessidade de tratamento.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Herpes Labial

O herpes labial é uma infecção vírica crónica caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo.

O herpes labial é causado por um vírus conhecido como Vírus Herpes Simplex de tipo 1 ou HSV-1. O Vírus Herpes Simplex de tipo 1 não deverá ser confundido com o Vírus Herpes Simplex de tipo 2, o qual afecta maioritariamente os órgãos genitais.

É impossível eliminar o vírus por completo. As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece latente (adormecido) nas células nervosas. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas pensa-se que determinados factores desencadeadores poderão estar na base dos episódios de herpes labial. Quando tal sucede, o vírus percorre o nervo até à superfície da pele, onde tenta replicar-se no núcleo das células. Em muitas pessoas, não surgem quaisquer sintomas, embora as células estejam infectadas. No entanto, nalguns casos, o processo de replicação do vírus destrói as células e causa pequenas bolhas ou vesículas na pele. Após a formação do herpes, o vírus regressa ao corpo.

Estudos realizados demonstram que 80% da população é portadora do HSV-1. Por outro lado, quase 90% dos indivíduos maiores de 30 são portadores do vírus. 20% dos infectados sofre episódios regulares de herpes labial*. Pensa-se que o HSV-1 é contraído sobretudo durante a infância. Uma vez infectada, uma pessoa pode sofrer de episódios regulares de herpes labial durante o resto da vida.

O vírus HSV-1é muito contagioso. Costuma propagar-se por meio do contacto físico, tal como abraços e beijos, mas também pode transmitir-se através da partilha de bebidas, por exemplo. O vírus transmite-se desde a fase inicial do herpes, em que sente ardor e prurido, até à fase da cicatrização, quando a crosta desaparece. O vírus pode transmitir-se através de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente os sintomas. Embora o HSV-1 tenda a atacar os lábios, nariz ou queixo, pode ser transmitido a outras partes do corpo, incluindo os olhos, os dedos e os órgãos genitais.

Causas :

As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece adormecido em células nervosas, denominadas de gânglios. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas entre os factores desencadeadores poderão contar-se:

Exposição ao sol
Stress
Temperaturas baixas
Febre
Constipação/Gripe
Fadiga
Alterações hormonais
Menstruação



As várias fases de um episódio de herpes labial

Este gráfico ilustra as fases típicas de um surto de herpes labial que dura 12 dias. Alguns surtos poderão ser mais ou menos longos que o demonstrado.

1ª Fase – Fase do prurido :

Esta fase inicial é caracterizada por uma sensação de ardor e prurido em torno dos lábios ou nariz.

2ª Fase – Fase da bolha :

Um ou dois dias depois, surge o primeiro sinal visível de um grupo de pequenas bolhas.

3ª Fase - Fase de ulceração :


Esta fase caracteriza-se pelo rebentamento das bolhas, deixando uma ulceração avermelhada de pouca profundidade. Trata-se da fase mais dolorosa e contagiosa.

4ª Fase – Fase da ferida/crosta :

Forma-se uma ferida seca com crosta castanha. Se a crosta se descolar, a ferida sangra e o doente sente prurido e ardor.

5ª Fase – Fase de cicatrização :

Se se verificar a formação de uma crosta, esta desaparecerá durante o processo de cicatrização.

Conselhos acerca do Herpes Labial :

1. Não toque na ferida

Se sofrer de herpes labial, evite o toque, pois existe o risco de:

Transmissão
O vírus HSV-1é muito contagioso. Pode propagar-se desde a fase inicial do herpes, em que sente formigueiro e prurido, até à fase de cicatrização, quando a crosta desaparece.
O vírus pode transmitir-se por meio de:
Contacto físico como beijos e abraços entre a pessoa infectada e uma pessoa não infectada.
Auto-inoculação: ocorre quando o vírus se propaga de uma parte do corpo para outra por meio dos dedos, por exemplo.
Objectos infectados: tais como copos, garrafas, roupa e escovas de dentes recém-utilizadas por uma pessoa infectada.
Infecção secundária: Pode agravar uma manifestação da infecção, podendo resultar num problema mais grave.

2. Lave as mãos

Se tocar no herpes, lave as mãos imediatamente depois. Em casos raros, as pessoas infectadas com herpes podem contaminar os olhos, condição potencialmente muito perigosa. Tenha especial cuidado, se utilizar lentes de contacto.

3. Evite os beijos e partilhar bebidas

Durante um episódio, o vírus HSV-1 pode transmitir-se facilmente de uma pessoa para outra através de beijos ou da partilha de uma bebida.

Tratamento do herpes labial :


Não existe tratamento conhecido que elimine totalmente o vírus HSV-1.

Os tratamentos mais comuns à venda no mercado são pomadas destinadas ao tratamento do vírus. Mesmo com a pomada anti-vírica mais eficaz, é difícil tratar o vírus, pois após a formação do herpes, o vírus retrocede para o seu local de origem. É impossível eliminar o vírus por completo. Assim sendo, uma abordagem diferente é controlar o herpes labial tratando os sintomas como se se tratasse de uma ferida.
Os utilizadores de pomadas poderão debater-se com os seguintes problemas.

1. As pomadas não ocultam os sinais visíveis de um episódio de herpes.
2. As pomadas não previnem o risco de contágio e infecção secundária.
3. As pomadas não previnem dos efeitos que o movimento labial tem na mesma.



A utilização de imunoterapia específica para Herpes Tipo 1 e 2 já existe.Apesar de uma inovação médica,os resultados são ótimos e os pacientes tiveram redução da frequência da sintomatologia e melhora do quadro clínico geral. Procure um Alergologista para maiores informações.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Herpes Genital

O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSC-2). A maior parte dos casos de herpes genital é causada pelo tipo 2. A infecção genital do tipo 2 é mais comum nas mulheres provavelmente porque a transmissão homem-para-mulher seja mais provável do que mulher-para-homem.

A maioria das pessoas não tem sintomas da infecção ou eles são moderados. Quando os sintomas ocorrem, eles tipicamente aparecem como bolhas nos genitais e reto, ou ao redor. A bolhas estouram, deixando feridas que podem levar de duas a quatro semanas para sarar na primeira vez que ocorrem. Geralmente outra erupção pode aparecer semanas ou meses depois da primeira, mas quase sempre é menos severa e dura menos tempo. Embora a infecção possa ficar no corpo indefinidamente, a quantidade de erupções tende a diminuir no período de anos.


Os vírus da herpes podem ser encontrados e soltos nas feridas que eles causam, mas também podem ser liberados por erupções na pele que não parecem estar estouradas ou feridas. Geralmente a pessoa só pode contrair infecção do vírus tipo 2 durante contato sexual com alguém que tenha infecção genital por esse vírus. A transmissão também pode acontecer via parceiro sexual que não tem feridas visíveis e pode não saber que está infectado.

O HSV-1 (tipo 1) também pode causar herpes genital, porém mais comumente causa infecções na boca e lábios. As erupções genitais do HSV-1 ocorrem com menos freqüência do que as do HSV-2.

A maioria das pessoas com HSV-2 não sabe que está infectada. Porém, se os sintomas ocorrerem, a primeiras erupção pode ser bem pronunciadas. A primeira erupção geralmente acontece dentro de duas semanas depois da transmissão do vírus e as feridas tipicamente saram entre 2-4 semanas. Outros sintomas durante o primeiro episódio podem incluir um segundo florescimento de feridas e sintomas semelhantes à gripe, incluindo febre. Porém, a maioria das pessoas com infecção de HSV-2 pode nunca ter feridas, ou ter sintomas tão leves que nem nota ou confunde com picada de insetos ou outro problema de pele.
A maioria das pessoas que tiveram o primeiro episódio de erupções causadas pela herpes genital pode esperar que elas se repitam (geralmente 4 ou 5) durante o ano. Ao passar do tempo geralmente essas recorrências diminuem de freqüência.

O herpes genital pode causar feridas dolorosas recorrentes em muitos adultos, e pode ser severa em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Independentemente da severidade dos sintomas, herpes genital freqüentemente causa problemas psicológicos nas pessoas infectadas.
Adicionalmente, herpes genital pode causar infecção potencialmente fatal em bebês. É importante que a mulher evite contrair herpes durante a gravidez porque um primeiro episódio enquanto estiver grávida é de grande risco de transmissão para o bebê. Se a mulher tiver o herpes genital ativo durante o parto, geralmente opta-se pela cesariana. Afortunadamente, infecções de herpes passadas das mães para os bebês são raras.
Herpes pode ter influência na disseminação do HIV, o vírus que causa AIDS.
Herpes pode tornar a pessoa mais susceptível à infecção do HIV. Pessoas com herpes e HIV também têm maior probabilidade de transmitir o vírus da AIDS.
Tratamento :
Não há tratamento que cure herpes, porém medicamentos antivirais podem diminuir e prevenir as erupções. Adicionalmente, terapia diária de repressão ao herpes sintomático pode reduzir o risco de transmissão para o parceiro sexual.
Prevenção :
O método de prevenção mais seguro para evitar qualquer doença sexualmente transmissível, incluindo herpes genital, é abster-se de contato sexual ou ter um relacionamento monogâmico de longo prazo com um parceiro testado que sabe-se não estar infectado.
Ulceração pode acontecer nas áreas genitais de homens e mulheres não cobertas pelo preservativo de látex. Desta forma, o uso correto e consistente de preservativo de látex somente pode reduzir o risco de transmissão do herpes genital quando envolve toda a área infectada. Uma vez que o preservativo pode não cobrir toda área de infecção, até mesmo o seu uso correto e consistente não garante proteção contra herpes genital.
Pessoas com herpes genital não devem ter relações sexuais com parceiros não infectados quando as lesões e outros sintomas estiverem presentes. É importante saber que mesmo que a pessoa não apresente sintomas ela ainda assim pode infectar seu parceiro sexual, desta forma ele deve ser alertado do risco. O parceiro sexual de uma pessoa com herpes genital pode procurar fazer teste de sangue para determinar se foi infectado.


A utilização de imunoterapia específica para Herpes Tipo 1 e 2 já existe.Apesar de uma inovação médica,os resultados são ótimos e os pacientes tiveram redução da frequência da sintomatologia e uma melhora do quadro clínico geral. Procure um Alergologista para maiores informações.